Nos acompanhe

Paraíba

MPT lança Campanha de Combate ao Trabalho Infantil no São João

Publicado

em

O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) lança, nesta terça-feira (7), a Campanha 2022 de Combate ao Trabalho Infantil no São João e em alusão ao 12 de junho, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil.

O lançamento em eventos realizados em Campina Grande e Patos. Na Paraíba, o lançamento da campanha acontece em parceria com as prefeituras desses municípios e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Fepeti-PB).

Com o slogan “Proteção Social para Acabar com o Trabalho Infantil”, a campanha nacional busca conscientizar a sociedade sobre a necessidade da ampliação de políticas públicas para redução da pobreza e da vulnerabilidade socioeconômica das famílias, com o objetivo de reduzir as principais causas que levam crianças e adolescentes ao trabalho precoce. A ação nacional é realizada pelo MPT, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho.

Na Paraíba, a Campanha de Combate à Exploração do Trabalho Infantil no período junino já é tradicionalmente realizada pelo MPT, em parceria com as prefeituras e o apoio voluntário de artistas e cantores regionais e nacionais.

O procurador do Trabalho Raulino Maracajá, vice-coordenador Regional da Coordinfância/MPT e que coordena a campanha na Paraíba, ressalta que, em grandes eventos, como o São João – a principal festa da cultura regional no Nordeste – o trabalho infantil tende a aumentar, inclusive a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. “Esta, além de ser crime, é considerada pela Convenção 182 da OIT como uma das piores formas de trabalho infantil”, observou.

Crianças e adolescentes de famílias de baixa renda são os mais vulneráveis à exploração do trabalho infantil. “A ideia da campanha é sensibilizar, mobilizar a sociedade e órgãos públicos, para que tomem consciência da exploração precoce do trabalho e assumam sua responsabilidade no combate”, ressaltou Raulino Maracajá.

“É esse ciclo de pobreza e de exploração que precisamos vencer. Por isso, convocamos toda a sociedade, artistas, cantores e a imprensa para, mais uma vez, entrar nesse grande ‘time’ contra o trabalho infantil”, afirmou Raulino Maracajá, acrescentando que esse trabalho de prevenção e combate deve ser contínuo e não somente no período junino.

O procurador destacou que, em Campina Grande, ‘Ação Intersetorial de Combate à Exploração do Trabalho Infantil no São João é realizada desde 2014, em parceria com a Prefeitura Municipal e tem conseguido reduzir o número de casos de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil e exploração sexual na área do Parque do Povo, onde ocorrem os festejos juninos.

“Este será o 7º ano que vamos realizar a ‘Ação Intersetorial de Combate à Exploração Infantil no São João, juntamente com órgãos parceiros. Depois de dois anos sem festividades devido à pandemia, essa ação se torna ainda mais desafiadora”, ressaltou o procurador Raulino Maracajá, acrescentando que espera contar, mais um ano, com o apoio de todos.

Sobre a campanha

Pelo terceiro ano consecutivo, a campanha do MPT, da OIT e do FNPETI recorre à música “Sementes”, composta pelos rappers Emicida e Drik Barbosa, que faz um alerta sobre o impacto negativo dessa violação de direitos, que, no Brasil, tem cor e endereço: 66% dos trabalhadores infantis eram meninos negros (Pnad/IBGE).

Essa canção, que alcançou repercussões nacional e internacional, já se tornou o hino da luta contra o trabalho infantil. A campanha usa a hashtag #ChegaDeTrabalhoInfantil.

A campanha conta com um clipe musical em versões para TV e internet, versão de áudio para rádio e programação no Spotfy, posts e cards para redes sociais e banners para sites e portais, peças para mídia exterior e material de apoio para assessoria de imprensa.

Para este ano, a música “Sementes” ganhou nova versão, que contará com a interpretação e novo arranjo musical pela ‘Palavra Cantada’, dos músicos Sandra Peres e Paulo Tatit, cujo trabalho voltado ao público infantil, há mais de 20 anos, mescla música, brincadeira e educação.

Crianças e adolescentes têm o direito à saúde, ao lazer, à educação de qualidade, à alimentação, à moradia, à cultura, ao esporte e às convivências comunitária e familiar saudáveis. O trabalho infantil impede a efetivação de seus direitos fundamentais, porque compromete a saúde, a segurança, a frequência e o rendimento escolares, o lazer, a vida em comunidade, bem como os deixa sujeitos à violência, negligência, exploração, crueldade, discriminação e opressão.

Números preocupam

Embora tenha ocorrido uma redução significativa do trabalho infantil nas últimas duas décadas, o progresso diminuiu ao longo do tempo e basicamente estagnou entre 2016 e 2020. No início de 2020, 160 milhões de crianças – uma em cada 10 crianças de 5 a 17 anos – estavam em situação de trabalho infantil no mundo. Sem estratégias de prevenção e redução, o número de crianças em situação de trabalho infantil poderá aumentar em 8,9 milhões até o final de 2022, devido ao crescimento da pobreza e maior vulnerabilidade trazidos pela pandemia.

No Brasil, cerca de R$ 1,8 milhão de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/Pnad). Desses, 706 mil (45,9%) estavam em ocupações consideradas como piores formas de trabalho infantil. No entanto, os números retratam um cenário antes da pandemia, sendo que as estatísticas não consideram pelo menos duas piores formas de trabalho infantil: o trabalho no tráfico de drogas e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

As atividades agrícolas concentravam 20,6% do total de trabalhadores infantis em 2019. Embora não seja o setor com maior número de crianças e adolescentes explorados, o índice de trabalho infantil perigoso impressiona: 41,9% dos meninos e meninas nas piores formas trabalhavam na Agricultura.

Na Paraíba, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE (Pnad Contínua 2019) apontavam aproximadamente 39,6 mil crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil. Vale ressaltar que esses dados também não incluem o trabalho infantil no tráfico de drogas e nem a exploração sexual de crianças e adolescentes. E não incluem ainda o cenário da exploração do trabalho infantil na pandemia.

A crise resultante da pandemia da Covid-19 atingiu o mundo do trabalho e causou efeitos devastadores sobre o emprego e a renda das famílias globalmente. O aumento do desemprego, da pobreza, da desproteção social, aliado ao fechamento de escolas, agravaram o risco de aumento do trabalho infantil.

Diariamente, crianças e adolescentes são vítimas da exploração sexual, considerada uma das piores formas de trabalho infantil (Decreto 6.481/2008), além de ser também crime previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para o Ministério Público do Trabalho (MPT), este é um “jogo” sem vencedores, pois o futuro de milhares de crianças está ameaçado.

DENÚNCIAS – Exploração do Trabalho Infantil

– Disque 100

– Site do MPT (www.prt13.mpt.mp.br/servicos/denuncias)

– Aplicativo MPT Pardal

Continue Lendo

Paraíba

Prova mundial de ciclismo será realizada em João Pessoa no dia 10 de novembro

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A cidade de João Pessoa está em reta final de preparação para receber a quarta edição da prova de ciclismo Gran Fondo Brasil, uma das mais tradicionais do esporte mundial. O evento será realizado no dia 10 de novembro e deve contar com mais de 200 ciclistas de todo país, com largada às 6h no Busto de Tamandaré. Os participantes irão disputar a corrida em dois percursos: 119 km (longo) e 81km (curto).

“Chegamos à quarta edição da prova, uma competição que vai repetir a mesma intensidade das disputas dos anos anteriores. Uma corrida que faz parte do nosso calendário esportivo e que ganha ainda mais o apoio da gestão municipal, através do prefeito Cícero Lucena”, disse Kaio Márcio, secretário de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer).

Para a organização da prova, o sucesso é atrelado ao interesse da Prefeitura no evento ciclístico. “Não pouparam esforços para que pudéssemos dar continuidade ao calendário ciclístico na Paraíba. João Pessoa é destino de grandes eventos esportivos, não apenas do ciclismo olímpico e paralímpico, onde foi sede recentemente do Campeonato Brasileiro de Paraciclismo de Estrada”, ressaltou Romolo Lazzaretti, gestor da W27 Eventos, organizadora das provas do Circuito Gran Fondo Brasil.

Percursos – O percurso será praticamente o mesmo da edição anterior. Os atletas vão largar do Busto de Tamandaré e seguem até a ladeira da Praia do Cabo Branco – sempre atrás do carro de apoio e com a velocidade máxima controlada. Logo após percorrem a via principal do Altiplano – Avenida João Cirilo da Silva, no trajeto de ida e volta, seguem à Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, em direção ao Litoral Sul, onde começam as disputas de velocidade.

Depois desse trajeto, os atletas começam as disputas de velocidade e seguem rumo ao Mangabeira Shopping, onde vão percorrer toda Avenida Hilton Souto Maior até a BR-230. Já na rodovia, os ciclistas encaram a maior prova, se deslocando até o viaduto de Intermares, onde retornam na altura do Km 9.

Para os competidores inscritos na menor distância, a prova termina na Estação Cabo Branco. Já os demais, vão até o Centro de Convenções – ida e volta, duas vezes, assim completando a competição.

Planejamento – Todo o planejamento foi elaborado em uma ação conjunta das Secretarias da Juventude, Esporte e Recreação (Sejer), Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e Infraestrutura (Seinfra), além da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP), Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), Guarda Civil Metropolitana e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Esse é um evento ciclístico que atrai participantes de diferentes regiões, gerando turismo, impulsionando a economia local, hotéis, restaurantes e comércios. Com isso, todos se beneficiam com a presença dos visitantes. A marca é internacional e, por isso, também coloca a cidade no mapa das grandes competições, aumentando, assim, a visibilidade e prestígio”, explicou o secretário executivo de Juventude, Esporte e Recreação, Juliano Sucupira.

Atletas – Até o momento, aproximadamente 200 competidores, de nove estados brasileiros, já confirmaram presença. As inscrições seguem abertas até 9 de novembro, um dia antes da competição, no site ticketsports.com.br.

A prova é aberta a todos os ciclistas (amadores e profissionais), maiores de 18 anos. A infraestrutura é de um evento de ciclismo profissional, com batedores, equipe de staff durante todo trajeto, pontos de abastecimento, cronometragem, premiação, vila, kit atleta e medalhas para todos que finalizarem.

Os primeiros cinco colocados gerais, masculino e feminino, receberão premiação em dinheiro. Já os primeiros colocados de cada categoria vão receber um troféu.

Continue Lendo

Paraíba

MIDR reconhece a situação de emergência em mais cidades paraibanas

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, na quinta-feira (31/10), a situação de emergência nas cidades paraibanas de Amparo e Teixeira, afetadas pela estiagem. A portaria com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Confira mais detalhes no link abaixo:

Portaria nº 3.648

Agora, as prefeituras estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.

Até o momento, a Paraíba tem 96 reconhecimentos federais de situação de emergência vigentes, todos por estiagem.

Como solicitar recursos

Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

Continue Lendo

Paraíba

“Tão duvidando que eu vá ser governador. Eu vou lutar”, diz Galdino sobre rumo político para 2026

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos), voltou a comentar sobre o desejo de lançar o próprio nome para disputar o Governo do Estado nas Eleições 2026.

Dessa vez, Galdino lembrou que muita gente duvidou que ele conseguisse ser prefeito, deputado estadual e presidente da Casa Legislativa e, mesmo assim, ele conseguiu.

O comentário do parlamentar foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta sexta-feira (01/11).

Confira o áudio:

Continue Lendo