A Gerência Regional da Cagepa com sede em Guarabira anunciou, nesta terça-feira (29), que os municípios de Serra da Raiz, Duas Estradas, Lagoa de Dentro, Sertãozinho e Pirpirituba ficarão sem água no mês de julho devido ao baixo nível da barragem Canafístula I, que abastece as cidades. A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) esteve na região nesta quarta-feira (30) e cobrou do Governo do Estado que solucione o problema o mais rápido possível.
“O governador João Azevedo não sabe o que é ficar sem água na torneira, pois na Granja Santana não falta água. Ele não se coloca no lugar do outro, não tem humanidade. O colapso de abastecimento na região já vinha sendo denunciado. Há dois anos já pedíamos uma solução, uma alternativa para o aparecimento da população e agora temos que ouvir que as pessoas ficarão sem água até chover. Isso é revoltante”, disse.
Com a suspensão do serviço, as cidades serão abastecidas em escala mensal, com a distribuição sendo normalizada apenas com a chegada das chuvas. Camila ressalta que os moradores da região temem o colapso, pois não possuem capacidade hídrica para suportar a falta de água.
“A população está desesperada, porque não possui abastecimento para nem cinco dias de água, muito menos para aguardar as chuvas. Isso é um absurdo. Fizemos uma audiência há pouco tempo, e há dois anos estive na Cagepa cobrando uma solução para esse problema que é recorrente. Eles deixaram chegar no fundo do poço e não estão fazendo nada para resolver”, lamentou.
Camila cobra o envio de caminhões-pipas para amenizar o problema, já que não há previsão de quando voltará à normalidade. “É preciso uma solução que, pelo menos, amenize o sofrimento durante esses dez dias sem água. A população não deve ser penalizada devido a falta de capacidade e qualidade desse serviço, que ainda por cima não é barato”, considerou.
Em 2019, a deputada foi até a sede da Companhia em busca de soluções para a falta de água nos municípios de Pirpirituba e Lagoa de Dentro. Na época, ela pediu providências para solucionar o problema de racionamento e ainda solicitou a conclusão das obras da expansão da rede. Passados dois anos, ainda não houve uma resposta para os transtornos enfrentados pelos moradores.
“As cidades vão realmente colapsar 100%, e o mais revoltante é que não foi por falta de aviso. Estamos há anos cobrando um serviço que garanta o mínimo para o fornecimento, e não há”, criticou.
Falta de água – Além dos cinco municípios que ficarão sem água durante o mês de julho, Bananeiras e Solânea serão abastecidas a cada 15 dias.