Paraíba
MPT-PB investiga empresas da Paraíba e de São Paulo por suposto assédio moral em reuniões online
O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) está investigando um caso de assédio moral envolvendo o nome da empresa paraibana Bentonisa Bentonita do Nordeste S.A. que teria contratado, ainda no início do ano de 2021, uma empresa paulista chamada Excellance Apoio Administrativo Ltda. para coordenar o projeto de reestruturação administrativa da Casa.
De acordo com a denúncia, para avançar no projeto, diversas reuniões online, comandadas pelo experiente Max Mustrangi, que é diretor da empresa paulista, passaram a ser realizadas com funcionários da empresa paraibana, porém, em vários momentos, os colaboradores, teriam se sentido expostos à situações vexatórias e de humilhação que consideraram tão graves que resolveram apresentar denúncia formal junto ao MPT-PB.
Clique nos players abaixo e confira trechos de algumas das ditas reuniões realizadas online:
Silêncio
Diante da situação o MPT-PB instaurou um inquérito civil para apurar o caso através do qual ambas as empresas já foram noticiadas, mas, de acordo com a matéria originalmente publicada no blog do Marcelo José, nenhuma das partes quis comentar sobre o assunto para maiores informações.
Confira abaixo trecho da imagem do Extrato de procedimento apresentado pelo MPT-PB através da Procuradoria Regional do Trabalho da 13ª Região, instalada em João Pessoa.
Números
O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) registrou 210 denúncias de assédio moral no trabalho e cinco denúncias de assédio sexual, em 2020, ano de início da pandemia (dados de 1º de janeiro a 31 de dezembro). Todas as denúncias geraram investigações no MPT e vários procedimentos de apuração, entre eles, 106 inquéritos civis (IC). As cinco denúncias de assédio sexual foram registradas contra cinco empresas diferentes na Paraíba, entre elas, um banco. No País, o MPT recebeu aproximadamente 5 mil denúncias de assédio moral em 2020 e cerca de 300 denúncias de assédio sexual.
O assédio no trabalho leva trabalhadoras e trabalhadores a situações que acabam gerando adoecimento mental. Há casos em que as vítimas pedem demissão do próprio trabalho. Por isso, o MPT abraça o ‘Setembro Amarelo’ e alerta para o adoecimento mental no ambiente de trabalho: assédios das mais diversas formas, pressão constante e outras condições degradantes podem gerar ansiedade, depressão, e outros problemas que colocam em risco a saúde mental – e a vida – do trabalhador.
