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Recuperação do nível de emprego ainda será lenta em 2018

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O desemprego deve continuar caindo em 2018, mas em velocidade menor. A redução de ritmo será influenciada pelo aumento da procura por emprego – pessoas que tinham desistido de achar uma vaga voltarão a tentar a sorte no mercado de trabalho.

Para especialistas consultados pela reportagem de Felipe Machado, da VEJA, a recuperação da economia vai ajudar na criação de postos de trabalho e mesmo que o número de desempregados não caia, haverá mudança no perfil dos empregados, com aumento de formalização e maior número de ocupados.

Com a recessão na economia, a taxa de desemprego quase dobrou em três anos, indo de um patamar mínimo histórico no fim de 2014 para mais de 13,3% no início de 2017. Desde então, o indicador que calcula a quantidade de pessoas que não conseguiram emprego em relação ao total da população em condições de trabalhar vem caindo. A última leitura, de novembro, indicava 11,9%, e as estimativas indicam que deve subir para mais de 12% em dezembro, cuja divulgação será feita pelo IBGE no fim de janeiro.

A avaliação é que esse movimento de queda vai permanecer em 2018, impulsionado pela forma como a economia está se recuperando: sustentada no aumento do consumo das famílias – efeito que deve se refletir na indústria pelo aumento da demanda por produto.

Para Carlos Henrique Corseuil, do Ipea, é importante notar que mesmo com mais busca, a recuperação tem se refletido no mercado de trabalho. “Tem mais gente participando do mercado de trabalho e, mesmo assim, o desemprego tem caído”, disse.

O país voltou a registrar aumento na atividade no último ano, após dois anos em queda, e a aposta dos economistas é de que a produção do país crescerá 2,69%, segundo o último Boletim Focus. “Setores ligados ao consumo costuma ser intensivos na contratação de mão de obra”, afirma Gustavo Arruda, economista do BNP Paribas.

Mais procura
Um problema é que o ritmo ainda está baixo e deve ter mais gente procurando emprego, com o fim do que os economistas chamam do “efeito desalento”. Quando a situação está difícil, uma parcela dos desempregados deixa de procurar emprego porque o mercado fica menor, o que reduz a taxa de desocupação.

“As pessoas não procuram mais trabalho por motivos psicológicos e financeiros, pois procurar trabalho também tem custo”, explica Thiago Xavier, da Consultoria Tendências. Ele calcula que, entre setembro de 2014 e setembro de 2017, 3,25 milhões de pessoas saíram da força de trabalho. “Parte desse contingente vai procurar inserção profissional em 2018”, diz.

Além do contingente que deve voltar a procurar emprego, existe outro grupos de pessoas que deve aumentar na busca por vagas, o de pessoas que chegaram à idade de trabalhar. Segundo o economista Bruno Ottoni, do Ibre/FGV, esse movimento acontece sempre, e o crescimento da economia tem que ser forte o bastante para absorver tanto quem chega quanto quem já estava desempregado. “Um crescimento na casa de 3% já começa a entrar na esfera de robusto. O necessário para uma queda mais significicativa talvez seria em torno de 4%”, estima.

Para o especialista, a taxa de desocupação (pessoas procurando emprego em relação ao total da força de trabalho) deve subir no começo de ano, como sempre ocorre neste período, chegando a 13,4% em março. Depois, deve cair e fechar o ano em 11%.

Mudanças na ocupação
A queda no desemprego até agora tem sido puxada pelas informalidade e pelo trabalho por conta própria. Para Rodolfo Margato, economista do Santander, deve haver migração desse tipo de ocupação informal para o trabalho com carteira assinada. “Num primeiro momento, em saídas de recessão, é normal haver crescimento de emprego informal. Mas o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Empregados, do Ministério do Trabalho) também indica uma criação líquida de vagas formais”, explica.

Reforma trabalhista
Em relação aos efeitos da reforma trabalhista, que o governo alardeava que elevaria o número de empregos formais, os especialistas ainda têm dúvidas sobre seu efeito no curto prazo.

Em novembro, foram criadas apenas 3.120 vagas de emprego intermitente, modalidade criada na nova lei trabalhista. Segundo os especialistas, a reforma trabalhista deve ter mais resultados conforme dúvidas sobre a legalidade de alguns itens for resolvida, e houver mais segurança jurídica. “É difícil alguém falar que a reforma trabalhista vai atrapalhar”, resume Arruda.

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Entidade multissetorial e Senado Federal discutem impactos da Reforma Tributária

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O Senado Federal recebeu, nesta terça-feira (26/11), uma importante entidade multissetorial do país, a Amcham Brasil, para o evento “Diálogo com o Senado Federal para a Regulamentação da Reforma Tributária em 2024”.

O encontro reuniu líderes políticos e empresariais para debater os próximos passos da regulamentação da Emenda Constitucional nº 132, reforçando o compromisso de construir um sistema tributário mais moderno, justo e competitivo.

Representando o Senado, Efraim Filho (União Brasil), destacou a importância do debate com entidades que movimentam a produção e economia no país, enfatizando a contribuição entre Congresso Nacional e cadeia produtiva.

“A oportunidade de sentar a mesma mesa com empreendedores que tratam de inovação, que tratam de comércio exterior, que tratam de um Brasil que quer crescer e se desenvolver num mundo globalizado e sem fronteiras, onde você concorre com todos os países. E hoje, você poder receber essas sugestões, contribuições, com um olhar diferente sobre o texto da reforma tributária que tem sido debatido no Senado engrandece. Nosso compromisso foi de recepcionar essas sugestões de emendas, apresentá-las para estimular o debate e atender aquilo que possa contribuir para um texto melhor”, frisou.

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Relatório da PF detalha participação de paraibano em tentativa de golpe de Estado; veja documento

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O relatório final da Polícia Federal (PF) com detalhes sobre o inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado no Brasil, após as Eleições 2022 para presidente da República, detalha a participação do paraibano Tércio Arnaud Tomaz no esquema criminoso.

No documento, que tem 884 páginas, o nome do paraibano é citado, pelo menos, dez vezes e, nos trechos, ele é apontado como integrante do “gabinete do ódio” e como responsável por coordenar, editar e, junto com outros integrantes da organização criminosa, facilitar o repasse de notícias falsas através da internet.

A quebra do sigilo foi determinada na terça-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira abaixo um trecho do relatório:

No cargo assessor especial da Presidência da República, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ integrou o autodenominado GABINETE DO ÓDIO. Os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.

No mesmo dia da live, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ, encaminhou, via aplicativo WhatsApp para MAURO CID, um link que direcionava para o armazenamento de arquivos no Google Drive. O link levava à gravação da live realizada por FERNANDO CERIMEDO naquele dia, com a duração de 01h01min22seg. Ele escreve, em seguida, “resumo” e envia o vídeo editado a partir do referido conteúdo com a duração de 08min59seg. O objetivo de editar o vídeo foi facilitar a disseminação da live, de modo a se antecipar às já citadas ações do TSE contra a propagação de fake news.

Assim, os elementos de prova arrecadados identificaram que TÉRCIO ARNOUD TOMAZ atuou em coordenação com os demais integrantes da organização criminosa. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA“.

Clique aqui e confira o relatório (parte 1)

Clique aqui e confira o relatório (parte 2)

Clique aqui e confira o relatório (partes 3 e 4)

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

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Brasil

No Senado: Daniella destaca importância de políticas públicas para combater violência contra mulher

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Redação do Portal da Capital

O programa ‘Antes que aconteça’ foi citado ontem em matéria do Jornal Nacional, como uma das ações de combate à violência contra a mulher no Brasil
Idealizadora e coordenadora nacional do programa ‘Antes que aconteça’, a senadora Daniella Ribeiro fez um pronunciamento na Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, a necessidade de políticas públicas no combate à violência contra a mulher no Brasil, e também no exterior.

“Se a gente tem dificuldade para quem vive aqui, imagina para quem estar fora de casa. O suporte de Estado é fundamental, bem como de nós, mulheres, também se sentem confrontadas por esse tipo de questão. Quero me colocar à disposição para ajudar no que for preciso”, declarou. A audiência abordou a violência contra mulheres no exterior.

Ainda na comissão, Daniella destacou o programa Antes que aconteça e explicou o propósito da ação, anunciada em dezembro de 2023, quando a senadora presidia a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. “Pela primeira vez o orçamento foi destinado diretamente para o combate à violência contra a mulher, pensando em vertentes como ações de defesa pessoal até o empreendedorismo, pois os estudos mostram que a dependência financeira impulsiona esse tipo de violência”, pontuou.

’Antes que aconteça’ é citado em matéria do Jornal Nacional
O ‘Antes que aconteça’, programa de combate à violência contra a mulher, idealizado pela senadora Daniella Ribeiro, foi destaque em matéria do Jornal Nacional, que abordou o tema da violência contra a mulher. A citação ao programa ‘Antes que aconteça’ foi feita na edição da segunda-feira, 25 de novembro, Dia internacional de luta contra a violência contra as mulheres.

A criação
O programa “Antes que aconteça”, como o próprio nome sugere, tem o objetivo de evitar a violência contra a mulher nas suas diversas formas, desde a psicológica ao último estágio do ciclo, que é o feminicídio.

O programa foi idealizado pela senadora Daniella e por outras mulheres. São elas: a deputada federal Soraya Santos, procuradora da Mulher na Câmara dos Deputados; a segunda-dama da Paraíba, Camila Mariz Ribeiro, coordenadora do programa na Paraíba; a juíza Renata Gil, conselheira do CNJ; a advogada e jurista Luciana Lossio, ex-ministra do TSE; e a professora Nadja Oliveira, diretora-técnica do Parque Tecnológico da Paraíba.

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