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Governo quer afrouxar regra de controle dos gastos públicos

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A dificuldade do governo de Michel Temer (PMDB) em ajustar as contas públicas federais pode resultar na flexibilização de um de seus instrumentos de controle. Depois de uma articulação envolvendo ministros do governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ) prepara uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que flexibilize sua chamada “regra de ouro”, uma das normas fundamentais do controle da responsabilidade fiscal, de acordo com reportagem da Veja.

Pela norma atual, o endividamento do governo não pode ser maior do que o valor dos investimentos públicos, reduzidos após os recentes cortes de gastos em diversas áreas. Para este ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), espera 130 bilhões de reais devolvidos pelo BNDES ao Tesouro Nacional, como pagamento antecipado de empréstimos, para acertar a conta.

A regra está expressa na Constituição em seu artigo 167, inciso III, que veda “a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta”. Em outras palavras, o governo não pode se endividar para gastos com custeio, como o pagamento de salários.

A proposta ainda não foi apresentada, e, portanto, não é possível saber suas especificidades, como contrapartidas e prazo de validade. O objetivo fundamental da “regra de ouro” é que o governo apenas se endivide para investir e para renegociar outras dívidas, casos que trazem um retorno adicional à sociedade no futuro, quando esses gastos precisarão ser administrados. E não para pagar gastos correntes.

O grande problema, tanto para Temer quanto para possíveis candidatos à Presidência da República, como Maia e Meirelles, é que um descumprimento, o que o ministro teme ocorrer em 2019, pode acarretar crime de responsabilidade e um eventual processo de impeachment.

José Maurício Conti, professor de Direito Financeiro da Universidade de São Paulo (USP), avalia que uma eventual mudança pode ter impacto negativo sobre as previsões para as contas públicas brasileiras. “A regra de ouro é feita de modo a não permitir o descontrole das contas. Se as contas estão descontroladas, das duas, uma: ou você as controla, ou você muda a lei. Percebendo que não vão conseguir cumprir, tentam mudar a regra para não incidir em ilegalidade”, avalia.

Em defesa da proposta, nomes do governo discutem estabelecer contrapartidas dentro do projeto, como, por exemplo, o adiamento de reajustes do funcionalismo e a revisão de desonerações. Por essa lógica, o endividamento com gastos correntes seria apenas para resolver um problema fiscal já existente – e não para que novas dívidas sejam contratadas.

O professor da USP faz uma comparação entre essa possível mudança e um “sinal de descontrole” da vida financeira de indivíduos, quando pessoas comuns recorrem a empréstimos para arcar com suas contas do mês. “Pegar empréstimo para pagar despesa normal de custeio é um claro sinal de descontrole das contas públicas. O custeio é constante e permanente. Se você pega um ‘empréstimo’ para pagar despesa, depois você vai precisar continuar pagando as contas e mais essa parcela”.

Pedaladas?
Foi um crime de responsabilidade causado pelo descumprimento das normas fiscais que baseou o pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), cassada em 2016. No caso da petista, ela foi considerada culpada por atrasar propositadamente o pagamento de pendências com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal para maquiar o real estado das contas públicas em seu governo — as chamadas “pedaladas fiscais”.

O descumprimento da regra de ouro não configura uma “pedalada”, explica Conti, porque esse termo se refere especificamente a um “empréstimo” feito por um governante – e não autorizado pela respectiva casa legislativa – junto a uma instituição financeira sob o seu controle, casos do BB e da Caixa em relação ao governo federal. No caso específico da flexibilização da regra de ouro, a questão principal é a da natureza dos gastos, ou seja, se o valor do endividamento representou, ou não, novos investimentos públicos.

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Pagamento do Pé-de-Meia começa nesta segunda; confira o calendário

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O pagamento de mais uma parcela do benefício Pé-de-Meia começa nesta segunda-feira, 25 de novembro, e segue até o dia 2 de dezembro. A parcela, no valor de R$ 200, será paga de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento do estudante.

O pagamento é referente ao Incentivo-Frequência e será depositado em conta Poupança CAIXA Tem, aberta automaticamente em nome dos beneficiários. Os valores podem ser movimentados pelo aplicativo CAIXA Tem.

CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DO PÉ-DE-MEIA

Mês de Nascimento | Dia do Pagamento

Janeiro e Fevereiro – 25/11

Março e Abril – 26/11

Maio e Junho – 27/11

Julho e Agosto – 28/11

Setembro e Outubro – 29/11

Novembro e Dezembro – 2/12

O Pé-de-Meia é destinado a alunos que estejam cursando o ensino médio na rede pública e que tenham entre 14 e 24 anos, e a estudantes da EJA da rede pública, com idade entre 19 e 24 anos. Além disso, devem ser integrantes de família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham renda, por pessoa, de até meio salário mínimo, possuir CPF regular, e frequência mensal de, no mínimo, 80% nas aulas.

Além do incentivo por frequência de R$ 200, o aluno recebe depósitos de R$ 1 mil ao final de cada ano concluído com aprovação, que ficarão como uma poupança e poderão ser sacados após a formatura do ensino médio, e o Incentivo-Enem, no valor de R$ 200, para estudantes do 3º ano que participarem do Enem.

INFORMAÇÕES — O estudante poderá consultar informações escolares, regras do programa e status de pagamentos (rejeitados ou aprovados) por meio do aplicativo Jornada do Estudante, do Ministério da Educação.  Informações relativas ao pagamento do benefício podem ser consultadas no aplicativo CAIXA Tem.

Para se manter no Pé-de-Meia, o estudante deve ter frequência mínima de 80%. Caso a frequência diminua em algum mês, o aluno não receberá o benefício referente a esse período. Caso o estudante deseje verificar a situação de elegibilidade ao programa, poderá acessar o aplicativo “Jornada do Estudante”.

No aplicativo Jornada do Estudante, o usuário poderá consultar informações como: canais de atendimento do programa, participação no programa, status de pagamentos e calendários de pagamentos.

PÉ-DE-MEIA — É um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. Instituído pela Lei nº 14.818/2024, o objetivo é  democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, promovendo mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

Informações mais detalhadas sobre o benefício podem ser obtidas no site do Ministério da Educação (MEC) ou da Caixa Econômica Federal .

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Cássio Cunha Lima é destaque em série da TV Brasil sobre a Constituição brasileira; confira

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O ex-senador paraibano Cássio Cunha Lima foi convidado e participou da série “Senado, a História que Transformou o Brasil”, veiculada pela TV Brasil e que, com uma narrativa que conecta o passado ao presente, destaca momentos decisivos na história legislativa brasileira, mostrando, especificamente neste primeiro episódio, a importância do Senado brasileiro na conquista e fortalecimento da democracia do país que foi brutalmente atacada por vândalos no dia 08 de janeiro de 2023.

A série conta com áudios e vídeos históricos de historiadores, especialistas e personagens das maiores conquistas obtidas pelos cidadãos brasileiros junto ao Estado ao longo dos 200 anos da criação do parlamento no Brasil.

Cássio Cunha Lima, na fala que pode ser conferida a partir do minuto 43:06 do vídeo, relembra do momento crucial para o Brasil que foi a votação de uma Assembleia Constituinte para criação e votação da nossa Constituição, em 1988, após 20 anos de prevalência de uma ditadura militar.

Havia uma sociedade que estava com um ânimo aguerrido pra lutar pelos seus direitos pra conquistar essa Constituição Cidadã, como foi batizada por doutor Ulisses [Guimarães], que trouxe avanços inegáveis na organização do Estado Brasileiro“, frisou Cássio.

Confira o vídeo:

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“Bancada da PB tem que mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água”, diz Efraim

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“Água é vida! É inadmissível que tenhamos que lidar com a falta d’água em pleno século XXI, enquanto aguardamos a conclusão de obras como a Transposição do São Francisco, Vertentes litorâneas, Adutora do Pajeu entre outras! Junto com outras bancadas do Nordeste, Se tivermos de paralisar e obstruir votações de interesse do governo, faremos até que sejam garantidos os recursos para manutenção do abastecimento de água.” Foi com essas palavras que o senador Efraim Filho (União-PB) sintetizou sua indignação com a suspensão, mais uma vez, da Operação Carro-Pipa na Paraíba.

Responsável por levar abastecimento de água a pelo menos 70 municípios do estado, a operação será suspensa a partir da segunda-feira (25), conforme comunicado do Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército enviado aos coordenadores da Defesa Civil neste sábado (23).

A alegação é de que a Operação Carro-Pipa (OCP) está suspensa temporariamente devido a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Para o senador Efraim, entretanto, esse pode já ser um dos efeitos da suspensão do orçamento.

“Com certeza essa suspensão dos carros-pipa já é um dos efeitos nocivos da decisão equivocada do STF em suspender a execução do Orçamento sem observar os critérios de urgência e necessidade de casos como esse, o que limita a velocidade para se reverter a paralisação indevida”.

Por mais de uma vez, Efraim foi aos ministérios para impedir a suspensão da Operação na Paraíba e garante que fará gestões em Brasília para evitar uma nova suspensão, o que vem se tornando recorrente no estado.

“É a época mais quente do ano. É impensável que os municípios fiquem sem água”, disse o senador, visivelmente indignado.

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