A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Núcleo de Fatores Biológicos – Gerência Operacional de Vigilância Ambiental, divulgou, nesta segunda-feira (29), o Boletim Informativo sobre a Vigilância da Água. O boletim traz informações sobre a vigilância da qualidade da água para consumo humano, que tem como finalidade o mapeamento de áreas de risco para avaliação das características de potabilidade, buscando assegurar a qualidade da água, evitando doenças.
De acordo com o Sisagua, um dos principais instrumentos de gestão do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), em 2016, a Paraíba tinha 148 municípios (66,37%) com informação de cadastro, controle e vigilância da água. Em 2017, esse número passou para 172 municípios (77,13%). A meta nacional preconizada pelo Ministério da Saúde é de 80%. Ainda segundo o Sisagua, de janeiro a dezembro de 2017, das 10.500 amostras de água analisadas, 3.696 tinham a presença da bactéria Escherichia Coli. A detecção de bactérias do grupo coliformes totais, no qual se inclui a E. Coli, não indica necessariamente contaminação da água bruta (in natura) com matéria fecal; no entanto, guarda grande importância como indicadores da qualidade da água tratada.
O Sisagua é alimentado com informações geradas pelos responsáveis pela operação dos sistemas de abastecimento de água (dados de monitoramento microbiológico, químico e físico-químico obtidos no controle da qualidade da água) e responsáveis pela vigilância da qualidade da água, ou seja, as Secretarias Municipais de Saúde. O diagnóstico obtido a partir da vigilância possibilita aos gestores tomarem as decisões em torno dos sistemas de abastecimento coletivos e alternativos, no sentido de exigirem as intervenções adequadas, quando há ocorrência de não conformidades com a qualidade da água.
Vigilância da Água – O Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQAVS) foi instituído por meio da portaria nº 1.708, de 16 de agosto de 2013, com o objetivo de induzir o aperfeiçoamento das ações de vigilância em saúde nos âmbitos estadual, distrital e municipal. De acordo com o boletim, 45 municípios paraibanos realizaram amostras do indicador residual de agente desinfetante em água para consumo humano, para indicador do PQAVS. São eles: Alagoa Grande, Catingueira, Picuí, Alhandra, Catolé do Rocha, Pilões, Areial, Cuité, Pilõezinhos, Assunção, Vista Serrana, Quixaba, Belém, Emas, Riachão, B. Brejo do Cruz, Esperança, Santa Cruz, B. Santa Fé, Jericó, Santa Luzia, Boqueirão, João Pessoa, Santa Rita, Brejo do Cruz, Lagoa Seca, São Bento, Brejo dos Santos, Malta, São Domingos, Caaporã, Mato Grosso, S. José da Lagoa Tapada, Cachoeira dos Índios, Maturéia, São José de Espinharas, Cacimbas, Nova Olinda, São Mamede, Cajazeiras, Olivedos, Serra Grande, Campina Grande, Pedra Lavrada e Várzea.
Ações – Em 2017, o Governo do Estado realizou várias ações relacionadas à qualidade da água, como: Oficina de capacitação para a vigilância da água (Sisagua) e sistema de Gerenciamento de Ambiente Laboratorial nas GRS, 1ª, 3ª 4ª, 6ª,8ª,12ª; Curso de Vigilância do Cólera com Municípios da 1ª GRS, Bayeux, Cabedelo, João Pessoa, Santa Rita e com técnicos da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte; Monitoramento do banco de dados das doenças relacionadas à veiculação hídrica; Apoio aos municípios sobre as ações da vigilângia da água; Treinamento e capacitação para os digitadores dos municípios por meio das Gerências Regionais, sobre a integração entre o Gal e o Sisagua, entre outros.
Como resultado, o Estado aumentou o número de distribuição do hipoclorito de sódio para os municípios, aumentou o número de municípios com informações de cadastro, controle e vigilância, relacionadas ao ano 2016 e capacitou digitadores dos municípios por meio das Gerências Regionais, sobre a integração entre o Gal e o Sisagua.
Para 2018, a SES-PB orienta a inserção rotineira pelos profissionais do setor saúde (Vigilância) a respeito das diversas formas de abastecimento de água utilizadas pela população, a partir do sistema de informação http://sisagua.saude.gov.br/sisagua/login.jsf. É importante destacar a necessidade da geração de informações em tempo hábil para planejamento, tomada de decisão e execução de ações de saúde relacionadas à água para consumo humano.