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Gravada na PB, Série “Onde Nascem Os Fortes” traz histórias de amor e ódio no NE

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CARIRI PARAIBANO – Pelas estradas de terra que ligam as cidades da região chamada de Cariri Paraibano, no interior do Estado, circulam democraticamente carros, cavalos, motos. A trilha sonora regional é cortejada, o que não impede que os sucessos radiofônicos sejam ouvidos por todo canto. É esse o Nordeste contemporâneo que o autor George Moura não só desejava como cenário, mas também que se tornasse elemento fundamental de sua supersérie Onde Nascem Os Fortes, que tem previsão de estrear na Globo em abril. O sertão é um personagem mesmo, assinala o diretor artístico José Luiz Villamarim. “Tudo está nesse lugar: os silêncios, o tempo, o calor, a poeira, a solidão”, diz. “Para contar essa história, a gente tinha de vir para cá, tinha que ficar aqui. Esse projeto parte desse pressuposto”, completa ele, que está há três meses imerso com sua equipe no local, informa reportagem de Adriana Del Ré, O Estado de S.Paulo.

E, para Villamarim, conhecer o Lajedo de Pai Mateus, uma impressionante elevação rochosa situada em Cabaceiras – que destoa de todo aquele cenário de terra e plantas secas do entorno –, foi decisivo para ele entender o personagem Samir (Irandhir Santos), uma espécie de líder religioso da cidade fictícia Sertão que carrega a essência do sincretismo. A equipe da supersérie fez um trabalho primoroso de intervenção no Lajedo: integrado a grandes pedras, o reduto de Samir foi construído com galhos de PVC, que reproduzem fielmente um tipo de ramo da região.

Em Onde Nascem Os Fortes, George, Villamarim e o diretor Walter Carvalho voltam a trabalhar juntos. Essa parceria já rendeu importantes trabalhos, em O Canto da SereiaAmores Roubados e O Rebu, e, pelas cenas gravadas às quais a reportagem do Estadoassistiu, a supersérie promete ser outra produção de tirar o fôlego com a assinatura do trio. “Eu queria contar uma história que fosse uma história de paixões. A paixão cria o amor, mas cria também, às vezes, o ódio, e diante do ódio, só tem uma saída, que é o perdão. Então, temos histórias de paixões, que criam o amor, que criam ódio, e nos empurram para o perdão”, conceitua George, que escreve a supersérie com Sergio Goldenberg.

Na trama, os irmãos gêmeos Maria (Alice Wegmann) e Nonato (Marco Pigossi) viajam para Sertão, onde a mãe deles, a engenheira química Cássia (Patricia Pillar), nasceu e saiu de lá para estudar no Recife. Contra a vontade dela, os dois partem para a cidade à procura de novas trilhas de bicicleta. E, ao chegarem lá, suas vidas vão ser abaladas para sempre. Maria se apaixona por Hermano (Gabriel Leone), filho de Rosinete (Debora Bloch) e Pedro Gouveia (Alexandre Nero), dono da maior fábrica de bentonita da região – e uma atualização da velha figura do coronel. Já Nonato, após flertar com a amante de Pedro, Joana (Maeve Jinkings), some misteriosamente.

É a partir desse ponto que se inicia a trajetória de todos os personagens, que, de uma maneira ou outra, vão ser afetados por esse mistério – e vão ser revelados em suas camadas mais profundas. Cássia se vê obrigada a voltar a Sertão para ajudar a filha na busca por Nonato. Por causa das circunstâncias que antecederam o sumiço do rapaz, Pedro acaba se tornando o suspeito número 1 aos olhos de Maria. Mas ela mexe com a pessoa errada.

Pedro também é o homem que ajuda Cássia quando ela chega à cidade, e, mais adiante, insinua-se um triângulo amoroso entre ela, Pedro e o juiz Ramiro (Fabio Assunção), o homem que se mostra prestativo na busca de Cássia pelo filho desaparecido, mas tem interesses escusos nessa história. “Ele é o poder da cidade, é o cara da lei: não as leis maiores, mas o poder de arquivar um processo, manipular uma prova”, descreve Fabio Assunção. A supersérie marca a volta do ator ao drama, após cerca de cinco anos emendando comédias românticas. Quase irreconhecível com barba e cabelo grisalhos, Fabio, em cena, aparecerá sempre em figurinos de linho, numa inspiração visual à Ariano Suassuna. Ao que tudo indica, deve ser um dos grandes papéis da carreira do ator.

No dia 9, Fabio, assim como Patricia, voltou à Paraíba para mais gravações. Na cidade de Soledade, os dois fizeram algumas cenas juntos. Em uma delas, Cássia, acompanhada pelo juiz, entra num bar, onde fica revoltada ao encontrar um cartaz que oferece recompensa para quem localizar sua filha, Maria – e não daremos aqui mais nenhum detalhe sobre o motivo de ela estar foragida. Em outra cena, os dois estão dentro do carro, e, do lado de fora, uma nuvem de poeira os envolve. A poeira, aliás, acaba criando a estética da supersérie. A poeira das estradas de terra, a poeira que flutua na fábrica de bentonita – e que encobrem o povo de Sertão e seus segredos.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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