As ações preventivas desenvolvidas dentro dos presídios na Paraíba para combater o crime organizado estão contando no momento com o reforço da Operação Cangalha, deflagrada em toda região Nordeste pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi. Nesta segunda-feira (27), o trabalho foi concentrado na Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes (PB1), em Jacarapé, João Pessoa, e comprovou a eficiência das ações de combate às organizações criminosas.
“O resultado positivo da operação demonstra a eficiência do sistema de monitoramento eletrônico com detectores de metais, scanner corporal, investimentos em tecnologia e em recursos humanos, com capacitação contínua dos policiais penais preparados e compromissados com a gestão do Governo do Estado no sistema prisional”, afirmou o secretário da Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca, ao avaliar que a operação é estratégica e oportuna e que a Seap apoia a ação envolvendo todas as forças de segurança sob o comando da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
A Operação Cangalha tem o objetivo de combater o crime organizado com ações preventivas, repressivas e de inteligência, visando a descapitalização e a desarticulação das organizações criminosas, especialmente na região Nordeste. Na Paraíba, a intervenção envolve a Gerência Executiva do Sistema Penitenciário (Gesipe), Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica Penitenciária (Gisop), Centro de Operações Penitenciária (Copen), Grupo Penitenciário de Operações Especiais (Gpoe), Força Tática Penitenciária (FTpen), com suporte do Pelotão de Choque da Polícia Militar.
A supervisão dos trabalhos nos presídios está sob a responsabilidade do gerente executivo do Sistema Penitenciário, Ronaldo Porfírio. O diretor da PB1, Leonardo Novaes, relatou como foi o procedimento na unidade prisional. “Foi feita uma busca minuciosa no interior das celas, onde utilizamos as tropas do Gpoe- Grupo Penitenciário de Operações Especiais e a Tropa de Choque da Polícia Militar, com participação efetiva do Grupamento de Inteligência do Sistema Prisional Paraibano. Os detentos foram retirados pela equipe do Gpoe do interior das celas até uma área de contenção, onde o Choque da PM faz o procedimento e Força Tática dá o apoio armado na segurança de tudo e entorno da unidade”.
Nas ações externas na região Nordeste participam da Operação Cangalha a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Militar, Civil e Penal de cada estado. A ação envolve todas as forças de segurança dos estados, realizando levantamentos dos locais de plantação, identificação, deflagrando investigações visando a repressão às organizações criminosas, realizando diligências e cumprimento de mandados judiciais. Há ainda ações de monitoramento e fiscalização nas unidades prisionais da região Nordeste dando o necessário apoio às ações desenvolvidas no âmbito da operação.
A operação ainda terá outros passos até seu final de cumprimento e posterior avaliação do alcance dos objetivos. Nos estados a articulação da operação está sob a responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria da Administração Penitenciária. Desde o início de julho de 2021 iniciou-se as ações preparatórias para realização da operação, sequenciada do planejamento e execução no mês de setembro de 2021.
Entre as responsabilidades da Seap na Operação, coube a elaboração do plano de ação para participação na operação, inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais.