O projeto Meninas na Ciência da Computação, coordenado pelas professoras Josilene Aires e Giorgia Mattos, do Centro de Informática, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é uma das 12 propostas brasileiras com inscrições aprovadas na chamada pública Garotas STEM: Formando futuras cientistas ( STEM, sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharias e matemáticas). Ao todo, foram recebidas mais de 170 inscrições, das cinco regiões do país.
A parceria entre o British Council, King’s College of London e o Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro, oferece apoio técnico para projetos que tenham como objetivo incentivar e ampliar a participação de garotas estudantes dos ensinos fundamental e médio nas áreas das ciências exatas e naturais, engenharias e computação.
Os coordenadores dos 12 projetos selecionados estão recebendo treinamento online, desde maio passado. A capacitação versa sobre temas como Introdução à igualdade de gênero em STEM; Práticas de Ensino inclusivas; As abordagens de ensino Aspire e Science Capital; Abordagem whole-school para aprimorar o equilíbrio de gênero em STEM, além de Comunicação efetiva com pais e responsáveis em relação ao equilíbrio de gênero na STEM.
Atualmente, o projeto de extensão “Meninas na Ciência da Computação: despertando vocações através do conhecimento” está oferecendo formação a alunas de três escolas do ensino médio de João Pessoa: Celestin Malzac, no bairro de Valentina, Colégio da Polícia Militar, em Mangabeira, e ECIT João Pereira Gomes, também em Mangabeira.
O projeto teve início há sete anos e ensina os primeiros passos da robótica e de programação a jovens meninas do ensino médio, em escolas públicas de João Pessoa. A finalidade é estimulá-las a ingressarem nos cursos de graduação da área de Informática e promover a inclusão digital, fomentando a iniciação no universo da computação.
“Desde 2014, realizamos oficinas de programação e robótica, desenvolvimento de aplicativos, visitas aos laboratórios da Universidade, debates e palestras sobre equidade de gênero nas áreas STEM em escolas públicas da região”, contou a cientista da computação Josilene Aires Moreira, do Centro de Informática da UFPB e uma das coordenadoras do projeto.
Segundo ela, 65% dos 1.866 frequentadores de cursos STEM na instituição são homens. Em 2018, no curso de bacharelado em Ciência da Computação da UFPB, apenas 10% dos alunos eram mulheres. Na engenharia computacional, elas são 17%.
Mais informações sobre o projeto Meninas na Ciência da Computação podem ser obtidas nos perfis no Instagram: @mccufpb e @extmcc