Dois projetos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foram classificados na chamada pública “Materiais Avançados”, promovida pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O valor do financiamento supera R$ 3 milhões.
O primeiro projeto é o “Uso de Grafenos e Derivados Carbonáceos na Produção de Protótipos de Baterias de Chumbo/Ácido”, coordenado pelo Prof. Daniel Macedo, do Departamento de Engenharia de Materiais, do Centro de Tecnologia (CT). O valor aprovado para o projeto é de R$ 1.314.955,74.
Já o segundo projeto, coordenado pela Profa. Ieda Garcia, do Departamento de Química, do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), é intitulado “Tecnologias habilitadoras aplicadas em resíduos minerais estratégicos do nordeste brasileiro”, com valor de R$ 1.769.619,96.
O Pró-Reitor de Pesquisa da UFPB, Prof. Valdir Braga, explicou que, inicialmente, os projetos não haviam sido contemplados no edital, que teve seu resultado final divulgado em 2021.
“Os projetos tinham sido aprovados, mas não foram classificados. Mas houve um aporte extra de recursos e nós fomos comunicados, nesta semana, que esses dois projetos também serão pagos, então os pesquisadores receberão recursos”, afirmou.
A Profa. Ieda Garcia recebeu a notícia sobre a classificação com alegria. “Muita felicidade. Para a gente foi uma surpresa muito grande. Como o edital era no ano passado, já tínhamos considerado que não havíamos atingido a classificação necessária”, comentou.
“Todas as instituições têm enfrentado uma dificuldade muito grande para manter os equipamentos e a infraestrutura funcionando. Com esse projeto, vamos conseguir recuperar uma parte da infraestrutura do laboratório, que está precisando de manutenção e recursos para consumo, para equipamentos, o que para nós é fundamental”, contou Ieda.
Como a professora explica, o projeto trabalha com três aspectos importantes: reaproveitamento de resíduos, redução da degradação ambiental e o desenvolvimento de novas tecnologias.
“A proposta do projeto é coletar, no Estado da Paraíba e no Rio Grande do Norte, resíduos minerais que promovem a degradação ambiental e, posteriormente, trabalhar no reaproveitamento desses resíduos, recuperando alguns elementos interessantes, tecnologicamente. Feito isso, aplicamos essas substâncias e desenvolvemos materiais úteis para a sociedade”, elucidou.
A docente também demonstrou altas expectativas quanto à possibilidade de parcerias a serem firmadas por conta do financiamento: “O apoio possibilita parcerias entre outras instituições. Ampliar o contato entre a UFCG e a UFPB, por exemplo, vai ser muito bacana”, concluiu.