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Paraíba

Justiça cassou 10 prefeitos em sete meses na PB por compra de votos e improbidade

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No período de seis meses, sete prefeitos e vice-prefeitos da Paraíba foram cassados em primeira instância, sendo sete, na Justiça Eleitoral, por abuso do poder político e econômico em primeira instância e três por improbidade administrativa, na Justiça Comum. Eles recorreram aos tribunais, objetivando a manutenção nos cargos do Poder Executivo. Se não houver reformulação das sentenças, os gestores serão afastados e, na maioria dos casos, haverá novas eleições municipais, de acordo com reportagem de Josusmar Barbosa, do Jornal da Paraíba.

Junco do Seridó

Em junho de 2017, o prefeito e o vice do município de Junco do Seridó, respectivamente, Kléber Fernandes de Medeiros (PSB) e Rawlisson Meneses de Medeiros (PSD), tiveram seus diplomas cassados pelo juíz eleitoral Rossini Amorim Bastos, que também determinou a realização de novas eleições na cidade. A decisão ainda cabe recurso no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

Kleber e Rawlisson foram acusados de cometer abuso de poder econômico e político. “A prova carreada ao caderno processual, demonstra, à sociedade, que o então prefeito do Município de Junco do Seridó (Cosmo Simões de Medeiros), colocou a serviço de seus candidatos às eleições majoritárias, Kléber Fernandes de Medeiros (Prefeito eleito e sobrinho de Cosmo Simões de Medeiros) e do vice-prefeito (Rawlisson Menezes de Medeiros), a estrutura da máquina administrativa municipal, afetando a normalidade e legitimidade do pleito eleitoral”, disse o juiz na sentença.

Os gestores recorreram da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Por 6 a 0, a sentença foi reformada e eles absolvidos. A coligação adversária recorreu da ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, para tentar assegurar a cassação de Kleber, o e do vice-prefeito.
Triunfo

Em julho de 2017, o juiz eleitoral Agílio Tomaz, da 37ª zona, cassou os mandatos do prefeito José Mangueira (PTB) e da vice Francisca Franciele Gonçalves, do município de Triunfo, no Sertão. Além da cassação, foi imposta uma multa de R$ 30 mil, cada.

Eles são acusados de compra de votos na eleição de 2016. A Justiça também determinou o pagamento de multa de R$ 30 mil. Como os concorrentes, segundo e terceiro colocados, obtiveram mais de 50% dos votos, o magistrado deliberou por novas eleições. Damísio Mangueira e Francisca recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral e esperam, nos cargos, o julgamento do mérito do processo.

Barra de São Miguel

No mês de setembro, o prefeito e o vice-prefeito de Barra de São Miguel, no Cariri da Paraíba, tiveram os mandatos cassados por abuso de poder econômico durante o período eleitoral, por meio de distribuição de bebida alcóolica e camisas. A decisão foi tomada pelo juiz eleitoral Falkandre de Sousa Queiroz.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi proposta pela coligação que perdeu nas urnas,”A Força do Povo”, contra João Batista Truta e Fábio José Maia de Miranda. Com a decisão, eles vão ficar inelegíveis por 8 anos e vão ter que pagar, cada um, multa de R$ 10 mil. O gestores disseram que a oposição forjou provas e recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral para reformar a sentença.

De acordo com a sentença, foram utilizados veículos da administração municipal para transporte de pessoas, adesivados com propaganda eleitoral. Nesse caso, o juiz afirmou que as provas eram frágeis e não justificam uma condenação. O magistrado ainda considerou que as provas que mostram a distribuição de bebidas no comitê eleitoral e de camisas são robustas, reforçando a tese de abuso de poder econômico, por meio da distribuição indevida de bens com a finalidade de aliciar eleitores. “Observa-se, ainda, que nas etiquetas das camisas constava escancarado pedido de voto, com os seguintes dizeres: “João Batista – Voto Certo – 40″, não existindo nada nos autos que venha a colocar em dúvida a sua autenticidade”, diz a decisão. Como a chapa vencedora teve mais de 50% dos votos válidos, a Justiça determinou uma nova eleição.

Mamanguape

No mês de outubro de 2017, a juíza Juliana Duarte Maroja, da 7ª zona, cassou os mandatos da prefeita de Mamanguape, no Litoral Norte, Eunice do Nascimento Pessoa (PSB), e da vice dela, Baby Helenita Veloso Silva (PRTB), por compra de votos – com oferecimento de supostos empregos, dinheiro, combustível e cachaça – e por abuso de poder econômico durante as eleições municipais de 2016.

As gestoras foram declaradas inelegíveis pelo prazo de oito anos e multadas, em R$ 53.205, “considerando a condição econômica de cada uma”, a “gravidade das condutas” e “as temerárias consequências para o regime democrático”. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi ingressada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), após suspeita de compra de votos feitas pela então promotora de Justiça Ismânia do Nascimento Rodrigues Pessoa, filha da prefeita, para a mãe. A prefeita e a vice impetraram recurso junto ao TRE-PB.

Bananeiras

Também no mês de outubro do ano passado, o prefeito e o vice de Bananeiras, no Brejo paraibano, Douglas Lucena (PSB) e Guga Aragão, tiveram seus mandatos cassados nesta terça-feira (31) pelo juiz da 14ª Zona Eleitoral, Jailson Shizue Suassuna. O magistrado também determinou novas eleições no município. .

Trata-se de uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime), onde Douglas e Guga são acusados de suposta prática de abuso de poder econômico, de autoridade e compra de votos nas eleições de 2016. O prefeito recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba para reformular a sentença.

Douglas Lucena afirmou que os argumentos postos nos autos são frágeis juridicamente. “Subverter a vontade do povo sem uma única prova documental ou qualquer testemunha nos autos, tendo uma mera presunção como base para qualquer decisão, é desrespeitar a escolha popular, é agredir o direito”, disse o prefeito em nota.

Alhandra

Ainda no mês de outubro, a Justiça determinou o afastamento do prefeito de Alhandra, no Litoral Sul, Renato Mendes (DEM). Segundo o juiz Antônio Eimar de Lima, o afastamento se deu em cumprimento a uma sentença que condenou o gestor pelo crime de improbidade administrativa, determinando a suspensão de direitos políticos.

Na determinação, o juiz Antonio Eimar pediu a perda do mandato do prefeito e a posse imediata do vice-prefeito, Edileudo da Silva Salvino. Renato recorreu ao Tribunal de Justiça e conseguiu uma liminar, o que garantiu seu retorno ao cargo. A defesa de Renato alegou que a decisão foi referente a um processo do ano 2008, sobre o qual não houve acórdão publicado e, por esse motivo, o juiz de Alhandra atribuiu a sentença.

Sousa

Também em outubro do ano passado, o pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ) cassou os direitos políticos do prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PSB). Com isso, o STJ manteve a decisão que o condena no “Processo das Cores”, herdado do seu primeiro mandato, entre 2009 e 2012. No entanto, os advogados de Tyrone apresentaram novos recursos e ele permanece no cargo.

Em 2014, Fábio Tyrone teve os direitos políticos cassados por três anos pela Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) por suposta prática de improbidade administrativa, já que teria adotado as cores verde e laranja na eleição de 2008, quando disputou a prefeitura de Sousa e, posteriormente a vitória, padronizou todos os bens públicos do município com essa cores. A denúncia foi formulada pelo Ministério Público Estadual (MPPB).

Pombal

Em dezembro de 2017, o prefeito do município de Pombal, no Sertão da Paraíba, Verissinho de Sousa Lacerda (MDB) teve o mandato cassado por improbidade administrativa. A decisão foi do juiz de Direito Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto, que acatou ação do Ministério Público Estadual da Paraíba (MPPB).

Verissinho foi punido com a suspensão dos direitos políticos por quatro anos e uma multa civil de dez vezes o valor do último salário recebido como prefeito da cidade. O gestor também deve permanecer com os bens bloqueados, conforme a decisão do magistrado. De acordo com os autos do processo, Verissinho teria cometido fraude em vários processos de licitações. Uma das irregularidades investigadas e pela qual ele foi punido foi o fato de ter ignorado o número mínimo de participantes na concorrência de licitação. Além disso, ele teria adotado a carta convite no lugar de tomada de preços como, segundo o juiz, era exigida na situação.

Também na denúncia, há o argumento de que o prefeito Verissinho teria cometido superfaturamento na contratação de serviços de limpeza urbana. Ele recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça da Paraíba e espera o julgamento do mérito do processo.

Santa Helena

Em dezembro, o juiz Agílio Tomaz Marques, da 37ª Zona Eleitoral, cassou os diplomas do prefeito e vice de Santa Helena, Emmanuel Felipe Messias Lucena e Júlio Neto Dias de Oliveira, respectivamente. Foi aplicada ainda uma multa no valor de R$ 30 mil UFIRs. O magistrado determinou novas eleições no município. Os cassados recorreram da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral.

A ação foi proposta por Maria do Socorro Félix Rolim, que concorreu nas eleições de 2016, obtendo a segunda colocação no pleito. Ela denunciou que na segunda semana do mês de setembro houve a compra de votos por parte do candidato a vereador, Júlio Neto Dias de Oliveira, que se dirigiu até a residência de

Aluísio de Oliveira Duarte, onde efetuou o pagamento da quantia de R$ 6 mil. A quantia tinha como objeto a compra de apoio político. “Entendo que o autor logrou êxito na comprovação da captação ilícita de sufrágio praticada pelos primeiros promovidos”, escreveu o magistrado.

Curral Velho

Em janeiro de 2018, o juiz Antônio Eugênio, da 33ª zona, julgou procedente uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), pedindo a cassação do prefeito Curral Velho, no Sertão paraibano, Joaquim Alves Barbosa Filho (Filhinho), do PSDB, e do seu vice Manoel Estrela. O magistrado determinou a realização de novas eleições.

A AIME foi movida por Taciano Luis Barbosa e a coligação “Curral Velho Merece Atenção e Respeito”. De acordo com a sentença, o prefeito e o vice praticaram corrupção eleitoral e de abuso do poder econômico com as contratações indiretas e contratação de eleitores.

Além disso, promoveram a “realização de exames e cirurgias com fins eleitoreiros e irregularidades na arrecadação e gastos de campanha, tudo a beneficiar as suas candidaturas a prefeito e vice, maculando, assim, a legitimidade e normalidade das eleições de outubro de 2016”. Filhinho e Manoel Estrela decidiram recorrer da decisão ao TRE-PB para reformar a sentença.

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Paraíba

Eleições 2024: saiba como conferir o seu local de votação para este 2º turno em JP ou Campina

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Redação do Portal da Capital

O segundo turno das Eleições Municipais de 2024 ocorrem neste domingo (27/10), em 51 municípios do país, das quais 15 são Capitais. Dentre as cidades estão João Pessoa, onde os eleitores decidirão entre Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL) e, Campina Grande, onde a disputa acontece entre Bruno Cunha Lima (União) e Jhony Bezerra (PSB). (Confira lista completa ao final da matéria)

Saiba como conferir o local de votação:

  • O site do Tribunal Superior Eleitoral e clique no menu “Serviços eleitorais”, na barra superior da página.
  • Depois, acesse “Local de votação/zonas eleitorais” e, em seguida, consulte onde votar.
  • Preencha os campos com o nome ou o número do título de eleitor ou CPF, a data de nascimento, o nome da mãe e clique em “Entrar”.

As páginas dos respectivos tribunais regionais eleitorais (TREs) também dispõem de um espaço para pesquisar essas informações. Preenchidos os dados, a página vai informar o número da inscrição eleitoral, a zona eleitoral e o local de votação, com endereço completo.

Como consultar pelo e-Título:

Já no aplicativo e-Título, a versão digital do título de eleitor, a informação ao local de votação logo na tela de início, abaixo do nome da eleitora ou do eleitor.

Além disso, por meio de ferramentas de geolocalização, o app guia o eleitor até a respectiva seção eleitoral.

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente em dispositivos móveis nas lojas virtuais Apple Store e Google Play.

As 15 capitais são:  

Os outros 36 municípios onde haverá 2º turno são: Anápolis (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Barueri (SP), Camaçari (BA), Campina Grande (PB), Canoas (RS), Caucaia (CE), Caxias do Sul (RS), Diadema (SP), Franca (SP), Guarujá (SP), Guarulhos (SP), Imperatriz (MA), Jundiaí (SP), Limeira (SP), Londrina (PR), Mauá (SP), Niterói (RJ), Olinda (PE), Paulista (PE), Pelotas (RS), Petrópolis (RJ), Piracicaba (SP), Ponta Grossa (PR), Ribeirão Preto (SP), Santa Maria (RS), Santarém (PA), Santos (SP), São Bernardo do Campo (SP), São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP), Serra (ES), Sumaré (SP), Taboão da Serra (SP), Taubaté (SP) e Uberaba (MG).

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Na Paraíba, 213 cidades aderiram ao Ciclo 2024-2025 do Escola em Tempo Integral

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Redação do Portal da Capital

Na Paraíba, 213 municípios paraibanos já pactuaram 6.592 matrículas de tempo integral para o segundo ciclo do Programa Escola em Tempo Integral, do Ministério da Educação (MEC). O prazo para adesão ao Ciclo 2024-2025 do programa e para pactuação das matrículas em tempo integral vai até 31 de outubro, pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).

Em toda a Região Nordeste, foram pactuadas 84.660 matrículas de tempo integral para o novo ciclo. Todos os estados da região estão participando do programa. Já os estados Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia ainda estão pendentes na pactuação das matrículas de tempo integral ofertadas pelo MEC para o Ciclo 2024-2025.

Brasil – De acordo com levantamento do Ministério da Educação divulgado na última terça-feira, 22 de outubro, das 4.651 redes que aderiram ao programa, 2.330 (50,1%) já pactuaram matrículas para o Ciclo 2024-2025. Isso totaliza 312.914 novas vagas de tempo integral em todo o país para o período.

Tempo Integral – O Programa Escola em Tempo Integral é uma estratégia para induzir a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica. Ele é coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC e busca viabilizar o cumprimento da Meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024 (Lei nº 13.005/2014), política de Estado construída pela sociedade e aprovada pelo parlamento brasileiro.

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Paraíba

Governo Federal amplia recursos e PB recebe mais de R$ 430 mil para novos serviços de saúde mental

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Redação do Portal da Capital

 

O Ministério da Saúde anunciou novas medidas para expandir os serviços de saúde mental, incluindo um aumento de R$ 383 milhões no orçamento destinado ao custeio anual dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Residências Terapêuticas. Além disso, serão habilitados 147 novos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), além da qualificação de 16 CAPS. Para o custeio desses novos serviços, serão repassados mais R$ 71 milhões em 2024. Desse total, a Paraíba receberá R$ 431,7 mil para fortalecer a rede de atenção à saúde mental no estado.

Com o investimento, a Paraíba contará com um novo Centro de Atenção Psicossocial destinado a atender pessoas em sofrimento psíquico e/ou com necessidades decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Expansão do acesso: mais serviços e mais orçamento para a saúde mental no SUS

O Governo Federal tem atuado para expandir o acesso da população a serviços de atenção psicossocial, com políticas pautadas nos direitos humanos e cuidado em liberdade. No ano passado, o Ministério da Saúde retomou a expansão da RAPS, aumentando o custeio financeiro em 26% após cerca de uma década sem atualização dos valores para os serviços. Hoje, essa recomposição continua, com acréscimo de 383 milhões ao ano no orçamento, que serão direcionados para custeio dos CAPS e Residências Terapêuticas, cuja portaria está prevista para publicação na próxima semana. O anúncio foi realizado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, nas páginas oficiais da pasta nas redes sociais. “É uma importante medida para garantir a o cuidado de qualidade na rede pública do nosso Sistema Único de Saúde”, reforçou a ministra.

Desde 2023, 426 novos pontos de atenção já haviam sido habilitados, o que representou um acréscimo de R$ 500 milhões anuais incorporados ao teto da média e alta complexidade somente para a saúde mental. Além desse aumento, 147 novos serviços serão habilitados, entre portarias já publicadas e portarias programadas para as próximas semanas. Esse total inclui: 63 novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), 25 leitos de saúde mental, 52 Residências Terapêuticas (SRT), 4 Unidades de Acolhimento para adultos (UAA) e outras 3 Unidades de Acolhimento para o público Infanto-Juvenil (UAI).

Evento internacional reúne especialistas para discussão sobre saúde mental infanto-juvenil

Para ampliar a discussão cuidado e promoção da saúde mental infanto-juvenil, o Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas reuniu especialistas, gestores e profissionais de saúde para discutir experiências e práticas intersetoriais voltadas ao cuidado e apoio psicossocial voltado a crianças, adolescentes e jovens. O evento contou com palestras de especialistas de diversos países da América Latina, e foi realizado na sede da Opas em Brasília, nos dias 10 e 11 de outubro.

Durante a abertura, a diretora do Departamento de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (Desmad) do Ministério da Saúde, Sônia Barros, reforçou que uma das plataformas em que se apoia esse seminário é a garantia de direitos, especialmente a não discriminação, valorização do melhor interesse da criança, direito à vida e ao desenvolvimento, e direito de ser ouvida. Esses são os quatro princípios que compõem a Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificado por 196 países, incluindo o Brasil.

Segundo a diretora, a Convenção “deve orientar nossas práticas profissionais, onde quer que nós estejamos, seja nas práticas intersetoriais, no sistema de justiça, na escola, na comunidade, nos processos de desinstitucionalização, na defesa dos seus direitos humanos, no apoio ao seu protagonismo, em cenários de violência, em contexto de uso de drogas, frente as barreiras encontradas por aqueles com espectro autista e, em outras situações que são mais ou menos adversas”, reforçou. Adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1989, a Convenção sobre os Direitos da Criança é considerada, pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), como o instrumento de direitos humanos mais aceito na história universal.

Saiba mais sobre os avanços para promover o cuidado psicossocial entre crianças, adolescentes e jovens

Para 2024, projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam uma população de aproximadamente 59 milhões de pessoas na faixa etária entre 0 e 19 anos. Em 2002, o Ministério da Saúde instituiu, no Sistema Único de Saúde (SUS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) voltados para a infância, o que é considerada a inauguração do campo assistencial público para crianças e adolescentes com agravos severos na saúde mental.

Atualmente, existem 314 Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi), com atendimento em todas as regiões e prioridade para crianças e jovens que apresentam transtornos mentais graves e persistentes presentes. Vinculadas a esses estabelecimentos, existem 27 Unidades de Acolhimento voltadas para o público infanto-juvenil, que promovem cuidado, apoio e abrigo. Em 2023, essa rede foi expandida, com habilitação de 28 novos CAPS voltado ao público infanto-juvenil, com previsão de outras 72 novas unidades. Com o Programa de Aceleração do Crescimento, o Novo PAC, 55 outras unidades estão previstas para construção.

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