Nos acompanhe

Paraíba

MPPB ajuíza ação para obrigar Estado a realizar processo seletivo para a Sudema

Publicado

em

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou uma ação civil pública contra o Estado da Paraíba; a Secretaria Estadual de Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente; a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e a Polícia Militar, requerendo a adoção de uma série de medidas para reestruturar a Sudema, entre elas a realização de processo seletivo simplificado para substituir todos os ocupantes de funções administrativas e operacionais permanentes não concursados.

A ação 0822357-89.2022.8.15.2001 tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital e é um desdobramento dos inquéritos civis públicos 002.2018.022024, 002.2018.013176 e 002.2018.021958 e do procedimento preparatório 001.2019.016837, que foram instaurados para apurar fatos e responsabilidades relacionadas a invasões de áreas públicas, destruição de florestas consideradas de preservação permanente e de vegetação de Mata Atlântica, danos diretos ou indiretos a unidades de conservação estaduais, poluição de rios, dentre outras infrações ambientais noticiadas pela população e, por vezes, pelos próprios órgãos públicos responsáveis pela proteção e gestão do meio ambiente e das riquezas naturais no Estado.

Ela foi ajuizada pelo 42º promotor de Justiça de João Pessoa, José Farias de Sousa – que atua na defesa do meio ambiente -, em razão da constatação de ilícitos e danos ambientais praticados sem controle estatal, em áreas da Capital, causando prejuízos à coletividade e privando a população do direito ao meio ambiente equilibrado.

Segundo Farias, essa situação é resultante da falta de estruturação da Sudema, problema que tem colaborado para o agravamento dos problemas ambientais. Isso porque, embora a autarquia tenha sido criada em 1979, o órgão sempre funcionou como “cabide de emprego” e nunca realizou concurso público para o provimento de seu corpo técnico, mesmo que gestores tenham admitido, há 15 anos, que a autarquia precisa de profissionais das áreas de engenharia florestal, biologia, geografia, dentre outras especialidades.

O promotor de Justiça destaca também a celebração de um convênio, por meio do qual a Sudema transferiu à Polícia Militar o exercício de polícia administrativa ambiental para fiscalizar atividades, obras e serviços utilizadores de riquezas naturais ou capazes de causar degradação ambiental, aplicando sanções administrativas (multas). “Em resumo, podemos destacar três problemas: que os ilícitos e danos ambientais são praticados sem controle estadual; a incompetência administrativa por parte de policiais militares, sem qualquer formação técnica necessária para a realização de atividades alheias à sua formação e finalidade funcional e a completa desestruturação da Sudema, por ausência de corpo técnico-administrativo e de fiscalização, servindo-se de um instrumento de cooperação para se furtar do cumprimento do seu dever legal”, criticou.

Pedidos

O MPPB requer a tutela de urgência para que, liminarmente, em 120 dias, o Governo do Estado encaminhe à Assembleia Legislativa projeto de lei para reestruturação organizacional da Sudema (ampliando seu corpo técnico, administrativo e de fiscalização, segundo as reais necessidades da autarquia para prestação de serviços públicos eficientes) e para que a Sudema apresente programas e projetos para conservação das riquezas naturais do Estado (como Mata Atlântica; Caatinga; bacias hidrográficas; recursos hídricos e minerais; fauna silvestre, áreas de preservação permanente; reserva legal e saneamento básico), relatórios circunstanciados e individualizados das unidades de conservação criadas por atos do poder público estadual e prestações de contas anuais do Fundo Estadual de Meio Ambiente, relativas aos exercícios de 2017 a 2021.

Em relação à Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, o MPPB requer liminarmente que o órgão apresente, também em 120 dias, relatório circunstanciado das políticas públicas de preservação do meio ambiente e de conservação das riquezas naturais executadas nos últimos cinco anos, bem como dos recursos públicos aplicados nesse período.

Requer ainda medida liminar para determinar a suspensão dos efeitos do convênio celebrado pela Sudema com a Polícia Militar, até julgamento do mérito a ação; a inversão do ônus da prova e a cominação de multa diária de R$ 10 mil pelo inadimplemento de cada uma das medidas liminares imposta pelo Juízo. O valor deverá ser revertido ao Fundo Estadual de Meio Ambiente.

Fiscalização, recuperação de áreas e processo seletivo

No mérito da ação, o MPPB pede a imposição ao Governo do Estado e à Sudema, de forma solidária, de obrigações de fazer que consistem em medidas para estruturar a Sudema; realizar fiscalização e punir as pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas, que fizeram ou venham a fazer usos não autorizados das riquezas naturais, que provoquem danos ambientais e ocupação irregular de espaços públicos; para recuperar a posse e domínio das áreas públicas desmatadas e ocupadas ilicitamente, com o reflorestamento desses locais e para remover todas as edificações em áreas protegidas, com a realocação das famílias comprovadamente pobres e carentes de condições dignas de habitação.

Também requer a substituição de todos os atuais ocupantes de funções administrativas e operacionais permanentes da autarquia não concursados por servidores escolhidos por processo seletivo simplificado, no prazo de seis meses, celebrando contratos com duração máxima de um ano, quando deverão ser substituídos definitivamente por servidores concursados, além de pedir a condenação por danos morais coletivos e danos materiais.

Para ler a ação civil pública na íntegra, clique aqui.

Continue Lendo

Paraíba

Justiça obriga e Ricardo desembolsa mais de R$ 350 mil para pagar dívida da campanha de 2022

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) foi obrigado pela Justiça a pagar uma dívida pendente com uma empresa de produção audiovisual que havia sido contratada para produzir materiais audiovisuais para a campanha eleitoral de 2022 do petista.

A empresa entrou na Justiça alegando ter sofrido prejuízos pelo não pagamento de uma dívida no valor de R$ 653.329,76 (seiscentos e cinquenta e três mil, trezentos e vinte e nove reais e setenta e seis centavos), oriunda de contratos não pagos por serviços realizados durante a campanha eleitoral de 2022 para Ricardo.

Após tramitação do processo na 9ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa, diz o blog do Marcelo José, a empresa produtora, contratada para a campanha do então candidato Ricardo Vieira Coutinho aceitou receber da pessoa física do político a quantia de R$ 353 mil do próprio bolso, para encerrar o processo.

Continue Lendo

Paraíba

R$ 85 mi: PB e mais sete Estados serão beneficiados com recursos para regularização fundiária

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quinta-feira (28/11), o decreto que cria o programa Periferia Viva, para promover a melhoria das condições de vida nas comunidades. São mais de 30 políticas pactuadas entre ministérios, para fomentar investimentos nas periferias. Só de recursos do Novo PAC serão mais de R$ 7 bilhões. A Paraíba e mais sete Estados serão beneficiados com valor superior a R$ 85 milhões.

“Hoje é o dia em que a periferia desse país se torna visível para o governo e para a sociedade. Vocês não serão mais invisíveis, nós estaremos enxergando vocês”, enfatizou Lula, durante a cerimônia de lançamento do programa no Palácio do Planalto.

Ele pontuou que as necessidades que os moradores de periferias têm atualmente são resultado do descaso do poder público ao longo de décadas. “Eu digo sempre que os prefeitos que entraram nesse país, a partir dos anos 80, na verdade, não estão governando, estão recuperando o descaso que foi feito nos anos 50, 60, no auge do êxodo rural. Porque as pessoas vinham para a cidade sem nenhum preparo, não tinha nenhum preparo para receber, e as pessoas iam para onde a polícia deixava”, afirmou.

“Nós queremos construir neste país uma sociedade civilizada, onde todos têm direitos, mas todos respeitam os direitos dos outros. Onde a gente possa torcer para times diferentes, sem brigar. Onde a gente pode professar uma religião sem ser inimigo da outra, pode votar no candidato sem precisar virar inimigo do outro. É isso que a gente precisa nesse país, para que a gente possa garantir para vocês um programa como esse, chamado Periferia Viva”, declarou Lula.

EIXOS – O Periferia Viva é um programa de urbanização de favelas com foco em quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA — Cerca de 19 mil contratos de regularização fundiária e melhorias habitacionais, em oito estados brasileiros, com investimento federal superior a R$ 85 milhões, também foram anunciados durante o evento. Serão 15.097 unidades (regularização fundiária) e mais 4.285 unidades para Melhoria Habitacional, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Continue Lendo

Paraíba

Em Brasília, governadores se reúnem com Lewandowisk e debatem sobre PEC da Segurança Pública

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O governador João Azevêdo (PSB) participou, na quinta-feira (28/11), no Palácio do Buriti, em Brasília, do 10º Fórum Nacional de Governadores. O encontro contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, oportunidade em que foi debatida a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

Durante a reunião, o ministro afirmou que o governo federal está à disposição para receber propostas dos governadores à PEC e destacou a importância do intercâmbio de informações com os gestores estaduais.

Um novo encontro com os governadores foi marcado para o início de dezembro, com a apresentação de novas sugestões, com o objetivo de fortalecer o combate ao crime organizado no país.

Dentre os pontos previstos na PEC estão a constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e da Política Penitenciária e a criação de um Conselho Nacional de Segurança Pública, com a presença de estados e municípios.

Continue Lendo