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Marcela Fujiy: “A intenção da Be.Labs é fomentar a base do empreendedorismo feminino”

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O empreendedorismo feminino está crescendo no Brasil. No entanto, as mulheres ainda enfrentam muitos desafios que vão além de gerir um negócio, e são marcados pela desigualdade de gênero no país.
A empresária Marcela Fujiy sempre esteve imersa no meio empreendedor, sendo filha de comerciantes. Essa conexão se estendeu para a sua vida profissional e a do seu marido, Christian Fujiy, pois ambos sempre trabalharam em multinacionais. Eles passaram 12 anos morando na Suécia, país que é muito forte na igualdade de gênero. Isso foi contrastante para os dois quando voltaram ao Brasil, e essas inquietações os fizeram fundar a Be.Labs.
A Be.Labs é a primeira aceleradora exclusiva para mulheres no Nordeste, criada em 2018. Seu intuito é fomentar a base de mulheres empreendedoras com o Efeito Furacão – uma metodologia exclusiva, pensada tanto para mulheres que têm uma ideia e buscam tirá-la do papel, quanto para mulheres que já têm um negócio estabelecido, mas querem fortalecê-lo.
Em entrevista, ela conta sobre a criação da Be.Labs, a ação da aceleradora e o passo a passo para mulheres empreendedoras participarem do programa. Confira a seguir:
Como surgiu a ideia de criar a Be.Labs? E como foi montar a aceleradora? Tiveram alguma dificuldade inicial ou questionamento se faria sentido uma aceleradora voltada para o público de empreendedoras mulheres?
Marcela: Eu sempre digo que o propósito de criar a Be.Labs surgiu de inquietações e de ciclos que foram se fechando em nossas vidas, tanto na pessoal como na profissional. Depois de morarmos doze anos na Suécia, sempre tivemos uma vontade muito grande de trazer inovação. A Suécia é um dos países mais inovadores do mundo e na verdade, a gente entendeu que essa inovação era tudo que a gente tinha aprendido por lá no âmbito da igualdade social e da igualdade de gênero.
Quando fizemos pesquisas pra entender se faria sentido abrir uma aceleradora de mulheres aqui no Brasil, a gente ficou muito surpreso, porque no início de 2018 havia só uma, voltada pra mães, e em São Paulo. A nossa pesquisa no âmbito mundial mostrou que existiam várias. Inclusive, quando a gente começou a pesquisar, a gente achou que o mercado já ia estar saturado e foi ledo engano.
A Be.Labs nasce como a primeira aceleradora de mulheres do Nordeste e isso fez muito sentido. A dificuldade que a gente sentiu depois de um ano de atuação, é entender que a gente tinha que dar um passo atrás pra fomentar a base dessas mulheres empreendedoras. Muitas delas não sabiam o que eram palavras do startup, como coworking… Elas nem entendiam muitas dessas palavras porque não é do universo delas. A intenção da Be.Labs é fomentar essa base do empreendedorismo feminino, essa base de mulheres pra que elas consigam sim estar em pé de igualdade com os homens quando se trata de um eventual investimento, por exemplo.
A demanda inicial foi rápida? Como foi posicionar a aceleradora no mercado com a proposta de focar em empreendedoras mulheres?
Marcela: A demanda inicial foi bem rápida. No primeiro ano, a gente nasceu com a intenção de ajudar essas mulheres a receber e mover o capital de investimento e network. Só que a gente se deparou com outra realidade, onde as mulheres não estavam inseridas nesse meio. No começo de 2018, elas não sabiam o que eram muitas coisas no meio das startups.
Eu viajei para fazer uma palestra em Austin, nos Estados Unidos, e procurei uma aceleradora que trabalha apenas com diversidade – com negros e mulheres. Eles me receberam e a gente conversou muito. Foi aí que eu entendi que o que a gente tava fazendo era fomentando a base de mulheres empreendedoras e também entendi a importância do trabalho das mulheres.
A Be.Labs se posiciona como aceleradora, mas nós somos uma pré-aceleradora de fato. Então o que a gente faz é de fato fomentar essa base de mulheres. Depois de quatro anos nós temos essa referência de furacanizar, do efeito furacão.
Qual o suporte que vocês oferecem para as empreendedoras? Gostaria de entender melhor o passo a passo de quem procura a Be.Labs.
Marcela: A metodologia do Efeito Furacão é autoral, entendendo que os desafios pra a mulher empreender vão muito além do ferramental, do plano de negócios e da estratégia. Ela passa muito enraizada ali nos vieses inconscientes, nos preconceitos, em tudo que a gente aprendeu, além da gente ter que estar com jornadas triplas e lidar com diversos fatores que o homem não passa.
Pensando nisso, a gente desenvolveu essa metodologia que é composta de dez semanas, com dez encontros semanais em grupo e quatro mentorias individuais. A mentoria individual é de fato muito importante pra que a mulher trate assuntos individuais do negócio dela. A nossa mentoria é uma linha bem tênue, onde ela vai ter a oportunidade de trazer as dificuldades do dia a dia, as eventuais dificuldades com o marido, com o filho, com o pai e é isso que vai fazer com que ela de fato progrida na sua jornada empreendedora.
O passo a passo pra quem procura a Be.Labs é passar por uma seleção – normalmente são programas gratuitos – subsidiados por órgãos e instituições que fomentam o empreendedorismo. Então ela vai passar por uma seleção onde a gente entende se ela está apta a participar do nosso programa, entendendo a disponibilidade e a vontade de estar junto com a gente. Depois elas recebem um kit, o kit furacanizante, que elas vão engajar durante toda a jornada.
São experiências sensoriais durante o programa pra que elas de fato estejam sempre com a gente, e ele termina com o demo day. Como a gente está no Nordeste, a gente sempre fala que é o “dia de se amostrar”, pra que elas mostrem e apresentem toda a sua jornada em forma de um pitch.
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Expectativa: deputados devem reconduzir Adriano Galdino à Presidência da ALPB em Sessão nesta 3ª

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) acontecerá nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a Mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

O parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da Presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

Além de Galdino são componentes da atual Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão, Cida Ramos e Taciano Diniz, Fabio Ramalho, Tovar Correia Lima, Eduardo Carneiro, Anderson Monteiro, Jane Panta, Sargento Neto, Galego de Sousa, Eduardo Brito e Júnior Araújo.

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Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

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Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

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Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

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