Cerca de 40 mil pessoas no Brasil são atingidas pela Esclerose Múltipla, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem). Na Paraíba, são 326 pacientes e no mundo, esse número chega a hoje a 2,8 milhões de pessoas. A doença é mais comum em pessoas jovens, de 20 a 40 anos, e predominantemente mulheres. Nesta quarta-feira (25), Dia Mundial da Esclerose Múltipla, o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) defendeu que o Estado seja mais presente na vida dos portadores da doença quanto a um diagnóstico precoce e no tratamento adequado.
Para o deputado, é essencial que a Paraíba tenha um centro de referência de doenças raras no estado. João Pessoa ganhou recentemente a primeira unidade, uma iniciativa de prefeitura financiada pelo Governo Federal. Para ele, é preciso ampliar o serviço para os pacientes de outros municípios.
“Precisamos que o Poder Público olhe para essas pessoas buscando alternativas para possibilitar uma melhor convivência com essa doença. Muitas vezes, os portadores de doenças raras são negligenciados, pois essas enfermidades atingem uma parcela pequena na população e os tratamentos são muito caros. É preciso garantir um diagnóstico precoce da doença para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. Infelizmente vemos casos que chegam a até 15 anos para se fechar um diagnóstico”, observou Tovar.
O deputado é o autor da Lei nº 10.843/2016 que criou na Paraíba o Dia Estadual de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. “Aproveitamos esse dia para reforçar o alerta para o diagnóstico precoce. Precisamos que o Estado encontre alternativas para garantir esse diagnóstico e também o tratamento”, reforçou.
Tovar destacou ainda que a doença afeta diretamente a vida das pessoas, principalmente no trabalho. Uma pesquisa inédita realizada pelo Centro de Inovação SESI Higiene Ocupacional, ligado à Firjan, com o apoio da Roche Farma Brasil, revela que 40% das pessoas com esclerose múltipla (EM) não estão trabalhando. Nos últimos quatro anos, foram concedidos 7.300 benefícios para pessoas com a doença no País, sendo 1.860 por invalidez – 3 em cada 4 delas se aposentaram antes dos 50 anos.
Esclerose Múltipla – A doença é autoimune, não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. A esclerose compromete, entre outros aspectos, a capacidade de equilíbrio, a visão e, pode levar à morte se não for tratada corretamente.
Vale destacar que a Esclerose Múltipla não é uma doença mental, não é contagiosa, não é suscetível de prevenção e não tem cura. Seu tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença. “É uma patologia desafiante, que agride o sistema neurológico com lesões que podem afetar qualquer parte do corpo como a visão, a fala, a locomoção. Temos que fazer um tratamento adequado antes que as lesões cheguem até as pessoas”, destacou o deputado.