O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida por ano, o que representa quase 6% da população, perdendo apenas para os Estados Unidos em número dessas ocorrências. No mundo, são cerca de 800 mil suicídios anuais. Nesta sexta-feira (10), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) destacou a Lei 11.388/2019, de sua autoria, que cria na Paraíba a Política de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome da Depressão.
De acordo com a deputada, a Lei tem o objetivo de detectar a doença ou evidências de que ela possa vir a ocorrer, visando prevenir seu aparecimento. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, a depressão atinge cerca de 5% da população paraibana, o que corresponde a 188 mil pessoas. Este ano, o tema escolhido para lembrar a data é “Trabalhando Juntos para Prevenir o Suicídio”.
A Lei prevê ainda a realização de pesquisas visando ao diagnóstico precoce da depressão e seus distúrbios; evitar ou diminuir as graves complicações para a população decorrentes do desconhecimento acerca da depressão e seus tipos, bem como aglutinar ações e esforços para maximizar seus efeitos benéficos.
Também estão previstos a identificação, cadastramento e acompanhamento de pacientes da rede pública diagnosticados com depressão; conscientização de pacientes e de pessoas que desenvolvam atividades junto às unidades de saúde estaduais e privadas quanto aos sintomas e à gravidade da doença e abordagem do tema, quando da realização de reuniões, como forma de disseminar as informações a respeito da doença.
Mais números – Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Mais homens morrem devido ao suicídio do que mulheres (12,6 por cada 100 mil homens em comparação com 5,4 por cada 100 mil mulheres). As taxas de suicídio entre homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,5 por 100 mil). Para mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1 por 100 mil).