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Paraíba

Assembleia debate impactos das energias renováveis na Paraíba em audiência pública

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou audiência pública, na manhã desta sexta-feira (19), através de videoconferência, para discutir os impactos causados pelas energias renováveis. O debate, proposto pelas deputadas Cida Ramos e Estela, contou ainda com a participação do secretário executivo de Estado de Energia, Robson Barbosa, além de especialistas e representantes da sociedade civil organizada.

As energias renováveis são reconhecidamente limpas por não necessitarem de processos artificiais que resultam em prejuízo para o meio ambiente. No entanto, na Paraíba, especialistas alertam que grandes usinas e parques eólicos podem comprometer de forma significativa o processo de desertificação de determinadas áreas, além de causar morte de animais e destruição de vegetação nativa.

A deputada Cida Ramos destacou que, mais do que uma questão de sustentabilidade, se faz necessária a realização de uma operação de salvamento do planeta para que os danos ao meio ambiente não avancem ao ponto de se tornarem irreversíveis. “A terra pode ficar inviável para a vida em decorrência do processo de degradação e do aquecimento global a que nós estamos submetidos. O consumo de combustíveis fosseis é parte do problema. Ele afeta a qualidade do ar. Penso que a energia fotovoltaica é uma realidade que merece muito ser tratada como política pública”, declarou a deputada.

A parlamentar observou que a Paraíba possui um dos melhores índices de radiação solar do país, com poucos sinais de nebulosidade, potencial para liderar o modelo de energia fotovoltaica e detentor desse insumo, contribuindo com o meio ambiente. No entanto, Cida fez um alerta em relação aos territórios ocupados para a instalação de usinas de energia solar. Segundo ela, atualmente, na Paraíba, é preciso estar atento a implantação dessas usinas e sua relação com a população que reside nessas localidades.

“Estamos tratando de um modelo econômico e sua relação com meio ambiente que tem sido predatória, que desmata . Temos uma perspectiva de uma energia importante, mas que ao mesmo tempo traz elementos da velha política, que destrói biomas e não respeita a população. Não pode maltratar o meio ambiente e não discutir com a população nativa que tira seu sustento. Debatemos aqui essa relação com a população, principalmente, com as pessoas da agricultura familiar, pois trata-se de uma relação que não é transparente”, avaliou Cida.

A deputada, em conjunto com os participantes da audiência, defenderam a criação de um fórum de discussão e a construção de um grupo de trabalho com a Secretaria de Estado de Energia, a Sudema, os municípios, as indústrias e a sociedade civil organizada para contribuir com a criação de um marco jurídico estadual especifico para o setor de energias renováveis. “É preciso criar plenárias e debater esse tema em diversas regiões e territórios”, disse

Representando a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), Nayha Maria Lira Caju ressaltou a necessidade da elaboração e aplicação de uma legislação específica para regulamentar empreendimentos do setor de energias renováveis que possam, principalmente, proteger a população envolvida e amenizar os danos causados às localidades.

“É preciso haver normas mais técnicas, principalmente em relação às distâncias dos empreendimentos para as comunidades e isso ainda não existe, o que nos deixa sem condições de exigir uma distância mínima e precisamos elaborar isso. As pessoas sofrem com ruídos e outros efeitos causados por esses empreendimentos. Precisamos dessas normas para determinar onde o empreendedor possa ou não implantar seu empreendimento”, explicou Naya, acrescentando que cabe ao órgão apenas realização do estudo ambiental.

Também preocupado com a necessidade da elaboração de uma legislação específica, o secretário Executivo de Estado de Energia, Robson Barbosa, afirmou que “a energia é 99,9% privativa de ações da União, desde recursos naturais até a regulamentação”. “Então, primeiramente, é preciso ressaltar que é um assunto de esfera federal. Para além disso acredito que temos que organizar um marco regulatório unificado, com normas voltadas para os empreendimentos energéticos”, disse.

A representante do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), professora Ricelia Marinho Sales, chamou a atenção para os compromissos assumidos pelo país referentes aos 17 objetivos da Agenda 2030, que inclui também a busca por soluções centralizadas de energias renováveis, transformando de fato a vida das pessoas.

“Temos que interconectar as energias renováveis com funcionamento do sistema natural – os ciclos da água, do solo, com o ar e com os fatores socioculturais – a partir da criação de uma política territorial somada a um bom planejamento de para garantir uma gestão participativa sem perturbar e causar injustiças socioambientais e sem reduzir a natureza à mera prestadora de serviço para proveito apenas de empresas e mercados”, cobrou a professora.

Já o professor do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba, Fernando Joaquim Ferreira Maia, reforçou a importância de regulamentar e estabelecer um contrato justo entre as empresas de energia renovável e os agricultores, com cláusulas claras e transparentes. “Nossa preocupação é com as relações de produção de energia eólica, de eletricidade com os agricultores, nos aspectos mais jurídicos, toda a questão dos contratos, do uso da terra e da regularização fundiária. É imprescindível levar em consideração a transparência das questões tributárias e regulamentação na exploração da terra”, afirmou Fernando Maia.

Representando a população afetada pela implantação e ampliação de empreendimentos do setor de energias, José de Arimatéia, da Ação Diocesana de Patos, denunciou supostos prejuízos sofridos pela comunidade com a instalação dos parques de energia renováveis, segundo ele, sem qualquer discussão prévia. Arimatéia afirmou ainda que a forma utilizada pelas empresas causa desagregação, não respeita a dinâmica da comunidade e promove desequilíbrio ambiental na região.

Também participaram da audiência Vanúbia Martins, da Comissão Pastoral da Terra em Campina Grande; o articulador pedagógico José Wellington, da Cáritas Diocesana; a diretora do Movimento Sem Terra na Paraíba (MST-PB), Dilei Aparecida Schiochet; o representante do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido, César Nóbrega; Roberto Jeferson, representando o mandato da vereadora Jô Oliveira, de Campina Grande; e o vereador de Patos, Jose Gonçalves.

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Com reajuste salarial de R$ 5.109,35, vereadores de João Pessoa passam a receber R$ 26 mil mensais

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O reajuste salarial de R$ 5.109,35 fará com que os vereadores de João Pessoa passem a receber R$ 26 mil mensais a partir deste ano de 2025. O total representa 24,45% de aumento no salário que era de R$ 20.890,65.

De acordo com um levantamento realizado pelo G1, além de João Pessoa, vereadores de outras 16 Capitais brasileiras também receberão reajustes, porém, com porcentagens distintas, são elas: Aracaju, Boa Vista, Belém, Campo Grande, Fortaleza, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, São Paulo e Vitória.

O valor do reajuste salarial dos vereadores é definido pelos próprios parlamentares que precisam levar em conta  a quantidade de habitantes do município e o salário do deputado estadual, uma vez que a legislação estabelece que os vereadores podem receber até 75% do subsídio dos deputados estaduais, dependendo da população local.

De acordo com o G1, os parlamentares argumentaram que o reajuste salarial, aprovado em dezembro de 2022, aconteceu devido à falta de aumento nos últimos 12 anos, e às mudanças nos subsídios dos deputados estaduais da Paraíba.
Confira tabela:
Capital Estado Salário atual sem reajuste Reajuste (em R$) Reajuste (em %) Valor final reajustado para 2025
Aracaju SE R$ 21.880,54 R$ 984,62 4,5% R$ 22.865,16
Boa Vista RR R$ 10.012,50 R$ 10.852,28 108,4% R$ 20.864,78
Belém Pará R$ 18.999,19 Não informado Não informado Não informado
Campo Grande MS R$ 18.991,69 R$ 7.089,29 37.33% R$ 26.080,98
Fortaleza CE R$ 19.249,86 R$ 6.831,12 35,49% 26.080,98
Cuiabá MT R$ 18.900,00 R$ 7.180,98 37,99% R$ 26.080,98
Curitiba PR R$ 19.617,82 R$ 867,11 4,42% R$ 20.484,93
Florianópolis SC R$ 17.539,20 R$ 8.541,78 48,7% R$ 26.080,98
João Pessoa PB R$ 20.890,65 R$ 5.109,35 24,45% R$ 26.000,00
Macapá AP R$ 12.015.00 R$ 7.302,60 60,78% R$ 19.317,60
Maceió AL R$ 15.031,76 R$ 3.959,92. 26,34% R$ 18.991,68
Manaus AM R$ 18.991,69 R$ 7.089,29 37,32% R$ 26.080,98
Natal RN R$ 19.500,00 R$ 6.500,00 33,33% R$ 26.000,00
Porto Alegre RS R$ 17.428,52 R$ 643,11 3,69% R$ 18.071,63
Recife PE R$ 18.980 R$ 4.448,64 23,44% R$ 23.428,64
São Paulo SP R$ 18.991,68 R$ 7.089,3 37,33% R$ 26.080,98
Vitória ES R$ 8.966 R$ 8.714 97,19% R$ 17.680

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MPF solicita e participa de força-tarefa que notificou bares em praias de Cabedelo

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Redação do Portal da Capital

Por solicitação do Ministério Público Federal (MPF), uma força-tarefa formada por vários órgãos deflagrou a Operação Verão 2025 na orla de Cabedelo (PB) para coibir a prática de loteamento da faixa de areia, onde cadeiras e guarda-sóis são dispostos para aluguel, dificultando o uso do local por banhistas que optam por utilizar seus próprios equipamentos.

Na operação realizada no sábado (04/01), foram notificados o Bar do Belo, em Camboinha, e o Cibelly Bar, na praia do Poço. Os dois bares tiveram de reduzir a capacidade para 10 sombrinhas. Ao longo do mês, haverá mais fiscalizações. A medida busca garantir o livre acesso e o uso democrático das áreas de praia, que são áreas pertencentes à União.

Conforme a Lei Municipal nº 2.425, de 23 de dezembro de 2024, cada estabelecimento comercial, hotel, pousada, restaurante, lanchonete, quiosque, bar, condomínio ou prédio residencial na faixa de areia das praias de Cabedelo pode disponibilizar até 10 conjuntos de mesas com guarda-sóis, cada um contendo até quatro cadeiras.

A fiscalização foi realizada por integrantes da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), Sudema, secretarias de Uso e Ocupação do Solo, Meio Ambiente e Planejamento de Cabedelo, Polícia Ambiental, acompanhados de agentes do MPF.

“As praias são bens públicos de uso comum, e a Constituição Federal garante a todos o direito de usufruí-las de forma democrática e igualitária. A ocupação irregular da faixa de areia por qualquer empreendimento compromete esse direito e prejudica tanto os banhistas locais quanto os turistas que visitam nossa região. Nosso objetivo com essa ação é assegurar que o espaço público seja utilizado de maneira ordenada, respeitando a lei e os princípios constitucionais que promovem o acesso universal às praias,” afirmou o procurador da República João Raphael.

Conforme o superintendente do Patrimônio da União, Giovanni Marinho, que participou da fiscalização, a medida atende a um termo de ajustamento de conduta (TAC), firmado com o MPF, que prevê que todas essas ocupações de comércio informal e irregular sejam retiradas até abril de 2025. “O objetivo da medida é redimensionar as ocupações do solo no ambiente costeiro do município de Cabedelo, mas até lá, isso não significa que pode se ocupar de todo jeito. A gente está redimensionando, de acordo com lei estabelecida no município de Cabedelo, e vamos prosseguir com o trabalho fiscal”, afirmou Marinho.

Demanda diária – A Lei nº 2.425/24 permite o aumento do limite de 10 mesas conforme a demanda diária, até o máximo de 50 mesas por estabelecimento, mediante autorização da prefeitura. O limite “conforme a demanda diária” significa que os estabelecimentos podem ajustar a quantidade de conjuntos de mesas e guarda-sóis disponibilizados de acordo com a necessidade do dia, ou seja, com base na quantidade de clientes que precisam desses equipamentos em um determinado momento, evitando que equipamentos subutilizados obstruam o espaço na faixa de areia, prejudicando banhistas que optem por levar equipamento próprio.

Alta temporada – A operação ocorre em um momento de alta demanda turística em João Pessoa e região metropolitana, que figuram entre os destinos mais procurados neste verão. O grande fluxo de visitantes tem intensificado o uso das praias, aumentando a necessidade de assegurar o ordenamento e a preservação do espaço público para todos os frequentadores.

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Recepção de Cássio a aliados de Lula para veraneio em Camboinha alimenta especulações políticas

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Redação do Portal da Capital

A recepção de Cássio Cunha Lima a aliados do presidente Lula (PT) para veraneio na praia de Camboinha alimentou especulações políticas a partir da divulgação de fotos neste primeiro final de semana do ano 2025.

As imagens que circularam pela internet mostram o ministro da Defesa, José Múcio, e o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) em momentos de descontração ao lado de Cássio e de familiares do ex-senador como, por exemplo, Glória Cunha Lima e Fernando Catão, mãe e tio, respectivamente.

As especulações nascem porque o ex-senador Cássio apesar de ter escolhido se afastar da vida pública, segue atuando nos bastidores da política fazendo jus ao histórico de excelência em articulação adquirida no setor após anos de atuação neste campo. E elas são reforçadas porque tratam-se de figuras consideradas da “cozinha” da gestão Lula, uma vez que um é ministro e o outro, apesar de ser paraibano, além de ser petista é namorado da presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann.

Em outro Estado da Federação, o momento poderia até ser encarado como mero momento de diversão e relaxamento do dia a dia de uma vida política, mas em se tratando de um lugar onde as articulações políticas para eleições que só acontecerão dois anos para a frente começam na primeira semana após o resultado de um pleito, todas as especulações nascem e ganham vida aos olhos de analistas políticos.

Confira imagem:

 

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