O vereador pessoense e pré-candidato a deputado estadual Tarcísio Jardim (Patriota) provou que quem sai aos seus não degenera.
De acordo com esta matéria postada originalmente pelo Política por Elas, em seu perfil no Instagram, o parlamentar, que tem quase 58 mil seguidores, postou um vídeo com áudio adulterado, de conteúdo falso ou enganoso envolvendo o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de uma deepfake que é a manipulação de imagens e/ou áudios por meio de inteligência artificial para criar uma situação falsa.
O vereador não menciona ou alerta seus seguidores sobre a natureza da postagem. Se limita a dizer:
Nas interações há os que entendem que o material é mentiroso e tolerem aos risos, há quem pergunte sobre a veracidade do vídeo e quem acredite no que vê e ouve sem questionamento algum. É pra esse tipo sugestionável de pessoas que o material se destina.
A mentira age como força catalisadora. Mobiliza pelo medo, pela revolta, pelo ódio. Quanto mais sentimento desperta, mais rápido se espalha, e quando compartilhada em uma rede de confiança acaba convencendo um maior número de pessoas. É, portanto, um arma de manobra poderosa.
O curioso é que o Tarcísio Jardim é formado em direito, logo, sabe onde pisa; age com intenção maliciosa, o que destoa de sua função como agente público – uma vez que é policial – e como agente político.
Políticos que apostam em conteúdos sabidamente falsos não fazem política, apenas militância cega, descolada de valores democráticos. Operam no eterno conflito, se fiam em teorias conspiracionaistas e na figura do inimigo.
A boa política deve se pautar pela verdade factual, aquela que se baseia nos acontecimentos. O contrário disso é arbitrariedade, é desserviço. É irresponsabilidade que promove tensão, que compromete o equilíbrio das coisas. É antipolítica.