De 21 a 23 de junho, a Central de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf), no José Américo, vai sediar a sétima edição do Festival do Milho. Quem for ao local em busca do cereal, vai encontrar, além de promoções na “mão de milho” (52 espigas), apresentações culturais com trios de forró, quadrilhas juninas, grupos de xaxado e uma infinidade de comidas típicas, como pamonha, canjica e bolos diversos. Nesta segunda-feira (6), a Cecaf vai abrir 20 vagas para quem quiser comercializar produtos durante o festival.
Conforme o diretor da Cecaf, Jerônimo Junior, a expectativa é que sejam comercializadas mais de 5 toneladas de milho, nos três dias de evento, superando a edição do ano passado. Segundo ele, os preços estarão mais baratos durante o festival, variando de R$ 35 a R$ 45, dependendo da qualidade do cereal tão tradicional no Nordeste durante as festas juninas.
As vagas para participação no Festival do Milho são para produção rural, artesanato e gastronomia. “Toda a estrutura do local será modificada para o evento. Haverá um palco para as apresentações artísticas e serão criadas alas no estacionamento para a comercialização do milho e de produtos derivados”, explica o diretor da Cecaf. Na quinta-feira (23), a tradicional feira com produtos agrícolas ocorrerá normalmente.
Para participar do evento, é preciso se dirigir à Cecaf, de segunda a quinta-feira, a partir das 8h, para fazer um cadastramento. É necessário apresentar documentação pessoal e declaração de aptidão profissional (DAP).
Expectativas – Neste ano, os agricultores estão com grande expectativa, uma vez que, depois de um período longo com medidas restritivas da Covid-19, o avanço na imunização da cidade permite um evento com mais flexibilizações. Também existe uma preocupação em escoar a produção do milho, que este ano está um pouco mais trabalhosa, pelo preço dos combustíveis e o aumento no preço do adubo.
“Esses aumentos fizeram com que a hora do trator ficasse mais cara e o adubo também, tivemos que gastar mais no preparo do solo. Estamos animados com o Festival, para fazer valer a pena o esforço. Ano passado, consegui vender 500 mãos de milho e esse ano espero conseguir superar isso”, destacou Bruno Igor, agricultor da cidade de Pitimbu e que comercializa na Cecaf.
“No ano passado vendi 600 mãos e tenho certeza que esse ano vou conseguir vender mais. Até porque a procura já começou desde o início do mês de maio. Tô animado com mais um festival, já participei de todos”, afirmou Felipe Vinícius, agricultor de Pitimbu. Enquanto não chega o festival, quatro unidades do produto estão sendo comercializadas a R$5.
O casal José Pedro e Lina da Silva, agricultores da cidade do Conde, também estão animados com o festival. “Eu comecei a comercializar aqui na Cecaf, ano passado. Mas, para este ano eu me preparei. Investi em 10 quilos de sementes e espero vender pelo menos 300 mãos de milho”, conta o agricultor. Neste sábado, o preço da mão estava custando R$ 50, mas, no Festival, deve baixar para R$ 40.
A procura pelo milho já começou. A dona de casa e turista, Rosilene Carvalho, de Natal, aceitou a dica da nora e foi à Cecaf para comprar milho. “A qualidade do milho parece ótima e os preços também. Estamos comprando milho para fazer todas as comidas típicas. Dá trabalho, mas eu amo cozinhar”, conta, animada.
Outros serviços – Durante o evento, serão oferecidos serviços gratuitamente aos agricultores e consumidores do local. Na área da saúde, serão ofertados aferição de pressão, testes de glicemia, testes rápidos de Covid-19, atualização de vacinas da gripe e Covid-19, terapia com ventosas, entre outros, que serão proporcionados por meio de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Haverá ainda um aulão de dança junino, em parceria com a Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer).