Nos acompanhe

Paraíba

Ricardo Coutinho projeta disputa ao Senado pelo PT e ‘sugere’ chapa com Cartaxo e Veneziano

Publicado

em

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou em entrevista aos blogs Conversa Política e Pleno Poder que será candidato ao Senado em qualquer cenário, em 2022, e dá como certo o apoio de Lula, pré-candidato à presidência. Ricardo também dá como “fechado” que será uma disputa com a “marca” da antiga casa, o Partido dos Trabalhadores.

Coutinho disse que estará pronto para disputa do ano que vem, dentro de uma chapa de oposição, com “algum” candidato ao governo, e ressaltou que quem acha que ele está inelegível vai se surpreender.

O ex-gestor não explicou, no entanto, como vai se “livrar” da inelegibilidade confirmada pelo TSE em novembro do ano passado, com validade até outubro do ano que vem, quando será realizado o próximo pleito.

Sobre o tema, especialistas confirmam inelegibilidade, mas expõem dúvidas sobre o fim da punição: se a data da eleição, o registro, as convenções ou a posse. Ricardo, como sabe bem, passeia sobre as interpretações.

A entrevista foi dividida em seis partes. Nelas, Ricardo Coutinho trata, além da filiação ao PT e a candidatura ao Senado, do desgaste provocado pela Operação Calvário, palanque de Lula e do governador João Azevêdo, relação com o PSB estadual, uma possível chapa com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o ex-prefeito da capital, Luciano Cartaxo (PV). Confira a entrevista:

Filiação ao PT e críticas ao PSB estadual

O ex-governador só não sabe a data, mas dá como certa a filiação dele e do seu grupo do PSB no Partido dos Trabalhadores da Paraíba.

Também estão de malas prontas para fazer a mudança com ele: as deputadas Cida Ramos e Estela Bezerra, o deputado Jeová Campos e a ex-prefeita de Conde, Márcia Lucena. Todos do PSB.

Coutinho minimiza as resistências que têm no partido. Segundo ele, uma minoria ligada ao governador João Azevêdo (Cidadania), seu ex-aliado. “Uma suposta resistência”, diz.

“Antes de qualquer decisão final, eu quero agradecer a receptividade das bases dos partidos dos trabalhadores. Mais de 80% das executivas municipais, a maioria da militância, e sabe que não pode se perder em coisas miúdas, que tem que olhar para uma coisa muito maior (cenário nacional e defesa da democracia”, argumentou.

Ricardo critica duramente a direção estadual do PSB, atualmente comandado pelo deputado federal Gervásio Maia.

“Nós temos problema no PSB da Paraíba. Onde o atual presidente, colocado por nós, ele preside como se o partido fosse uma ata embaixo do braço, onde ele faz o que bem entender. Terminaram, inclusive, mudando, na calada da noite, alterando a composição da Comissão Executiva, no dia 14 de julho. Nós só soubemos, agora, no início de agosto”, criticou.

Sobre ficar no PSB é um processo que, segundo ele, se exauriu. “Você não pode viver numa situação onde, repito, um presidente age dessa forma que, ao mesmo tempo considera Fundo Partidário com fundo pessoal.

Candidatura ao Senado e PSB nacional

Num segundo trecho, evita fazer críticas diretas ao presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, mas afirmou que o partido não deveria só apoiar o PT, e e sim ser instrumento de intervenção popular capaz de derrotar o bolsonarismo.

O ex-governador não deixa dúvida que vai enfrentar o tema da inelegibilidade para se candidatar ao Senado com apoio do ex-presidente Lula e com um candidato a governador que também terá o apoio do ex-presidente (ver parte 4).

“Eu sou pré-candidato ao Senado ao lado de uma candidatura ao lado de um candidato a governador e ao lado do presidente Lula […] Eu acho que a Paraíba não merece, na única vaga para o Senado, ter uma pessoa que faça parte desse conceito. É preciso ter alguém que dispute as eleições que ocupe esse campo, represente esse outro ideário”, defendeu.

“Vou disputar as eleições e, enquanto isso, a turma vai dizer que eu não sou candidato, que isso, que aquilo. E eu tô aqui recebendo muito apoio, entre aqueles que podem aparecer e um monte de gente da política que não pode aparecer, mas que aparecerá no decorrer dos três meses que faltarão para as eleições”, afirmou.

Críticas à Calvário e acusações contra João Azevêdo

O ex-governador falou ainda sobre o impacto da Operação Calvário e das acusações der ser o chefe de uma “organização criminosa” que desviou dinheiro da Saúde e Educação quando ele comandou o estado entre 2011 e 2018.

Coutinho se diz vítima de uma perseguição, de denúncias sem provas, baseadas em delações feitas após coação.

“Eu vou encontrar Justiça. Se não encontrar aqui, eu vou encontrar em outro canto. Nós vamos encontrar em outras instâncias. Por que você não pode destruir, ou tentar destruir alguém porque tem algum ódio, ou simplesmente porque atende uma diretriz política. O Ministério Público é uma instituição extremamente importante, nesse arcabouço democrático. O judiciário é outra instituição fundamental”, afirmou.

Na argumentação, afirmou que “nós tivemos no Brasil, uma intromissão indevida, criminalizando a política e perseguindo, claramente, correntes de opinião”.

Em outro momento, o governador se defende das denúncias, afirmando que a única prova concreta que a operação Calvário encontrou “era a história do Rio de Janeiro”, fazendo referência às caixas de vinho que estaria preenchidas com dinheiro do esquema, não o atinge diretamente.

“Eleição de quem? Minha é que não era. Foi eleições de João Azevêdo, nem candidato fui. Eu nunca me envolvi”, enfatizou.

Delações dos ex-secretários Livânia Farias e Ivan Burity

Sobre perseguição política, usou como exemplo as delações de uma das suas auxiliares mais próximas, a ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias e de Ivan Burity, ex-secretário Adjunto de Turismo. Os dois foram presos e acusaram o ex-governador de comandar o esquema de desvios de recursos.

Ricardo afirmou que eles foram coagidos, constrangidos e por isso falaram tudo o que os acusadores queriam.

Ivan Burity nunca teve uma reunião comigo como é que alguém pode afirmar isso (que ele era chefe de uma organização criminosa), se não foi realmente coação […] Livânia me chamou de Ricardo Vieira Coutinho, não sei se você prestou atenção. Ela nunca me chamou de Ricardo Vieira Coutinho. Era o script. Uma pessoa presa é capaz de muita coisa. Ninguém duvide disso não. Uma pessoa presa e com ameaça aos familiares, incluindo mãe”, argumentou.

Possível chapa com Cartaxo e Veneziano

De volta ao tema da política, Ricardo Coutinho afirmou que não tem obstáculo nenhum para formar um grupo com o ex-prefeito da capital, Luciano Cartaxo; e o senador Veneziano Vital do Rêgo. “Há espaço de convergência e acho que há uma necessidade de convergência”

Ambos conversaram com Lula e lideranças do PT, recentemente. No âmbito estadual, uma aliança com Vené, necessariamente, obriga um rompimento do senador com o governador João Azevêdo.

O ex-governador insinua que o governo tomou o partido Podemos, que era dirigido pela esposa de Veneziano, e essa foi uma mostra clara de que o senador não é respeitado no grupo.

“Qual o melhor momento de Veneziano na política. É ficar no governo? Que de tão mesquinho, tão fraco, tem medo até da sombra, é capaz de tomar uma partido (Podemos) de um dito aliado, colocando cinco deputados estaduais. Batom na cueca, amigo”, explicou.

Ao analisar o cenário, Coutinho também afaga o ex-aliado e ex-adversário, Luciano Cartaxo. O ex-prefeito, também sem mandato, está próximo de Lula, faz oposição a João Azevêdo, mas ainda não definiu qual o cargo vai se candidatar ano que vem.

“Luciano Cartaxo, no meu entender, ele deveria ter saído candidato a governador (em 2018) […] mesmo perdendo, ele seria um líder da oposição. Era uma estratégia que eu particularmente fiz em 2010. Eu sabia que ali nós estávamos uma alternativa totalmente diferente da política oligárquica paraibana, mesmo que perdesse. E eu saí da prefeitura”, analisou.

E continuou: ” Eu acho que Cartaxo tem potencial para disputar uma majoritária e acho que ele precisa estar dentro desse bloco de apoio a essa mudança no Brasil, a essa frente contra o bolsonarismo”, afirmou.

A impossibilidade de subir no mesmo palanque de João Azevêdo e ameaças de Bolsonaro

Quando questionado sobre subir no mesmo palanque de João Azevêdo, em nome do apoio a Lula, Coutinho afirma que é impossível. Compara João ao ex-ministro de Lula, Antônio Palocci, que quando esteve preso na Operação Lava Jato “traiu”, segundo ele, o ex-presidente.

Segundo Ricardo Coutinho, não se trata de disputa política, mas de caráter. “Fazer o que eu fiz pela continuidade do projeto e respeitos aos companheiros que porventura construísse isso. Nunca pedi nada pra mim e você chegar e perceber um cara vir de forma esquisita para fazer um acordo”, completou.

A entrevista foi concedida ao Blog Conversa Política

Continue Lendo

Paraíba

Proposta para programa de incentivo ao esporte é lançada e João Pessoa poderá ter ‘Bolsa Atleta’

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Pelo quarto ano consecutivo, o vereador de João Pessoa, Tarcísio Jardim (PP), apresentou uma emenda para ser implementada na Lei Orçamentária Anual (LOA) visando a criação do programa ‘Bolsa Atleta’ na Capital.

A proposta tem como objetivo oferecer auxílio financeiro aos atletas, fomentando o esporte local e possibilitando melhores condições para competições e treinamentos nacionais e internacionais.

O parlamentar, que tem como foco do mandato atuação em prol do esporte, destacou a importância da destinação de recursos como uma ferramenta de desenvolvimento profissional dos desportistas. Os comentários dele foram registrados durante o programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM desta terça-feira (26/11).

“Todos os anos na Lei Orçamentária Anual, a gente coloca essa essa emenda para que seja instaurado, seja iniciado o processo de pagamento do Bolsa Atleta em João Pessoa. João Pessoa é uma cidade capital do Estado. A gente tem grandes talentos esportivos aqui que ganham o cenário nacional e internacional, e a gente ainda não tem um bolsa atleta. Bolsa Atleta é uma forma de você meio que profissionalizar aqueles atletas ali, amadores, que estão no início de carreira e precisam de uma sustentabilidade financeira para continuar com seu treinamento e continuar com a sua vida competitiva. Então, você receber ali um salário para você estar treinando e desenvolvendo o seu trabalho de competição, você podendo bancar a sua passagem, você podendo bancar sua suplementação. Isso é muito importante. Todos os anos, primeiro, segundo, terceiro e agora no quarto ano como vereador, a gente coloca essa emenda na LOA para que seja instaurado esse projeto de bolsa atleta aqui, porque isso é uma necessidade”, frisou.

Ouça:

 

Continue Lendo

Paraíba

MDIR reconhece situação de emergência em quatro cidades da Paraíba devido à estiagem; confira

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (22), a situação de emergência em quatro cidades paraibanas afetadas pela estiagem. A portaria com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Confira mais detalhes abaixo:

Portaria nº 3.890

Foram afetadas as cidades de Cubati, Gurjão, Maturéia e Pedra Lavrada. Agora, as prefeituras estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil.

Até o momento, lembra o Brasil 61, a Paraíba tem 71 reconhecimentos vigentes, todos por estiagem.

Como solicitar recursos

Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

Continue Lendo

Paraíba

Leo Bezerra autoriza pavimentação em Paratibe e Muçumagro e destaca avanço do programa em JP

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O prefeito em exercício de João Pessoa, Leo Bezerra, autorizou, nesta terça-feira (26), o início das obras de pavimentação em oito ruas do bairro de Paratibe e uma em Muçumagro e garantiu que o maior programa de pavimentação da história da cidade vai seguir avançando por todos os bairros até que a cidade fique totalmente pavimentada. Só em Paratibe, são 70 vias incluídas, sendo nove já inauguradas, 54 contratadas e outras sete em projeto.

“Nós não prometemos isso na eleição passada e estamos pavimentando 1.508 ruas este ano. Agora, a gente firmou um compromisso, porque quem calçou 1.500 tem credibilidade de dizer que vai calçar 100% de João Pessoa. Com o calçamento de ruas, com o piso tátil, com a calçada, com acessibilidade, e basta ver nos sorrisos, nos depoimentos das pessoas que nos procuram, e as pessoas que estão acreditando na nossa gestão”, afirmou Leo Bezerra.

Investimento em Infraestrutura – De acordo com o secretário de Infraestrutura, Rubens Falcão, já são 1.740 ordens de serviço assinadas para obras em todas as áreas, entre já inauguradas, contratadas e com serviços em andamento. “Esse dado representa R$ 1,2 bilhão”, detalhou o secretário. “Aqui, na Rua Chateaubriand Brasil Neto, as obras de pavimentação seguem o mesmo padrão de todos os bairros da cidade, com infraestrutura completa e acessibilidade para as pessoas com necessidades, porque essa é a marca da nossa gestão”, concluiu.

Fim da espera – Na Rua Chateaubriand Brasil Neto, a comerciante Elisângela Silva Pereira comemorou o anúncio das obras que, segundo ela, irão acabar com problemas que duram 25 anos – tempo em que os moradores convivem com a dificuldade de locomoção, buracos, poeira e acúmulo de água no período chuvoso.

“Quem tem carro, é muito difícil até pra sair de casa com tanto buraco. Nós que temos moto, no caso eu e meu marido, não temos tanta dificuldade com isso, porque passamos em qualquer lugar. Diante de tantos problemas, nós até já fizemos, por conta própria, um nivelamento na rua, o que nem é suficiente para os transtornos. Mas, graças a Deus, agora acreditamos que a rua vai ser pavimentada, finalmente”, afirmou a moradora.

Presença – A solenidade para assinatura da ordem de serviço no bairro Paratibe também contou com as presenças do deputado estadual João Gonçalves, os vereadores Dinho Dowsley, Marmuthe Cavalcanti, Marcelo da Torre, além de suplentes e secretários da gestão municipal.

Confira a relação das ruas que serão pavimentadas, nesta ordem de serviço, com investimento de R$ 2,4 milhões:

Rua Santa Gorete – Muçumagro
Rua Chateaubrian Brasil Neto – Paratibe
Rua Antônio Da Cunha Filho – Paratibe
Rua Aposentado Luiz Leonardo Da Silva – Paratibe
Rua Custódia Nóbrega – Paratibe
Rua Funcionário Alcides Severino Dos Santos – Paratibe
Rua Heleno Francisco Pereira – Paratibe
Rua João Gonçalves Ribeiro – Paratibe
Rua Tenente Berto Luiz Gomes – Paratibe

Continue Lendo