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Assembleia debate expressões da Cultura Popular na Paraíba

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta sexta-feira (10) audiência pública com intuito de debater a respeito da preservação e valorização do Coco de Roda, Ciranda, Mazurca e demais expressões da Cultura Popular no Estado da Paraíba. A discussão foi proposta pela deputada Estela Bezerra e contou com a participação de mestres, brincantes e representantes de grupos de cultura popular de várias regiões do estado. A reunião aconteceu de forma remota através de videconferência.

Além da celebração, a deputada Estela Bezerra ressaltou que debater sobre o Coco de Roda, a Ciranda e a Mazurca é importante para que haja um reconhecimento dessas brincadeiras como parte da cultura e do patrimônio imateral do estado. “Pra nós, essa dimensão da cultura popular é um reencontro, é motivo para festejar, para fortalecer nossa identidade e nossa ancestralidade. No entanto, não é uma cultura reconhecida pelas políticas públicas. E essa audiência tem o propósito de fomentar a importância da cultura popular, como as culturas tradicionais atuais, no nosso cotidiano e quais políticas públicas precisam ser implementadas”, afirmou a deputada. Segundo Estela, é preciso buscar a preservação e valorização dessas práticas culturais. “Nosso mandato é popular e buscar dialogar com as demandas da sociedade. Essa audiência é também um, pré-requisito para promover legislação e torná-las patrimônios imateriais do nosso país”, argumentou a parlamentar.

Estela propôs a realização de um circuito de novas audiências públicas em Câmaras Municipais em todas as regiões da Paraíba, além de um conjunto de reuniões envolvendo associações e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com o intuito de criar estratégias para a apresentação de políticas públicas que podem ser elaboradas para o fortalecimento dos segmentos da cultura popular na Paraíba. “Ciente de que existem processos e reconhecimentos onde o coco e a ciranda já estão reconhecidos, podemos avançar nas estratégias para conseguir a salvaguarda, que é fundamental. Desta forma, as associações podem elaborar uma agenda de reuniões específicas pra pensar um diálogo para que possamos avançar no sentido de conseguir as pol&iacut e;ticas de salvaguarda para o reconhecimento”.

O vereador de João Pessoa, Marcos Henriques, parabenizou a deputada Estela Bezerra por promover o debate sobre cultura paraibana no âmbito do Poder Legislativo e comemorou a promulgação da lei municipal que irá criar um calendário cultural na Capital paraibana. “Iremos construir um calendário anual e todos os segmentos culturais deverão estar integrados nesse calendário que o município de João Pessoa, em conjunto com a sociedade civil, irá organizar”, afirmou o parlamentar.

A representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Paraíba (IPHAN/PB), Nina Vincent Lannes, lembrou que o órgão começou a trabalhar com o patrimônio imaterial a partir do ano 2000. Nina parabenizou a ALPB, a deputada Estela e os mestres e mestras que atuam em favor da preservação das culturas populares e explicou que, de acordo com o Iphan, para que estas culturas sejam registradas e reconhecidas pelo instituto é preciso que a sociedade civil organizada faça o pedido ao órgão, que abrirá um processo de instrução (pesquisa, documentação e de um dossiê) que será apreciado por um conselho consultivo, o que já aconteceu com a ciranda e o coco de roda, mas não com a Mazurca. “No caso da Ciranda, ela acabou de ser registrada, no dia 31 de agosto deste ano, como patrimônio cultural e imaterial do Brasil e foi registrada como Ciranda do Nordeste. A solicitação de registro foi feito pelo Estado de Pernambuco. Já o Coco de Roda é um dos capítulos das matrizes tradicionais do Forró que foi registrado nesta quinta-feira (9) como patrimônio”, relatou.

O historiador e brincante Zé Silva, que integra o Grupo de Estudos Novo Acauã, destacou a necessidade de adotar medidas e políticas de valorização do Coco de Roda, da Ciranda e da Mazurca na Paraíba com o objetivo de fomentar o reconhecimento e valorização do patrimônio cultural e imaterial da Paraíba. “O Grupo de Estudos é um coletivo de brincantes e pesquisadores, que desde 2016 vem disponibilizando áudios, vídeos e demais registros raros das culturas tradicionais paraibanas, como forma de democratizar o acesso desses materiais através da internet”, relatou. A partir dessa iniciativa, Zé Silva revelou que formou-se uma rede de aproximação, proporcionando a troca de saberes entre os mestres e que em 2019 mobilizou mais de mil pessoas de diversos estados brasileiros e até de outros países no I Encontro de Coco de Roda e Ciranda .

Em 2020, o Grupo lançou um documentário e conseguiu mobilizar parlamentares para a elaboração de leis que garantissem políticas públicas para os artistas populares, bem como a realização de campanhas de arrecadação financeira, para reduzir a insegurança alimentar – que atingiu esse pessoal – decorrente da crise sanitária.

“Eu não posso deixar essa cultura morrer”. É com essa força que Carlinhos, mestre da Mazurca no município de Monteiro, no Cariri paraibano, declara seu amor à Mazurca. Carlinhos parabenizou a Assembleia Legislativa da Paraíba por abrir a Casa e promover o debate em busca da valorização das expressões populares do Estado. “É uma grande satisfação participar desse debate com o Poder Legislativo” em defesa de nossas raízes, das nossas tradições. A Mazurca aqui na cidade de monteiro tem um importância enorme, pois foi através dela que toda uma comunidade cresceu com seus cânticos e suas danças no início do século XX”, lembrou o brincante. Carlinhos revelou que recebeu a missão de manter viva a Mazurca através do Mestre Zé Preto e, desde então, tem buscado manter viva a brin cadeira. “Em respeito e por insistência de outros mestres, mantenho essa luta de resistência e nela permanecerei por muitos e muitos anos. Eu não posso deixar essa cultura morrer e não deixarei nunca. Continuarei defendendo o meu Cariri, a minha Paraíba e as minhas tradições”, garantiu Carlinhos.

A audiência contou ainda com a participação do Mestre Adilson, do município de Queimadas; Mestra Dona Edite, de Caiana dos Crioulos, de Alagoa Grande; Mestra Cida, do Grupo Desencosta da Parede, de Alagoa Grande; Mestra Ana, presidente da Associação de Coco de Roda, Ciranda e Mazurca Novo Quilombo, no município do Conde; Mestra Rosilda, líder do Grupo Ciranda da Alegria, no município do Conde; Mestre Senhorinha, do Coco de Roda Resgate e Cultural, de Mataraca; Mestre Miguel, do Coco de Roda Potiguara Flor de Laranjeira, de Baía da Traição; Mestre Inácio, de João Pessoa; Mestra Tina, do grupo Ciranda do Sol, de João Pessoa; da musicista e produtora cultural Nina Graeff; do antropólogo, professor da UEPB e produtor musical Caio Cezsmark.

 

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Resolução do Programa Cidades Intermediadoras é publicada e Cajazeiras encabeça ‘RI’ com 12 cidades

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Redação do Portal da Capital

A resolução que detalha o Programa Cidades Intermediadoras foi publicada na primeira quinzena do mês de dezembro no Diário Oficial da União e tem como objetivo promover a descentralização do crescimento econômico e social do país. Criado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o programa busca alcançar as metas da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).

Na Paraíba, a Região Imediata (RI) escolhida foi Cajazeiras (RI Cajazeiras) que encabeça a lista de 12 (doze) municípios que também serão beneficiados com a iniciativa: Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Carrapateira, Monte Horebe, Poço de José de Moura, São João do Rio do Peixe, Santa Helena, São José de Piranhas, Serra Grande e Triunfo.

“Esse programa tem por objetivo estruturar uma rede de cidades de forma a interiorizar o processo de desenvolvimento no nosso país que, hoje, é bastante concentrado no litoral”, explica a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), Adriana Melo.

A iniciativa pretende diminuir a pressão nas metrópoles e capitais brasileiras, promovendo a ativação em rede das cidades que se conectam no território, como intermediadoras de bens e serviços públicos. “Em torno dessas regiões, serão formatadas e construídas agendas de desenvolvimento que envolvem tanto a parte de infraestrutura, e desenvolvimento produtivo, quanto fortalecimento de capacidades dos entes federados”, acrescentou Adriana.

Dentro das ações do MIDR, como lembra o Brasil 61, o programa irá estabelecer eixos de desenvolvimento em nível sub-regional. Com isso, serão ampliadas as oportunidades de trabalho e renda, além de difundir bens e serviços públicos e aprimorar infraestruturas econômicas e urbanas, por meio da articulação de políticas setoriais federais, que serão coordenadas pela União e demais entes federativos.

Segundo a secretária Adriana Melo, o programa dá dimensão tática ao objetivo da PNDR de fortalecer redes policêntricas de cidades. “Entendemos que planejar o território significa pensar nas cidades enquanto núcleos estratégicos para adensamento do tecido produtivo, oferta de serviços de maior qualidade, retenção de capital humano e promoção do desenvolvimento nas áreas de sua influência”, salientou. Antes de tirar o projeto do papel, foram realizados, internamente, estudos, análises e ajustes dos elementos necessários para a sua composição e também foram estabelecidos os critérios para escolha das Cidades Intermediadoras.

Programa e critérios

Devido a PNDR abranger todo o território nacional e ter atuação em diferentes escalas, incluindo a sub-regional, foi empregado, para a escolha das Cidades Intermediadoras o recorte territorial das Regiões Geográficas Imediatas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na fase inicial do Programa, foi indicada uma Região Imediata por Unidade Federativa. Nas fases subsequentes, desde que atendidas determinadas condições, pode-se ter a ampliação das Cidades Intermediadoras constantes no Programa. “Numa primeira leva, ou em um primeiro movimento, a gente selecionou regiões de uma região por estado, em torno de mais de 280 municípios integrantes do programa Cidades Intermediadoras. A ideia é a expansão, em um segundo momento, onde a gente vai inserir novas centralidades”, explicou Adriana.

Foram definidos como critérios de elegibilidade e de priorização do Cidades Intermediadoras: o município-polo e o conjunto de municípios que compõem as Regiões Imediatas definidas pelo IBGE; municípios-polo de sub-regiões que não estejam classificados na Tipologia Sub-regional da PNDR como alta renda; municípios nos quais constem ações nos Planos Regionais de Desenvolvimento referentes às macrorregiões prioritárias Amazônia Legal, Região Nordeste e Região Centro-Oeste; que estejam, preferencialmente, contidos em sub-regiões prioritárias da PNDR, na Região Sul e na Região Sudeste;  em que os municípios-polos das Regiões Imediatas estejam, conforme Tipologia da PNDR, preferencialmente nesta ordem, nos quadrantes: baixa renda-baixo dinamismo; baixa renda-médio dinamismo; baixa renda-alto dinamismo; média renda-baixo dinamismo; média renda-médio dinamismo; média renda-alto dinamismo; em que o conjunto abrangido pelo município-polo e pelos municípios a esse vinculados, constante em determinada Região Imediata, contenha o maior volume populacional.

Tem-se como público potencial e elegível a população residente nos territórios eleitos a partir dos critérios mencionados, isto é, os municípios-polo e municípios vinculados escolhidos, que compõem as Regiões Imediatas definidas pelo IBGE. “A ideia é, de fato, que, com as Cidades Intermediadoras, a gente tenha outras centralidades no território nacional, para além das capitais”, acrescentou a secretária.

A governança do programa, como explica a secretária da SDR, vai se dar por intermédio da própria governança da PNDR e de seu comitê executivo, que, atualmente, conta com 31 instituições presentes. “É um programa que já tem rebatimento direto nas diretrizes e orientações gerais dos fundos constitucionais para que a gente consiga ter condições de crédito mais favorecidas em função dessas cidades. A ideia mesmo da política regional e um dos seus objetivos é despolarizar a concentração de renda, de ativos, de indústrias e atividades produtivas, nas capitais e, no caso brasileiro, no litoral”

Em 2023, para a formulação do Programas Cidades Intermediadoras, inicialmente, estabeleceu-se parceria entre a Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR/MIDR) e a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Além dos técnicos dos Departamentos de Políticas de Desenvolvimento Regional e Ordenamento Territorial (DPDR/SDR) e de Gestão da Informação, Monitoramento e Avaliação das Políticas de Desenvolvimento Regional e Ordenamento Territorial (DGINF/SDR), participaram das Oficinas, conduzidas por Consultores da Escola, os técnicos das Superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco).

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Data Ranking: Vitor Hugo chega ao fim do mandato com 83% de aprovação em Cabedelo

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Redação do Portal da Capital

Prestes a chegar ao fim do segundo mandato consecutivo, o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (Avante), obteve um índice de aprovação de 83% pela população do município ao que se refere a gestão administrativa. O levantamento foi realizado pelo Instituto Data Ranking e divulgado nesta quarta-feira (11/12).

A pesquisa também indicou que 11% dos entrevistados desaprovaram a gestão do prefeito, enquanto outros 6% afirmaram não saber ou preferiram não responder. Os dados refletem a alta satisfação popular com o trabalho desenvolvido pelo gestor à frente da Prefeitura Municipal de Cabedelo.

Amostragem

O Instituto Ranking ouviu 800 eleitores nos últimos dias 8 e 9 de dezembro. As entrevistas ocorreram nos bairros Bela Vista, Camalaú, Camboinha, Centro, Cidade Recreio, Intermares, Jacaré, Jardim Alfa, Jardim Atlântico, Jardim Beta, Jardim Camboinha, Jardim Gama, Jardim Manguinhos, Leonor, Monte Castelo, Nova Morada, Oceania VI, Oceania, Parque da Esperança, Poço, Ponta de Campina, Ponta de Matos, Portal do Poço, Praia Grande, Recanto do Poço, Renascer e Vitorino Cardoso.

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Ministro assina Portaria e nomeia novo superintendente para a CGU na Paraíba; veja documento

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Redação do Portal da Capital

O Diário Oficial da União (DOU) publicou a nomeação do servidor público federal, Rodrigo Márcio Medeiros Paiva, como novo superintendente da Controladoria Geral da União (CGU), na Paraíba.

O servidor, que possui mais de 20 (vinte) anos de carreira, estava como substituto no cargo e, através da Portaria nº 4629, assinada pelo ministro Vinícius Marques de Carvalho, foi oficializado na função.

Confira publicação:

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