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Paraíba

Médica campinense que identificou ‘Zika’ em 2015 leva tratamento para crianças de todo o país

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Em novembro de 2015, espantada com o número de crianças que estavam nascendo com microcefalia, a médica e pesquisadora Adriana Melo sabia que havia um agente novo circulando e causando problemas no Nordeste. Foi dela a amostra de líquido amniótico de duas gestantes que fizeram os cientistas achar o vírus da Zika na amostra —e ligarem ele ao problema.

Especialista em medicina fetal, Adriana não se limitou a ajudar na descoberta e hoje preside o Ipesq (Instituto Professor Joaquim Amorim Neto) e a ONG Amor Sem Dimensões”, em Campina Grande (no agreste da Paraíba), que são referência no tratamento de crianças com a síndrome congênita associada ao vírus da Zika e na luta de direitos para as vítimas do problema no país.

Mal sabia ela que um outro vírus iria cruzar a sua vida. Com a covid-19, dois novos desafios surgiram: proteger as crianças do coronavírus e vencer o negacionismo —que fez com que mães tivessem medo de vacinar seus filhos.

O medo e a proteção no começo

Adriana conta a Ecoa que, logo após a confirmação do vírus da Zika como causadora das microcefalias, sabia do desafio que seria encarar o momento. “Eu já pensei como seria difícil a situação das crianças e mães, e comecei a pensar como amenizar as dores”, diz.

Ainda em novembro de 2015, o Ipesq criou o primeiro ambulatório para atender gestantes com manchas no corpo (sinal de zika). “Atendemos quase 1.000 grávidas com sintomas. Não tem como esquecer esse momento: as gestantes chegavam chorando, tensas”, lembra.

Escolhi a sexta feira para fazer as ultrassonografias porque tinha o final de semana para estabilizar minha cabeça. Lembro de cada caso que eu disse que tinha alteração e que precisávamos de algum exame adicional. Lembro da pergunta que eu não conseguia responder: meu filho vai sobreviver? Minha única opção como médica era pegar na mão e dizer que eu estaria ali.

Vendo a gravidade dos danos cerebrais, ela admite que pensou que as crianças não teriam muitas chances de sobreviver; ou, caso nascessem com vida, poucas avançariam no desenvolvimento psicomotor. Por isso, o primeiro programa coordenado foi voltado para as mães e focava no apoio psicológico.

“Mas tudo mudou quando vi o vídeo de Catarina Maria brincando de estátua com a mãe aos seis meses de vida. E por que Catarina estava evoluindo tão bem? Porque a mãe é fisioterapeuta e começou a fazer terapia intensiva diária desde o quarto dia de vida”, diz.

Catarina foi a menina “caso um” da associação do vírus aos problemas cerebrais. Foi da mãe dela, a fisioterapeuta Conceição Alcântara, que foi colhido líquido amniótico que comprovou a relação.

“Ele teve uma importância para as futuras descobertas e avanços médicos e terapêuticos, não apenas pelo fato dela ser médica e pesquisadora, mas acima de tudo, por ela ter um imenso coração e ser humana suficiente para abraçar a causa e lutar para o benefício dos atingidos e pela sociedade como um todo, para que novos casos não surgissem”, diz Conceição a Ecoa.

Aos cinco anos, Catarina se trata até hoje no Ipesq, coleciona avanços e teve sua evolução comparada a um milagre.

Apoio fundamental

Vendo o desenvolvimento de Catarina, Adriana Melo começou outra luta: convencer os gestores que era preciso investir no tratamento das crianças. “Foram várias reuniões em Campina Grande e em Brasília, mas infelizmente o projeto [pelo Ministério da Saúde] não saiu do papel”, lamenta.

“O tempo ia passando e eu acompanhava a angústia das mães no grupo de whatsapp que criamos desde o início dos casos. Faltavam vagas, medicamentos, consultas, fisioterapias, fono, terapeutas funcionais. Chegamos ao ponto que faltou vagas em UTI e sondas para as crianças conseguirem se alimentar”, conta.

No Carnaval de 2017, um marco iria mudar tudo: ela convidada pelo psicólogo e escritor Rossandro Klinger para ir para Goiânia participar de um evento espírita. “Assim foi o começo do ‘Amor Sem Dimensões’. No final do evento saímos com quase R$ 100 mil em doações e o mais importante: o apoio da ONG ‘Fraternidade sem fronteiras’, que nos convidou para ser a primeira causa brasileira”, relata.

Centro de tratamento em Campina Grande é referência no país hoje – Ipesq/Divulgação – Ipesq/Divulgação
Centro de tratamento em Campina Grande (PB) é referência no país hoje Imagem: Ipesq/Divulgação
A partir dali o Ipesq passou a ter um braço para tratar as crianças: a Amor Sem Dimensões conseguiu padrinhos que doavam R$ 50 reais por mês. “Conseguimos também o empréstimo de uma casa para a nossa sede”, diz Adriana.

Em 1° de julho de 2017, foi inaugurada a sede da ONG, inicialmente atendendo seis crianças. Hoje, são cerca de 100. “E em 2019 inauguramos a casa de apoio que recebia mães e crianças de todo Brasil. Recebemos crianças do Amazonas, Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Alagoas e duas crianças de fora do país: uma da Venezuela e outra de Angola”, diz.

Em 2020, a ONG cresceu e foi inaugurada uma nova sede, em Belo Horizonte. Além disso, passaram a apoiar a Associação Família de Anjos de Alagoas, de Maceió, com a reforma da sede e apoio e atendimento a crianças.

A pandemia e suas angústias
O que Adriana não contava era que a covid-19 iria cair como uma bomba para essas crianças. Com várias sequelas do vírus da Zika, as crianças tinham comorbidades e a médica admite que temeu por seus “afilhados”.

“[Temi] Primeiro porque muitas crianças já têm sequelas pulmonares devido a infecções respiratórias de repetição. No íntimo eu temia que as crianças fossem novamente vítimas de um vírus. Seria uma tragédia”, confessa.

Com a paralisação dos serviços, por sinal, muitas crianças regrediram em suas evoluções.

Nos piores momentos da pandemia, ela orientou mães, distribuindo máscaras e material para higienização. O trabalho deu resultado: “não perdemos nenhuma criança para o coronavírus”.

Mas a morte de uma mãe que já levava o filho ao ‘Amor sem fronteiras’ trouxe um novo susto e preocupação: “quem cuidaria das crianças caso as mães fossem vítimas fatais do coronavírus?”

A primeira medida para evitar outros óbitos das mães veio com ações de incentivo à vacinação através do whatsapp.

Usamos o grupo que temos para tirar dúvidas, avisar dos horários de atendimento e sobretudo para acompanhar as condições de saúde das crianças.

Este ano chegou a hora tão esperada: de vacinar as crianças —e com a imunização, as dúvidas dos pais. O pior momento foi quando uma mãe colocou uma fake news sobre vacinas no grupo.

“Nesse momento, eu tive que intervir pedindo para que não publicassem aquilo no grupo e perguntei se elas achavam que eu iria indicar uma vacina para as nossas crianças se eu não confiasse nos resultados, afinal eu estou sempre presente protegendo-as”, diz.

A prefeitura de Campina Grande enviou uma equipe para o centro de tratamento para vacinar as crianças e as mães se sentiram seguras. “A adesão foi ótima. Hoje, todos estão bem. O mais interessante é que elas estão sendo procuradas por outros pais querendo saber se seus filhos tiveram reações adversas”, finaliza.

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Com investimentos de R$ 8,5 milhões, Codevasf anuncia entrega de 15 carros-pipa à Paraíba

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A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) antecipará para os próximos dias a entrega de 15 carros-pipa para municípios da Paraíba, em um esforço para minimizar os efeitos da seca que afeta o estado e garantir o acesso à água a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade. Os investimentos somam R$ 8,5 milhões.

“Estamos agindo com rapidez para assegurar o acesso à água em um momento de extrema necessidade. Essa antecipação é resultado de parcerias sólidas e do compromisso com todos os paraibanos”, ressalta Irlen Guimarães Filho, superintendente regional da Codevasf na Paraíba.

“A entrega dos carros-pipa reforça o papel estratégico da Codevasf no enfrentamento aos desafios impostos pela seca e no suporte aos municípios. E a bancada federal desempenhou um papel decisivo no processo para entrega dos veículos”, acrescenta o superintendente.

Os municípios beneficiados no momento serão Campina Grande, Coremas, São Vicente do Seridó, São Mamede, São José do Bonfim, Bonito de Santa Fé, Mulungu, Ouro Velho, Pombal, Parari, Caldas Brandão, Congo, Olho D’Água, Nova Palmeira e Queimadas.

Os 15 carros-pipa que serão entregues nos próximos dias somam-se a outros oito carros-pipa já entregues pela Codevasf em 2024. Os municípios beneficiados em meses anteriores são Montadas, Uiraúna, Assunção, Joca Claudino, Santa Helena, Pocinhos, Zabelê e Riachão; os investimentos somaram R$ 4,5 milhões.

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Paraíba

Divulgado resultado do credenciamento de quiosques nas Praias de Ponta de Campina e Intermares

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A Prefeitura Municipal de Cabedelo (PMC), por meio da Secretaria de Turismo (Setur), divulgou o resultado final do chamamento público para credenciamento de candidatos a celebrarem termo de permissão de uso dos quiosques nas praias de Intermares e Ponta de Campina.

A seleção teve início no dia 4 de novembro abrangeu empresas, microempresas e/ou empresas de pequeno porte que atuem no ramo de bares e restaurantes para outorga de Termo de Permissão de Uso de 13 quiosques no espaço – 11 em Intermares e 02 em Ponta de Campina. 

CONFIRA AQUI O RESULTADO

Segundo o edital, após o resultado final, será publicado Decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal para outorgar a permissão de uso a todos os selecionados, conforme disposto no artigo 107, §2º, da Lei Orgânica Municipal.

Após a publicação do Decreto, será celebrado o Termo de Permissão de Uso de Bem Público.

Os permissionários devem garantir o cumprimento dos requisitos sanitários e das condições higiênico sanitárias adequadas da manipulação de alimentos, necessários à garantia de alimentos adequados ao consumo, atentos aos requisitos mínimos para funcionamento de instalações e serviços relacionados ao comércio e manipulação de alimentos, observando o recebimento, preparo, acondicionamento, armazenamento, transporte, distribuição, exposição ao consumo e comercialização, bem como a observar os manuais de boas práticas e demais exigências da ANVISA conforme Resolução-RDC ANVISA nº 216/04.

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Paraíba

Em Brasília, Gervásio recebe prefeitos paraibanos e garante voz ativa às pautas municipalistas

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Gervásio Maia (PSB), recebeu nesta terça-feira (26/11), em Brasília, prefeitos de diversas cidades da Paraíba e reforçou compromisso em destinar ações e recursos aos gestores para garantia de desenvolvimento da população paraibana.

Os prefeitos buscam apoio para ações nas áreas da educação, saúde, equipamentos hospitalares, pavimentação, habitação e outras ações

“Vamos juntos construir caminhos que tragam mais desenvolvimento, melhoria da qualidade de vida e dignidade para as filhas e filhos do povo”, disse Gervásio em publicação nas redes sociais.

Confira: 

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