A Petrobrás decidiu promover um novo aumento para os preços da gasolina e do diesel a partir desta quarta-feira (12). O anúncio foi feito pela própria empresa nesta terça-feira (11) através de nota à imprensa.
Com a decisão, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passa de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. Já para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras subirá de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Levando em conta a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será elevada de R$ 3,01, em média, para R$ 3,25 a cada litro vendido na bomba, mostrando variação de R$ 0,24 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,11 por litro”, explicou a companhia, na nota.
O reajuste se dá após 77 dias sem aumentos e, segundo a empresa, as últimas alterações de preços ocorreram em 26 de outubro do ano passado. Desde então, o valor cobrado pela Petrobras para a gasolina chegou a ser reduzido em R$ 0,10 litro, em 15 de dezembro. Já o preço do diesel ficou estável.
Previsão
Em uma entrevista publicada pela VEJA, Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), considerado um dos maiores especialistas do país em energia, afirmou que o preço do petróleo deve terminar o ano de 2022 mais alto que em 2021 e poderá chegar a 90 ou 100 dólares – no começo deste ano o petróleo BRENT (ICE) já estava a 78,98 dólares, 52,4% acima dos 51,80 dólares no início de 2021. A análise vai ao encontro ao projetado por diversas instituições financeiras mundiais.
Entre os principais motivos desta alta, está o contínuo crescimento econômico mundial e novas altas na cotação do dólar em relação ao real em 2022.
O novo reajuste da estatal mostra que o problema do preço dos combustíveis não ficou para trás e que ainda deve afetar, e muito, o bolso dos consumidores.
Justificativa
Segundo matéria publicada pela Agência Brasil, a Petrobras alega que esses ajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.
A companhia reiterou seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações de alta e baixa, “ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio, causadas por eventos conjunturais”.