Paraíba
Descaso: em 2021, Fofinha de Bayeux não investiu nem um centavo na gestão ambiental do município
A prefeita de Bayeux, Luciene Gomes (PDT), popularmente conhecida como ‘Luciene de Fofinho’ ou ‘Fofinha de Bayeux’, não investiu nenhum centavo na gestão ambiental da cidade durante o ano de 2021.
Os dados, expostos no Sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), mostram o registro de um empenho no valor de R$ 560,00 (quinhentos e sessenta reais) para o setor da gestão ambiental local, porém, a planilha de Despesa Orçamentária registrada mostra que o valor de pagamento direcionado ao setor foi de R$ 0,00 (zero real).
A informação vai de encontro à necessidade de investimento existente no setor ambiental do município, uma vez que, de acordo com dados de 2020, os mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Bayeux, que está localizado na Região Metropolitana de João Pessoa, Capital da Paraíba, registra menos da metade de seus domicílios (45,9%) com esgotamento sanitário adequado.
Em se tratando de domicílios urbanos em vias públicas com arborização a situação piora um pouco, segundo o mesmo Instituto, porque a porcentagem cai para 42,3% e, piora muito quando o assunto trata sobre a quantidade de domicílios urbanos em vias públicas da cidade que possuem urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio), que é de 16,9%.
Por este motivo, quando comparado com os outros municípios paraibanos, Bayeux obtém as seguintes posições:
- Esgotamento sanitário adequado – 60 de 223;
- Arborização – 217 de 223;
- Urbanização adequada – 28 de 223.
Já em comparação a outras cidades do Brasil, as classificações de Bayeux, nos mesmos apontamentos, são as seguintes:
- Esgotamento sanitário adequado – 2400 de 5570;
- Arborização – 4423 de 5570;
- Urbanização adequada – 2113 de 5570.
É o município de Bayeux que abriga uma das mais importantes riquezas ambientais da Paraíba, a Unidade de Conservação Estadual da Mata do Xém-Xém ou ‘mata do Xém-Xém’, que possui 181,22 hectares e está localizada numa área de baixos planaltos com altitudes que variam de 35 a 45 metros em relação ao nível do mar. Na área há importantes vertedouros d’água, como as nascentes do Rio Marés, que abastece parte de João Pessoa e comporta biodiversidade e ecossistemas naturais.
Outro dado importante sobre o meio ambiente de Bayeux fala sobre o ecossistema de manguezal tão importante para a preservação da fauna e flora ameaçadas, mas, ainda existentes e resistentes do estuário do Rio Paraíba.
Outros desmandos
As informações sobre a gestão financeira da prefeita chamam atenção por evidenciar negligência da gestora municipal junto a setores essenciais para o desenvolvimento do município de Bayeux.
Outros registros constantes no Sistema Sagres evidenciaram, por exemplo, que a mesma gestão já pagou quase R$ 2 milhões para manter o gabinete da prefeita Luciene Gomes e, no mesmo período, investiu apenas pouco mais de R$ 30,00 (trinta reais) no Fundo Municipal da Infância e da Adolescência.
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Fofinha, segundo o Sagres, já gastou mais de R$ 5,2 milhões apenas com apadrinhados na Prefeitura de Bayeux nos sete primeiros meses de 2021, primeiro ano de seu mandato como gestora municipal.
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O TCE-PB ainda julgou irregular dois procedimentos de Dispensa de Licitação na Prefeitura de Bayeux, sendo um para aquisição de cestas básicas (proc. 00492/21), e outro com o objetivo de contratar empresa de engenharia especializada na execução dos serviços de manutenção preventiva e corretiva predial nas escolas e creches da rede pública de ensino.
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Diante de tantos desmandos evidenciados pela contabilidade da gestão de Fofinha, a Polícia já abriu investigação após evidências de da existência de um esquema de desvio de dinheiro público na gestão de ‘Fofinha’ em Bayeux.
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