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Paraíba viu o milésimo gol de Pelé, de pênalti, contra o Botafogo-PB, em João Pessoa

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Há 40 anos, Pelé fez último gol como profissional, mas há dúvida se foi o tento 1.281º, 1.282º ou 1.283º

POR FERNANDO ITOKAZUFolha

Foi aos 43min do primeiro tempo.

Pelé cobra a falta com a perna direita, forte e colocado no lado esquerdo do goleiro Ernani, que não conseguiu impedir o gol.

Assim, no dia 1º de outubro de 1977, o Rei do Futebol encerrava a carreira com 1.281 gols. Ou seriam 1.282? Ou 1.283?

O número de vezes que Pelé balançou as redes é bastante controverso.

Na reportagem “Um adeus de Rei, com gol”, do dia 2 de outubro de 1977, a Folha relata a vitória por 2 a 1 do Cosmos sobre o Santos e informa que o gol de empate da equipe americana –Pelé jogou um tempo para cada lado– foi o 1.281º em 1.364 jogos.

O jornal francês “L’Equipe”, que em 1980 o elegeu o Atleta do Século, também contabiliza 1.281 gols, mas em 1.363 partidas.

Em 2012, o pesquisador Rogério Lopes Zilli foi contratado para consolidar um número para ser exposto no Museu Pelé, em Santos.

“Foram 1.282 gols”, decretou o Zilli. “Mas não dá pra ter certeza.”

O pesquisador conta casos curiosos como um gol supostamente marcado por Coutinho, negro como Pelé, à noite, em um estádio com iluminação bastante precária.

O tento foi para a conta de Pelé. Mais tarde, essa autoria foi questionada, mas a discussão não teve continuidade por falta de registro fotográfico do lance.

O site de Pelé fala em 1.283 gols em 1.366 partidas.

Até mesmo o famoso milésimo do “Insaciável marcador de gols” está envolto em problemas de contagem.

Em 14 de maio de 1995, a Folha revelou, em reportagem de Valmir Storti, que a “Paraíba viu o milésimo gol”. Também de pênalti, o verdadeiro milésimo foi contra o Botafogo-PB, em João Pessoa, cinco dias antes do confronto com o Vasco no Maracanã.

Pelé ainda disputou alguns jogos depois da aposentadoria. Em 1980, marcou no jogo de despedida do alemão Franz Beckenbauer no Cosmos.

Em 1987, foi a principal atração da seleção brasileira que venceu a Itália no Mundialito de futebol sênior, mas sem gol de Pelé.

Em um jogo em homenagem aos seus 50 anos, em Milão (Itália), Pelé defendeu a seleção brasileira contra a do “Resto do Mundo” –ambas as equipes eram formadas por jogadores em atividade.

Aos 11min, depois de receber de César Sampaio, Pelé abriu na esquerda para o lateral Leonardo, que cruzou para Rinaldo.

O ponta, em vez de tocar para o dono da festa que apareceu sozinho, na área, de frente para o gol, tentou uma fracassada bicicleta.

Pelé gesticulou, mostrou que estava livre, em condições de finalizar, levou as mãos ao rosto e, por fim, aplaudiu Rinaldo.

Foi um dos gols que Pelé não fez, mas outros ficaram na história.

Mas, como dizia Carlos Drummond de Andrade, “o difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé”.

OUTROS MIL

Além do Rei, outros artilheiros brasileiros também dizem ter chegado ao milésimo.

Aos 41, o atacante Romário, de pênalti, fez o seu milésimo. O gol ajudou o Vasco a vencer o Sport por 3 a 1, em São Januário, pelo Brasileiro de 2007.

Se o herói do tetra inclui partidas amadoras para chegar ao número mágico, o atacante Túlio, quando estava próximo da marca, chegou a oferecer cachê aos colegas que contribuíssem com assistências que resultassem em gols.

“Para o cara se sentir motivado”, dizia Túlio Maravilha.

O três vezes artilheiro do Brasileiro (1989, 1994 e 1995) chegou à marca em 2014, aos 44, na estreia pelo Araxá pela segunda divisão do Campeonato Mineiro.

Assim como Pelé e Romário, Túlio também marcou o milésimo de pênalti –o Araxá perdeu do Mamoré por 2 a 1.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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