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Produção industrial cai em 10 de 15 locais em janeiro no país

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queda de 2,4% da produção industrial nacional na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por dez dos 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional). O estado do Amazonas teve a maior queda, de 13,0%, no mês, mas o que mais influenciou o resultado geral da indústria foi o recuo da 10,7% em Minas Gerais. Esses são alguns resultados regionais que o IBGE divulga hoje (15).

“O Amazonas elimina quase toda a expansão verificada em dezembro, de 14,3%, sendo o recuo de 13,0% em janeiro o mais intenso na comparação mensal desde abril de 2020, quando o estado teve uma queda de 48,9%. O setor de bebidas, muito forte na indústria local, exerceu a principal influência negativa no resultado amazonense”, ressalta o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.

Mas, no índice geral da indústria nacional, o Amazonas ficou em quarto lugar em termos de influência. O principal impacto veio de Minas Gerais (-10,7%), que também apontou sua queda mais elevada desde abril de 2020 (-15,3%) e interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção, em que havia acumulado ganho de 7,5%.

“Nesse caso foi o setor extrativo que puxou o índice para baixo. O excesso de chuvas atrapalhou a operação de extração mineral, que é uma das principais atividades industriais do estado de Minas e também uma das principais do Pará, que que teve recuo de 9,8% e, inclusive, foi a segunda maior influência negativa no índice nacional”, explica Almeida.

O Pará registrou a segunda taxa negativa consecutiva (-2,6% em dezembro), acumulando perdas de 12,1% no período. Além da extração mineral, a produção local de alimentos vem pesando negativamente.

E a queda na produção de alimentos também teve impacto no Paraná (-5,1%), a terceira maior influência no índice nacional, bem como a de veículos. Após avançar 7,7% em dezembro, a indústria paranaense teve recuo de 5,1%, que foi o mais intenso desde junho de 2021, quando recuou 6,1%.

Mas a indústria paulista, quinta maior influência sobre índice nacional, também teve recuo, de 1,0%, sob o impacto da queda da produção de veículos automotores, bem como de máquinas e equipamentos.

“O setor de veículos ainda sofre com desabastecimento de insumos, encarecimento de matérias-primas e queda da demanda, devido à queda do poder aquisitivo da população. Contudo, cabe lembrar, também, que janeiro é um mês em que, normalmente, as indústrias do setor concedem férias coletivas a seus funcionários, contribuindo para o recuo nesse mês”, destaca Almeida.

Pernambuco (-5,0%) e Ceará (-3,8%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-2,4%). E Goiás (-1,7%), região Nordeste (-1,6%) e Rio de Janeiro (-1,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em janeiro.

Já na outra ponta, Mato Grosso (4,0%) e Espírito Santo (2,6%) mostraram os avanços mais elevados em janeiro frente a dezembro, com o primeiro marcando a quarta taxa positiva seguida e acumulando nesse período expansão de 37,6%; e o segundo registrando crescimento de 8,8% em dois meses consecutivos de expansão na produção. Bahia (1,2%), Santa Catarina (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,8%) assinalaram os demais resultados positivos do mês.

“O Mato Grosso se destaca com o avanço no setor de alimentos, tendo sido a principal influência positiva no resultado nacional. O estado assinalou sua quarta taxa positiva consecutiva e acumula avanço de 37,6% no período”, pontua Almeida.

Na comparação com janeiro de 2021, MT cresceu 43,0%

Frente a janeiro de 2021, a indústria teve queda de 7,2% em janeiro de 2022, que foi acompanhada por 11 dos 15 locais pesquisados, sendo que janeiro de 2022 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20). Pará (-24,4%), Ceará (-24,3%), Pernambuco (-12,3%) e região Nordeste (-10,1%) assinalaram os recuos mais intensos. Minas Gerais (-9,8%), Santa Catarina (-9,7%) e São Paulo (-8,7%) também registraram taxas negativas acima da média nacional (-7,2%). E Rio Grande do Sul (-6,3%), Amazonas (-4,1%), Bahia (-3,9%) e Paraná (-3,7%) completaram o conjunto de índices negativos na comparação.

Por outro lado, Mato Grosso, com expansão de 43,0%, apontou o crescimento mais elevado em janeiro de 2022, impulsionado, em grande parte, pelo avanço observado nas atividades de produtos alimentícios e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico). Espírito Santo (5,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e Goiás (2,1%) mostraram os demais resultados positivos na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

No acumulado dos últimos doze meses, o avanço de 3,1% no total da indústria em janeiro de 2022, foi acompanhado por dez dos 15 locais pesquisados, porém nove desses locais apontaram menor dinamismo frente aos índices de dezembro de 2021. Ceará (de 3,7% para 0,5%), Pará (de -3,7% para -6,8%), Pernambuco (de -0,2% para -2,0%), Santa Catarina (de 10,2% para 8,5%), Minas Gerais (de 9,8% para 8,3%), Paraná (de 9,1% para 7,8%), Rio Grande do Sul (de 8,7% para 7,5%) e São Paulo (de 4,9% para 3,8%) mostraram os principais recuos entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Por outro lado, o Mato Grosso (de -0,1% para 3,9%) assinalou o maior ganho entre os dois períodos.

Mais sobre a pesquisa

A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e região Nordeste. Veja os resultados completos no Sidra.

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Brasil

Paraibano é 3º no ranking de povo que menos lê livros no Nordeste e 4º no Brasil, revela pesquisa

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Redação do Portal da Capital

O paraíbano é o 3º no ranking de povo que menos lê livros no Nordeste e 4º no Brasil. Os dados foram revelados pela 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, organizada pelo Instituto Pró-Livro, criado e mantido pelas entidades do livro – Abrelivros, CBL e SNEL. O estudo traz dados inéditos sobre o hábito de leitura no país, além de destacar o impacto das bibliotecas e de iniciativas culturais na vida dos brasileiros.

Nesta edição, a pesquisa oferece um panorama atualizado sobre os interesses e transformações do cenário literário no país, abordando as preferências e as motivações dos leitores. Para a coleta de dados foram entrevistados, em seus domicílios, 5.504 brasileiros e brasileiras, alfabetizados ou não, em 208 municípios.

A iniciativa contou com o patrocínio do Itaú Unibanco, por meio de incentivo fiscal da Lei Rouanet, e foi realizada em parceria com a Fundação Itaú e com o apoio das entidades mantenedoras do Instituto Pró-Livro: Abrelivros, CBL e SNEL.

Segundo a pesquisa, em se tratando de gênero favorito de leitura, a Bíblia é o tipo mais lido seguido pela categoria de contos, romances, religiosos, poesia. Já o menos lido são as enciclopédias e dicionários. (Veja ranking completo ao final desta matéria)

Em linhas gerais, a sexta edição da Pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil” tem como objetivo central conhecer o comportamento do leitor medindo intensidade, forma, limitações, motivação, representações e as condições de leitura e de acesso ao livro – impresso e digital – pela população brasileira na atualidade. Para isso, o estudo coletou dados, de 30 de abril de 2024 a 31 de julho de 2024, para geração de informações sobre:

• Hábitos e motivações para a leitura;
• Representações e valorização da leitura;
• Leitura de literatura;
• Preferências sobre livros, gêneros e autores;
• A leitura em diferentes suportes;
• O acesso a livros – em papel e digital, envolvendo bibliotecas e os diferentes canais de distribuição e venda;
• O papel das escolas, das famílias e das bibliotecas na formação de leitores e no desenvolvimento da leitura no Brasil;
• Práticas leitoras e acesso em meio digital e fragmentada, em diferentes materiais (livros, jornais, revistas e hipertextos),
suportes (impressos, digitais) e ambientes;
• A formação de leitores e a influência para o consumo ou acesso aos livros, via mídias digitais (blogs, clubes, sites etc) ou
outros meios.

Confira os infográficos:

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Brasil

Projeto de Lei que tramita no Senado pode aumentar conta de luz dos paraibanos em R$16,34 em 2025

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Redação do Portal da Capital

O Projeto de Lei (PL) nº  576/2021, que está prestes a ser votado no Senado, em Brasília, pode aumentar a conta de luz dos paraibanos em R$ 16,34 (dezesseis reais e trinta quatro centavos) por mês já a partir de 2025, um reajuste que pode superar a média nacional prevista que é de 11%.

Com relatoria do senador Weverton Rocha (PDT-MA), a propositura, que já é conhecida como ‘PL das Eólicas Offshore’, ganhou o poder de aumentar o custo mensal de energia elétrica para o consumidor graças às várias modificações a ela imposta por deputados da Câmara Federal ainda no ano 2023 quando inseriram um total de oito Emendas completamente alheias à proposta de produção de energia limpa a partir de recursos eólicos.

Dentre as Emendas incorporadas que prejudicam diretamente ao bolso dos brasileiros estão: contratação obrigatória de grande volume de energia mais poluente, como gás natural e carvão.

Caso a aprovação se torne realidade, o Estado do Pará será o mais prejudicado com um aumento de R$ 26,00 (vinte e seis reais) na conta mensal de energia elétrica. Já a Paraíba ficaria com segundo menor aumento no ranking nacional.

O PL, que iria ser discutido e votado pela Comissão de Infraestrutura do Senado, teve a apreciação adiada a pedido do relator para que ainda será definida.

Confira tabela com o ranking dos possíveis reajustes:

Ranking UF Pré PL 576/21 (em reais) Pós PL 576/21 (em reais) Custo extra na conta dos brasileiros, por mês (em reais)

1

PA

237,17

263,26

26,09

2

MS

214,64

238,25

23,61

3

RJ

213,85

237,38

23,52

4

AL

212,86

236,27

23,41

5

AM

211,45

234,71

23,26

6

PI

210,59

233,75

23,16

7

MT

209,03

232,03

22,99

8

AC

204,28

226,75

22,47

9

TO

203,01

225,34

22,33

10

BA

202,44

224,71

22,27

11

MG

196,64

218,27

21,63

12

DF

189

209,79

20,79

13

PE

183,6

203,79

20,2

14

RN

183,55

203,75

20,19

15

CE

178,14

197,74

19,6

16

AP

177,96

197,53

19,57

17

MA

177,31

196,81

19,5

18

GO

175,26

194,53

19,28

19

RO

174,99

194,23

19,25

20

ES

171,62

190,49

18,88

21

SP

167,34

185,75

18,41

22

SE

164,26

182,33

18,07

23

RR

162,95

180,88

17,92

24

RS

158,16

175,56

17,4

25

PR

155,14

172,21

17,07

26

PB

148,54

164,88

16,34

27

SC

146,26

162,35

16,09

 

 

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Brasil

Nova Okaida: imprensa nacional destaca atuação de organização criminosa que aterroriza o NE

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Redação do Portal da Capital

A imprensa nacional destacou a atuação de uma organização criminosa que aterroriza o Nordeste. Trata-se do grupo autointitulado “Nova Okaida”, originado na Paraíba e que já domina o Estados de Pernambuco e possui atuação no Ceará.

O grupo foi alvo de uma operação especial denominada “Maré Alta” deflagrada, na quinta-feira (28/12), pelas Polícias Civil e Militar.

De acordo com esta matéria publicada pelo Metrópoles, a facção escolheu seu nome como referência à organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda. Apesar da inspiração, a facção brasileira não tem nenhum aspecto religioso.

A Nova Okaida utiliza como símbolo a imagem de Osama Bin Laden, um dos fundadores da Al-Qaeda, inclusive em grupos de membros da organização criminosa na rede social WhatsApp, segundo revelado pela Polícia Civil.

De acordo com a instituição, a Nova Okaida é a maior facção criminosa da Paraíba “É resultado de dissidências das antigas Facções Okaida e Okaida RB, e comanda o tráfico de drogas em todo o estado”, define a Civil.
A quadrilha cresceu em paralelo com sua maior rival, a facção Estados Unidos, criada, também, em meados dos anos 2000. No começo da década, a Nova Okaida dominava bairros de João Pessoa como a Ilha do Bispo, São José e Alto do Mateus. Já os membros dos Estados Unidos estavam presentes nas regiões de Mandacaru, Bola da Rede e Novais

Segundo a tese de mestrado do tenente-coronel da Polícia Militar, Carlos Eduardo Santos, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, os dois grupos se diferenciam pelas tatuagens de seus integrantes. Quem pertence à Okaida marca a pele com palhaços ou com o personagem Chucky Brinquedo Assassino. Enquanto os membros da Estados Unidos tatuam a bandeira dos EUA ou um peixe.

Ao longo dos anos, a Okaida superou sua rival em número e força. Atualmente, a facção Estados Unidos contina a ocupar alguns poucos bairros e pavilhões de cadeias de João Pessoa.

Clique aqui e confira a íntegra da matéria com fotos.

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