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Paraíba

Prefeito de Guarabira decide ‘pagar para ver’ e mantém ‘Festa Luz’ apesar da recomendação do MPPB

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O prefeito de Guarabira, Marcus Diogo (PSDB), decidiu ‘pagar para ver’ ao ignorar a recomendação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e manter a realização da ‘Festa da Luz 2022’.

O MPPB recomendou que a Prefeitura de Guarabira cancelasse a realização da ‘Festa da Luz’ como medida de prevenção à 4ª onda, o perigo de explosão novo surto de Covid-19 em solo paraibano e a identificação da variante ômicron, que disparou um novo alerta mundial por ser a mais violenta variação do coronavírus conhecida até hoje.

Leia também: MPPB recomenda cancelamento da ‘Festa da Luz’ por prevenção à 4ª onda e novo surto de Covid-19

Números

De acordo com dados oficiais divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), na segunda-feira (29), Guarabira, com 10.209 (dez mil duzentos e nove) casos e 149 (cento e quarenta e nove) casos, é o quinto município com maior número de registros de infecções por Covid-19 na Paraíba.

Os dados da SES confirmam que Guarabira só perde para os municípios de Cajazeiras (11801 casos / 176 óbitos), Patos (14547 casos / 268 óbitos), Campina Grande (47627 casos / 1172 óbitos) e João Pessoa (110216 casos / 2970 óbitos).

‘Reza’

O gestor afirmou que irá apelar para o trabalho e a ‘reza’ para que a pandemia seja superada em até 60 (sessenta) dias, período que corresponde ao início da festa na cidade que, tradicionalmente, atrai milhares de pessoas em todos os dias do evento.

Marcus Diogo afirmou saber que um gestor deve cuidar principalmente do ser humano, mas, não pode se deixar levar pela “hipocrisia” nem pela “demagogia” e deixar de ser responsável pelos setores sociais e econômicos de uma cidade.

Atrações

Na página oficial do evento, disponibilizada como anexo do site oficial da Prefeitura de Guarabira, a edição de 2022 da ‘Festa da Luz’ é apresentada como um acontecimento “atual, vibrante e memorável” e que “traz uma simbologia ainda maior: significa a retomada das atividades turísticas e culturais, da economia, da alegria, após um ano sem o evento que alavanca a economia local e o turismo regional, devido a pandemia de coronavírus (2021)“.

A Prefeitura chegou a realizar um evento especial, na terça-feira (09/11), na Maison D’Mel Laguna, para apresentar a lista de atrações confirmadas, conforme a seguir:

Dia 28/01 – Eliane, Valquíria Santos, Calcinha Preta;

Dia 29/01 – Taty Girl, Solange Almeida, Limão Com Mel;

Dia 30/01 – Eric Land, Wesley Safadão, Nattanzinho;

Dia 31/01 – Zé Vaqueiro, Xand Avião, João Gomes;

Dia 01/02 (Show Religioso) – Adriana Arydes, Celione David.

Cancelamentos

A Prefeitura Municipal de Cabedelo anunciou oficialmente, na terça-feira (16), o cancelamento dos shows das festividades de fim de ano na cidade que, tradicionalmente, recebe grandes atrações nacionais para comemorar o aniversário da cidade, no dia 12 de dezembro, e no Revéillon, no dia 31.

Leia também: Prefeitura de Cabedelo cancela shows que aconteceriam no réveillon e no aniversário da cidade

A atual gestão, comandada pelo prefeito Vitor Hugo, afirmou que a medida foi motivada para proteção dos cidadãos locais contra uma nova onda de Covid-19.

Leia também: Prefeitura cancela réveillon em João Pessoa, mas autoriza realização de eventos privados

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), cancelou eventos patrocinados pela Prefeitura da Capital no réveillon. Antes da decisão, Cícero se reuniu com autoridades de Saúde e com o governador João Azevedo para chegar a um consenso que preserve a saúde da população.

O secretário municipal da Saúde, médico Fábio Rocha, já havia defendido o fechamento da orla da Capital paraibana no dia 31 de dezembro para evitar aglomerações que possam fazer explodir um novo surto de infecções provocadas pelo vírus da Covid-19 em território pessoense.

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Paraíba

Paraíba recebe R$ 17,1 milhões para avançar no Programa Mais Acesso a Especialistas

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Redação do Portal da Capital

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresentou na terça-feira (10/12), durante a XVI Reunião do Fórum Nacional dos Governadores, em Brasília, os avanços da nova fase do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE). A iniciativa marca a modernização do Sistema Único de Saúde (SUS) com foco na redução de filas, maior eficiência no atendimento e integração entre as atenções primária e especializada.

Na reunião foram assinados os Planos de Ação Regional (PARs) propostos por entes federados e aprovados pelo Ministério da Saúde. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.

Depois da aprovação dos Planos, vem a etapa seguinte para a concretização do programa: a implantação dos Núcleos de Gestão e Regulação, que têm como objetivo apoiar a implementação dos dispositivos que estruturarão o programa nas localidades, a da telessaúde, que vai tornar o atendimento mais eficiente, integrado e digital. Para 2024, a Paraíba receberá R$ 17,1 milhões, parte dos R$ 557,8 milhões que serão repassados aos gestores para a implementação dos Núcleos e 30% do valor dos planos de ação aprovados

O PMAE traz inovações como a incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. A nova etapa também aproveita a experiência bem-sucedida do Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF) e conta com um investimento de R$ 1,2 bilhão para as cirurgias eletivas.

“O Programa Mais Acesso a Especialistas busca reduzir o tempo de espera e melhorar o atendimento à população. Essa é uma construção coletiva, fruto da parceria com secretários de saúde estaduais e municipais, governadores e gestores do SUS. É um trabalho integrado que reflete a dedicação de toda a equipe do Ministério da Saúde”, destacou Nísia Trindade.

Integração digital e prazos mais curtos

Outro destaque mencionado é a transformação digital do SUS, com o uso intensivo de telessaúde e teleinterconsultas para conectar a atenção primária à especializada. “Estamos trabalhando para integrar os dados de saúde em uma rede nacional. Essa transição tecnológica vai permitir um monitoramento mais eficiente e reduzir problemas como o absenteísmo nas consultas, garantindo um sistema mais ágil e acessível”, explicou Nísia.

O PMAE foca em especialidades que historicamente enfrentam gargalos no sistema de saúde, como a oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. O objetivo é oferecer prazos mais curtos para diagnóstico e tratamento. “Na oncologia, por exemplo, a oferta integrada incluirá consulta médica, biópsias e exames necessários, garantindo a continuidade do cuidado e integrando o programa de redução de filas para cirurgias eletivas”, destacou Nísia. 

Adesão em todo o país

Mais Acesso a Especialistas já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios.

Conforme lembrou a ministra, o programa é inspirado em modelos internacionais, como os do Canadá e da Espanha, e representa um avanço significativo na oferta de cuidados de saúde especializados, promovendo qualidade, acessibilidade e eficiência para a população brasileira.

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Paraíba

MEC confirma: Estado da Paraíba pactuou 17,2 mil matrículas de tempo integral

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O Estado da Paraíba pactuou 17,2 mil matrículas de tempo integral, após o período de redistribuição de matrículas do segundo ciclo do Programa Escola em Tempo Integral do Ministério da Educação (MEC). Além da rede estadual, 215 redes municipais planejaram as matrículas para o período de 2024-2025. Isso corresponde a 96,4% das secretarias de educação municipais.

Na rede estadual, foram pactuadas 3.381 matrículas de tempo integral e os municípios paraibanos pactuaram 13,8 mil.

Em toda a região Nordeste, foram planejadas 293.938 matrículas de tempo integral. Nas redes estaduais foram pactuadas 113.620 e nas municipais foram 180.318. Ao todo, 1.753 redes municipais da região Nordeste planejaram matrículas de tempo integral para o ciclo 2024-2025, o que corresponde a 97,8% das redes da região

No Brasil, foram pactuadas 943.248 matrículas por 5.097 municípios, pelos 26 Estados e pelo Distrito Federal. O número corresponde a 92,8% das vagas ofertadas.

Tempo integral – O Programa Escola em Tempo Integral é uma estratégia para induzir a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica. Coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, o programa busca viabilizar o cumprimento da Meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024 (Lei nº 13.005/2014), política de Estado construída pela sociedade e aprovada pelo parlamento brasileiro.

No primeiro ciclo do Escola em Tempo Integral, executado entre 2023 e 2024, os municípios, os estados e o Distrito Federal declararam 965.121 matrículas de tempo integral. Até 2026, o governo federal apoiará a criação de 3,2 milhões de novas matrículas de tempo integral em todas as etapas e modalidades.

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Paraíba

MTE retira 111 crianças e adolescentes de trabalho infantil na Paraíba

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O Ministério do Trabalho realizou, entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, uma ampla operação de combate ao trabalho infantil nas feiras livres e mercados públicos das cidades de João Pessoa, Campina Grande e Bayeux, na Paraíba, esultando na retirada de 111 crianças e adolescentes de situações graves de exploração de trabalho infantil.

Durante a operação, os auditores-fiscais do Trabalho identificaram crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos, desempenhando atividades classificadas como algumas das piores formas de trabalho infantil, conforme o Decreto nº 6.481/2008. Em muitos casos, essas crianças e adolescentes enfrentavam jornadas de trabalho exaustivas que começavam ainda de madrugada.

De acordo com a equipe de fiscalização, as crianças e adolescentes estavam envolvidos em atividades como a venda de produtos ao ar livre, carregamento de mercadorias e manuseio de instrumentos perfurocortantes. Eles estavam expostos a condições extremas, como a radiação solar e a chuva, além de realizar esforços físicos intensos, o que aumentava os riscos de acidentes graves, como ferimentos, mutilações e atropelamentos.

No Mercado Público de Bayeux, foram encontrados uma menina de sete anos vendendo verduras e outra de onze anos, envolvida no corte e venda de frangos. Ambas estavam executando atividades classificadas entre as piores formas de trabalho infantil, conforme os itens 73 e 81 da Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Decreto nº 6.481/2008), que proíbem o trabalho infantil em logradouros públicos e o manuseio de instrumentos cortantes.

No intuito de garantir os direitos fundamentais de crianças e adolescentes, a auditoria-fiscal do Trabalho encaminhou os dados dessas crianças à rede de proteção, para que sejam incluídas em políticas públicas voltadas para a assistência social, saúde e educação. Já os adolescentes a partir de 14 anos serão direcionados a programas de aprendizagem profissional, os quais oferecem qualificação, experiência prática em ambientes de trabalho seguros e protegidos, além de assegurar o cumprimento de todos os direitos trabalhistas e previdenciários.

O auditor-fiscal do Trabalho, Eugênio Marques, membro da Coordenação Nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil, destacou que a situação observada nas feiras fiscalizadas é recorrente, com muitas crianças e adolescentes envolvidos em atividades como o carregamento de mercadorias em carros de mão, trabalho em açougues públicos e venda de produtos em barracas, frequentemente sem a presença dos pais. Além disso, foi constatado que vários adolescentes estavam fora da escola, o que agrava ainda mais os danos ao seu desenvolvimento pessoal e educacional.

“A Auditoria Fiscal do Trabalho busca, por meio de ações planejadas e de uma atuação articulada, construir soluções permanentes e sustentáveis, evitando o retorno das crianças e adolescentes a situações de exploração do trabalho infantil”, explica Eugênio Marques.

Como denunciar?

Dados oficiais sobre ações de combate ao trabalho análogo à escravidão no Brasil estão disponíveis no Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê.

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