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Paraíba

SISU: Conselho derruba decisão da Reitoria e mantém bonificação regional de alunos cotistas na UFPB

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O Conselho Superior da UFPB manteve a bonificação regional aos alunos cotistas e não convalida posição da Reitoria que só aderiu ao SISU apenas com bonificação para vagas da ampla concorrência.

A ansiedade dos milhares de alunos paraibanos que participaram do ENEM este ano vai aumentar nos próximos dias, ainda mais depois que o Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão – CONSEPE da UFPB não aceitou posição da Reitoria que buscava restringir o direito à bonificação regional apenas aos candidatos às vagas de ampla concorrência.

O CONSEPE reuniu-se no dia de hoje, 14 de fevereiro de 2021, e por 18 votos contra 10, não convalidou decisão da unilateral da Pro Reitoria da UFPB que só aderiu ao SISU MEC/2022 apenas com bonificação regional para os candidatos às vagas da ampla concorrência, em contrariedade à Resolução n° 43/2021 do CONSEPE, publicada em 13 de outubro de 2021, que também garantia bonificação regional aos alunos que concorrem às vagas reservadas (cotistas).

A reunião foi na modalidade remota e acessível ao público em geral (pelo link: https://eduplay.rnp.br/portal/videolive/156647), inclusive por diversos alunos concluintes do ensino médio provenientes de escola pública e os maiores prejudicados com a proposta de alteração da Direção da UFPB. Aos interessados, o processo administrativo é público: Processo n°: 23074.121473/2021-60 e processos apensos: nº 23074.069291/2021-49, nº 23074.094911/2021-16 e 23074.008554/2022-63.

A tentativa da Reitoria da UFPB de alteração da posição anterior do CONSEPE foi promovida depois que a sua Pró-Reitoria de Graduação assinou, em 18 de novembro de 2021, o Termo de Adesão SISU/MEC 2022, com a opção da bonificação regional apenas aos alunos que disputam as vagas de ampla concorrência, contrariando Resolução n° 43/2021 CONSEPE.

A justificativa da Pro-Reitoria era de que a plataforma computacional de adesão ao SISU/MEC não aceitou a bonificação regional para os cotistas, mas apenas aos candidatos que viassem a disputar pela modalidade de ampla concorrência. Afirma ainda o MEC teria sido consultado e a resposta teria sido impedimento legal para a acumulação da bonificação regional com a concorrência às vagas reservadas (cotas).

“O que a Reitoria quis defender é que o MEC teria proibido a bonificação regional para os cotistas, mas não há qualquer manifestação oficial do Ministro, do Secretário Executivo ou da Consultoria Jurídica do MEC. O que se viu no dia de hoje foi a apresentação de uma resposta a um e-mail, por um servidor do HELP DESK do MEC, sem qualquer demonstração ou justificativa legal para este impedimento”, afirma um dos conselheiros que participaram da reunião de hoje.

“Faltou à Reitoria e sua equipe defenderem no MEC a bonificação regional também aos cotistas e fazer valer a decisão do CONSEPE”, manifestou-se um dos representantes do Diretório Central dos Estudantes da UFPB na reunião de hoje.

“Caberia a Administração Superior da UFPB ir ao MEC e defender junto ao Ministro, junto ao Secretário Executivo, o cumprimento da bonificação regional para todos. Tivemos três meses para tomar providências concretas e nada foi feito. A UFPB ficou inerte, baseando-se apenas num e-mail de um servidor do MEC, sem qualquer poder deliberativo”, disse outro aluno que se manifestou na reunião.

A Reitoria e sua equipe não informou o porquê de não ter tomado qualquer providência mais explícita ou contundente junto ao MEC para fazer valer a bonificação regional para quem concorre às vagas reservadas (cotas – ações afirmativas).

Durante a reunião, foi também consultado o Procurador-Chefe da UFPB que reiterou o parecer escrito de que, embora o tema bonificação regional seja polêmico (com julgamento pendente no STF), a Resolução n° 43/2021 do CONSEPE não estaria contrariando a Constituição ou Lei Federal. Para ele, o que há é uma interpretação pelo MEC da Lei n° 12.711/2012 (Lei das Cotas).

O Procurador-Chefe da UFPB defendeu que entendia ser prudente a mudança da referida resolução, com a supressão deste direito aos cotistas, tendo em vista a resistência da área técnica do MEC em aceitar esta bonificação para todas as modalidades de concorrência de vagas.

Na prática, porém, a decisão de hoje CONSEPE dificilmente alterará a situação de quem irá participar do SISU/MEC deste ano para as vagas da UFPB. Quem acessar ao SISU verificará que a bonificação regional só estará disponível para os alunos que disputam a modalidade de ampla concorrência. “O sistema já está travado”, informou um servidor da UFPB que não quis se identificar.

Na decisão de hoje, o CONSEPE também decidiu pela remessa de cópias do processo para a Corregedoria da UFPB e a abertura de procedimento administrativo pela Comissão Permanente de Processos Administrativo – CPPRAD da UFPB para apuração das responsabilidades quanto descumprimento da Resolução n° 43/2021 e os prejuízos causados aos alunos cotistas que não conseguirão ter direito à bonificação regional, visto que a UFPB assinou o Termo de Adesão SISU com esta supressão.

Diversos alunos se manifestaram na reunião e disseram que já há mais de 20 reclamações propostas no Ministério Público Federal pedindo providências urgentes contra a Reitoria.

Agora é aguardar os desdobramentos no MPF e ações judiciais que poderão vir.

Clique AQUI e confira o parecer disponível no processo eletrônico

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“O debate precisa avançar”: deputado Chió cobra mais investimentos em sistemas de abastecimento

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Nesta quarta-feira (27), o deputado Chió (Rede) usou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para cobrar da classe política uma mobilização para que o debate sobre o abastecimento de água saia da discussão sobre a Operação Carro-Pipa e evolua para a implantação de sistemas de abastecimento, garantindo água de qualidade e na torneira.

“Nós estamos atrasados. Todos os anos, a gente está aqui discutindo Operação Carro-Pipa que deveria ser apenas emergencial. A nossa discussão é por mais. Precisamos garantir o investimento em sistemas de abastecimento de água para que o povo tenha água de qualidade nas suas torneiras e não precise mais regredir séculos para que a sobrevivência seja garantida apenas por Carro-Pipa”, afirmou o deputado.

Atravessados pela interrupção de abastecimento de água pela Operação Carro-Pipa por quase uma semana, a população paraibana teve a confirmação da retomada do serviço nesta quarta-feira. O programa emergencial é responsável por levar água potável a 159 municípios do estado e atender cerca de 270 mil pessoas.

Para solucionar de vez o problema, Chió cobrou dos políticos um posicionamento mais forte e efetivo para que a implantação de sistemas de água seja ampliado.

“Para que servem os nossos mandatos? Para que serve a gente ser deputado estadual ou federal? Para que serve tanta emenda nesse país, se a gente não consegue fazer com que a água chegue na casa do povo? Nosso mandato tem buscando, ano após ano investir em sistemas de abastecimento para que as famílias possam viver com água potável”, declarou.

Em 2024, o parlamentar direcionou R$ 300 mil em emendas parlamentares para execução de projetos de sistemas de abastecimento de água na zona rural, ajudando a melhorar o déficit de famílias que sofrem pela falta de água.

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PB é o Estado com maior percentual de municípios com presença de aterros sanitários no BR, diz IBGE

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Redação do Portal da Capital

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou, nesta quinta-feira (28/11), que a Paraíba foi verificada como o Estado com maior percentual de municípios com presença de aterros sanitários, total que corresponde a 86,5%. O Maranhão, por outro lado, teve o menor percentual: 1,8%. Os dados correspondem ao ano de 2023.

Segundo os especialistas, a importância de práticas corretas de destinação final, como o uso de aterros sanitários, reside na capacidade de minimizar impactos como: contaminação de solo e água, emissão de gases de efeito estufa e proliferação de doenças. Ao contrário de vazadouros a céu aberto ou em áreas alagadas, os aterros sanitários são estruturas projetadas para isolar os resíduos do meio ambiente, com controle de lixiviados e gases, garantindo uma gestão ambiental mais segura.

Segundo o levantamento, também foram investigadas questões relacionadas à gestão pública dos serviços de limpeza urbana, como coleta e manejo de resíduos sólidos, bem como de drenagem e manejo de águas pluviais, nos 5 5703 Municípios brasileiros. Nesse tópico a Paraíba, com uma porcentagem de 73,5%, mostrou uma cobertura intermediária, com uma quantidade considerável de Municípios ainda sem esse serviço. Ou seja, dos 223 Municípios paraibanos, 164 possuem o serviço de modo absoluto. Restando apenas 59 localidades com a ausência do serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e com serviços de coleta de resíduos sólidos especiais.

Já em relação a quantidade de Municípios com serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com unidade de destinação/disposição final de resíduos sólidos e com vazadouros a céu aberto a Paraíba possui apenas 12 Municípios (5,5%) que ainda adotam vazadouros a céu aberto, os chamados “lixões”.

Outro dado da pesquisa mostra que Paraíba e Sergipe são os únicos Estados brasileiros com cobertura total de serviço de drenagem e manejo de águas pluviais.

Confira a imagem:

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Saúde destina R$ 2,6 milhões para ações do Programa Saúde na Escola na Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O Ministério da Saúde destinou R$ 90,3 milhões aos municípios e ao Distrito Federal para o desenvolvimento de ações do Programa Saúde na Escola (PSE) no ciclo 2023/2024. Na Paraíba, o valor total do repasse é de R$ 2,6 milhões para 186 municípios do estado. A medida foi anunciada por meio de portaria, e os recursos serão transferidos diretamente aos fundos municipais de saúde em parcela única. A previsão é que cerca de 685 mil estudantes paraibanos sejam atendidos.

No primeiro ano do ciclo, os municípios receberam valores relativos à adesão, calculados com base no número de estudantes pactuado. Já no segundo ano, os repasses serão feitos com base em dois indicadores. O primeiro é o percentual de escolas pactuadas que realizaram ações do PSE no município, o que reflete a cobertura das iniciativas nas escolas aderidas.

O segundo indicador está relacionado ao alcance de desempenho na execução das atividades prioritárias para o ciclo 2023/2024 no município. As ações incluem: alimentação saudável, prevenção da obesidade, promoção da atividade física, saúde mental, prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e dos direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, além da prevenção de HIV/IST nas escolas participantes do PSE.

O recurso poderá ser utilizado para aquisição de materiais de consumo que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. A portaria lista os municípios habilitados para o recebimento do teto de recursos pactuados em Termo de Compromisso do PSE assinado por municípios e Distrito Federal.

Acesse a lista dos municípios contemplados

O município que não registrou as atividades do Programa Saúde na Escola permanece no ciclo, mas não recebe o incentivo financeiro. As ações são monitoradas pela pasta ao final de cada ano do ciclo.

O programa 

O Programa Saúde na Escola é resultado de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação. Foi criado em 2007 com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. É uma estratégia que integra políticas e ações de educação e de saúde, com a participação da comunidade escolar, das equipes de atenção básica e da educação básica pública. Escolas privadas também podem aderir ao PSE, de forma opcional.

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