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Paraíba

CPI do Feminicídio da ALPB ouve familiares de vítimas

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio realizou, na sexta-feira (24), oitivas com familiares de mulheres vítimas de feminicídio na Paraíba. Presidida pela deputada Cida Ramos, a reunião contou também com a participação do deputado Doutor Érico e das das professoras da Universidade Federal da Paraíba, Elisangela Inácio e Anita Leocádia, ambas pesquisadoras da questão de gênero.

A presidente Cida Ramos explicou que as oitivas realizadas hoje são as últimas propostas pela CPI. A próxima etapa, segundo a deputada, será a elaboração do relatório final com o intuito de apresentar ao Ministério Público da Paraíba (MPPB), sugestões, encaminhamentos e informações que possam contribuir no desenvolvimento de políticas públicas para que outras mulheres não venham a serem vítimas de feminicídio.

“Essa CPI tem um aspecto investigativo, mas seu objetivo é a prevenção para que outras mulheres não sejam vítimas dessa barbárie social. A CPI integra uma rede com o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública, a OAB-PB, com entidades de mulheres para que possamos indicar um relatório no sentido de propor ações que possam ev itar que outras mulheres sejam mortas”, afirmou a deputada Cida Ramos. De acordo com a deputada, a CPI buscará, com o seu relatório, traçar políticas públicas que possam desvelar o que ocorreu por trás dos crimes de feminicídios registrados no estado contribuindo com o três Poderes na proteção das vidas das mulheres. “É uma barbárie social que precisa ser impedida de acontecer. Só teremos uma sociedade civilizada quando a gente por fim a isso”, disse Cida Ramos

Membro da Comissão, o deputado Doutor Érico ressaltou que o Poder Legislativo, através da CPI, busca, através dos depoimentos, propor medidas que venham a evitar qualquer tipo de agressão contra a mulher.

“O feminicídio está enraizado na nossa sociedade. Então, é um dever nosso, como parlamentar, e dessa CPI, prevenir, com conscientização e informação, para que as famílias parem de chorar pela morte precoce das suas filhas”, declarou Dr. Erico.

O professor Josué Ferreira Mendonça de Neto foi o primeiro convidado a ser ouvido pelos membros da Comissão nesta sexta-feira. Josué teve a irmã, Priscila Vanessa Lins de Mendonça,35 anos, assassinada a tiros pelo companheiro, em 2016, em João Pessoa. Josué relatou que Priscila estava casado com o acusado há 11 anos e, segundo ele, a família nunca tomou conhecimento de histórico de agressões na vida do casal. O irmão da vítima descreveu a irmã e seu ex-cunhado como pessoa reservadas, desta forma, sua irmã nunca declarou ter sido agredida pelo esposo.

“Ela nunca relatou nada para a família. A nossa suspeita é que ela descobriu algo errado que ele poderia estar fazendo no trabalho”, argumentou Josué. Em seu depoimento, Josué lembrou que foi o primeiro a receber a notícia do falecimento da irmã. Ele foi informado pelo irmão do acusado de que a vítima teria cometido suicídio, versão que foi descartada pela polícia no momento em que Josué sepultava a irmã. O suspeito foi preso ainda no cemitério. No entanto, o acusado cumpriu apenas 1 ano e 4 meses de prisão, e atualmente, aguarda o julgamento em liberdade. Para o professor, é imprescindível a elaboração de penas mais rígidas, celeridade na realização dos julgamentos e medidas que possam proteger a vida de outras mulheres. “Esperamos pela Justiça para que esse crime não fique impune”, cobrou o professor.

Já a interrogada Maria da Guia Silva Sena detalhou o trauma provocado pela morte violenta da sua sobrinha, Michelle Alves Veloso, de 19 anos, assassinada pelo ex-namorado.

“No dia do crime, ele chamou muito por ela, e ela não saiu de casa. Até que decidiu ir até o portão, supondo que ele buscava conversar sobre a gravidez. Mas, ele não conversou nada. Matou Michelle”, descreveu Maria.

O ex-namorado da vítima atualmente está preso e aguarda julgamento. Como forma de prevenção ao crime de feminicídio, Maria da Guia acredita que o tema precisa estar presente em debates nas escolas, com os jovens. “Eu acho que quando falam isso nas escolas, as pessoas já ficam sabendo o que fazer. Ajudaria muito a evitar outras vítimas”, complementou. O crime aconteceu no município de Queimadas, no Agreste do Estado.

Também depuseram à CPI a senhora Rociane Trajano da Fonseca, cunhada da agente comunitária de saúde, Ana Rita Trajano dos Santos, 62 anos, moradora da cidade de Areia-PB, morta em 2019 pelo esposo, que se matou logo após o crime; os senhores Adriana Francisco da Silva e Geraldo Severino da Silva, pais de Rosana Severino da Silva, morta a tiros em casa pelo ex-companheiro, no município de São José de Caiana. A vítima deixou duas filhas menores.

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Paraíba

TJPB publicará concorrência para vagas da Mesa Diretora e de desembargadores por antiguidade e MP

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O Tribunal de Justiça da Paraíba publicará no Diário da Justiça Eletrônico da quinta-feira (03/10), os nomes dos candidatos que vão disputar a nova Mesa Diretora para o Biênio 2025/2026, o cargo de diretor da Esma, o de Ouvidor Geral da Justiça, os integrantes do Órgão Especial e os nomes da lista sêxtupla do Ministério Público para a vaga de desembargador pelo critério do quinto Constitucional. Os detalhes estão na pauta da 17ª Sessão Ordinária Administrativa, que ocorrerá às 14 horas do dia 09 de outubro de 2024.

O primeiro processo a ser julgado será relativo à Mesa Diretora do TJPB. Os inscritos são os desembargadores Frederico Martinho da Nóbrega Coutinho para o cargo de presidente; João Batista Barbosa para concorrer ao cargo de vice-presidente e Leandro dos Santos para Corregedor-Geral de Justiça.

O segundo processo tratará da eleição para preenchimento de seis vagas do Órgão Especial. Estão inscritos os desembargadores José Ricardo Porto, Aluízio Bezerra Filho, Agamenilde Dias Arruda Vieira Dantas, Ricardo Vital de Almeida, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, Carlos Martins Beltrão Filho e João Benedito da Silva.

A eleição para diretor da Escola Superior da Magistratura – Esma será o terceiro processo da pauta e tem como candidato o desembargador Joás de Brito Pereira Filho. Em seguida será feita a escolha do novo Ouvidor Geral e do Ouvidor Substituto. A desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti Maranhão está inscrita ao cargo de Ouvidora Geral.

O quinto processo tratará da escolha de três membros e três suplentes para o Conselho da Magistratura no Biênio 2025/2026. O sexto processo da pauta é o edital de vacância para o cargo de desembargador, pelo critério de antiguidade, com pedido formulado pelo juiz Onaldo Rocha de Queiroga.

Em seguida, o Pleno escolherá três nomes, entre seis indicados pelo Ministério Público, para compor a lista tríplice que será enviada ao governador do estado, João Azevêdo, para escolha do nome que preencherá a vaga de desembargador pelo quinto constitucional do MP. Na lista enviada pelo Ministério Público constam os nomes dos procuradores Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, João Geraldo Carneiro Barbosa, Carlos Romero Lauria Paulo Neto, Amadeus Lopes Ferreira, Bertrand de Araújo Asfora e Vanina Nóbrega de Freitas Dias Feitosa.

Por fim, será votada a concessão de Medalha da Ordem do Mérito Judiciário, na categoria distinção, à professora/jurista Ofélia Gondim Pessoa de Figueiredo. A propositura é do desembargador Frederico Martinho da Nóbrega Coutinho.

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Paraíba

Polícia Civil recebe cartilha com diretrizes para atuação das forças de segurança nas Eleições 2024

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A Polícia Civil recebeu uma cartilha contendo diretrizes para a atuação das forças de segurança nas Eleições 2024. A iniciativa foi protagonizada pela Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba.

Na ocasião, o procurador Renan Paes Félix discorreu sobre “Crimes Eleitorais e a Atuação da Polícia Civil – Abordagem Geral e Violência Política sob a Perspectiva de Gênero”, discutindo, ao mesmo tempo, sobre condutas que devem ser coibidas no processo eleitoral, especialmente no dia da votação, destacando as atribuições da Polícia Civil no pleito.

Durante as explanações, Renan Félix destacou que o envolvimento de facções criminosas nas campanhas eleitorais tem se tornado um problema em vários Estados brasileiros, necessitando de um combate firme. Ele citou casos na Paraíba em que alguns candidatos foram impedidos de realizar suas atividades eleitorais por traficantes.

O procurador enfatizou que era necessário ser firme para não permitir que esse tipo de situação se consolidasse e criasse raízes no Estado.

Entre os principais pontos da cartilha estão:

Permitido até a véspera das eleições: distribuição de material gráfico, caminhadas, carreatas e passeatas até as 22h do dia 05/10/2024. Uso de alto-falantes e carros de som permitido entre 8h e 22h.

Proibido no dia das eleições: uso de alto-falantes, comícios, carreatas, arregimentação de eleitores, propaganda de boca-de-urna, transporte de eleitores (salvo exceções), e aglomerações com vestuário padronizado ou bandeiras.

Permitido no dia das eleições: manifestação individual e silenciosa de preferência política, uso de crachás por fiscais partidários, sem padronização de vestuário.

Procedimentos policiais: detalhamento dos procedimentos para flagrantes de crimes eleitorais, incluindo gravação de abordagens, detenção de infratores, apreensão de materiais e arrolamento de testemunhas.

O evento foi realizado pela Academia de Ensino da Polícia Civil (Acadepol/PB) e destinado a gestores e outros membros da instituição. A palestra também foi transmitida ao vivo pelo canal da Polícia Civil da Paraíba no YouTube (youtube.com/PoliciaCivilPB).

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Paraíba

Missa de ação de graças pela liberdade de Lauremília reúne família no Mosteiro de São Bento; confira imagens

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O prefeito Cícero Lucena e a primeira-dama Lauremília Lucena participaram nesta terça-feira (1º) de uma missa de ação de graças no Mosteiro de São Bento, Centro da Capital, pela decisão judicial que reparou a injustiça cometida contra a família Lucena.

“Na casa de Deus, demonstro minha gratidão à Justiça por restaurar a verdade. Lauremília é uma mulher de 67 anos, mãe, avó e com uma vida dedicada a acolher os que mais precisam. João Pessoa a conhece e não é de hoje”, afirmou Cícero, que também esteve acompanhado de netos e dos filhos Janine, Mersinho e Mateus Lucena.

A celebração foi conduzida pelo monsenhor Robson Bezerra, acompanhado do monsenhor Ivônio Cassiano e o padre Ednaldo. Reuniu o vice-prefeito Leo Bezerra, parlamentares, amigos e apoiadores de Cícero Lucena. “Em nome da família Lucena, agradeço a todos que participaram da missa das 15h, celebrada todos os dias aqui no Mosteiro de São Bento. Quero rogar a Deus e pedir bençãos a todos e, especialmente à família Lucena, para que tenham paz e felicidade”, afirmou monsenhor Robson, diante da igreja lotada.

Confira imagens:

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