direcionado às famílias que estão acolhidas no Restaurante Popular do Distrito dos Mecânicos. Uma equipe da Semas, formada por quatro pessoas, estará a partir desta quinta, trabalhando de forma volante e fixa, ou seja, estará atendendo no Restaurante e fará contato com os donos de imóveis, nos respectivos endereços, quando necessário, para negociar o aluguel social.
As famílias interessadas no aluguel social, farão o Cadastro dos Moradores em Áreas de Risco Geográfico, seguindo os critérios repassados pela Semas. Das 22 famílias que estão no local, 15 optaram pelo aluguel; outras sete disseram que pretendem voltar para as suas casas, assim que conseguirem móveis e outros utensílios, já que a maioria perdeu tudo. Atualmente, são 88 pessoas acolhidas no Restaurante sob os cuidados da Prefeitura.
Marcelo Delfino da Silva de 47 anos, que está desempregado e Inês Marcionila da Conceição de 58 anos, moravam em uma casa de apenas um cômodo há 1 e 4 meses e perderam praticamente tudo, depois que a casa foi invadida pelas águas. O casal foi orientado a procurar um imóvel que melhor atenda as necessidades. “Nós não temos onde morar, estamos sendo acolhidos e orientados a procurar uma casa e quero conseguir esse lugarzinho o mais rápido possível, junto com minha companheira, para ficarmos sossegados”, destacou Marcelo Delfino.
“Estamos dando início a esse cadastramento, com um momento de escuta, tirando dúvidas, e passando para as famílias todos os critérios necessários para conseguir o aluguel social. Importante que eles escolham o imóvel de acordo com a realidade de cada família, para após esse momento, darmos andamento ao processo de inclusão social”, destacou Magna Adriana, gerente de Benefícios Eventuais da Semas.
Casa de Apoio
No local, também está acolhido seu Ernandes Severino do Nascimento, de 72 anos, que já trabalhou na agricultura e foi ajudante de pedreiro. Ao invés de aluguel social, ele pediu para ser levado para uma Casa de Apoio da Prefeitura. Ele conta que mora sozinho há cinco anos em uma pequena casa na invasão, de apenas um cômodo e perdeu tudo. Nunca casou, mas viveu com uma companheira, com a qual teve 4 filhos, sendo dois homens e duas mulheres.
Os filhos segundo ele, moram em Campina Grande, no entanto, conta que recebeu a visita de um deles há cerca de 1 ano. “Tenho o desejo de ir para uma Casa de Apoio, pois vivo doente, tomo remédio para cansaço, pressão alta, sinto dores no corpo e recentemente descobri que sou diabético. Quero terminar meus dias de vida em um local sossegado”, desabafou seu Ernandes.
O caso está sendo analisado pela Gerência do Idoso da Semas, já que seu Ernandes tem um benefício de um salário mínimo e tem parentes que moram na cidade.
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