O senador José Maranhão (MDB) revelou durante entrevista a uma rádio do Sertão que manteve conversas, por telefone, com o governador Ricardo Coutinho (PSB). De acordo com o presidente estadual do MDB, o socialista externou a vontade de encontrá-lo para falar sobre a sucessão estadual de 2018.
“Não conversei com Ricardo Coutinho sobre sucessão, conversamos pelo telefone sobre assuntos gerais do estado, e nessa ocasião, o governador manifestou o desejo de conversarmos sobre política. Essa reunião até agora não aconteceu, mas eu converso com todos os agentes políticos do estado da Paraíba porque essa é uma decisão republicana”, declarou, segundo revela reportagem do portal Paraiba.com.br.
Questionado sobre a possibilidade de se recompor com o PSB no próximo pleito, o senador reagiu com a seguinte frase: “Dizia um pensador que na política, assim como no amor, não raro se processa a união dos contrários”, admitindo a possibilidade de reeditar uma composição com Ricardo Coutinho.
José Maranhão afirmou também que, até o momento, não foi convocado para nenhuma reunião com partidos da oposição para debater a viabilidade do lançamento de uma candidatura única do grupo.
“Eu não recebi nenhuma convocação para essa reunião e creio que ela não está estabelecida porque, do contrário, eu já sabia. Eu sei de uma reunião que o PSDB realizou e ficou conhecida a posição de Romero que não concordou que a decisão fosse tomada naquele momento”, falou.
O parlamentar ainda comentou os apelos do vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (MDB), que pede o bom senso dele para apoiar a pré-candidatura de Luciano Cartaxo (PSD) a governador.
“A questão não é de bom senso, a questão é de compromisso. Eu estou seguindo a linha que a executiva do partido traçou para a minha posição de pré-candidato a governador”, disse.
Para ele, o lançamento de várias candidaturas é salutar ao povo da Paraíba que terá várias opções de voto em outubro.
“Os partidos que estão na oposição – PSDB, MDB e outros – não se reuniram ainda para estabelecer uma aliança de oposição, são partidos que estão no campo das oposições, mas não se reuniram até hoje para essa tomada de decisão, consequentemente, ninguém pode falar em candidato único das oposições, mas é salutar que se reconheça que o campo da oposição tem três candidatos, vai permitir ao povo a oportunidade de fazer uma melhor escolha. Quanto mais cabra, mais cabrito”, finalizou.