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Paraíba

Inscrições abertas: Encontro Interinstitucional dos MPPI e MPPB discute direitos das vítimas

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Direitos das vítimas é o tema central do Encontro Interinstitucional dos Ministérios Públicos do Estados do Piauí (MPPI) e da Paraíba (MPPB), que acontece nas próximas segunda e terça-feira (5 e 6/4). O evento será online e dirigido a membros e servidores do Ministério Público, como também a operadores do Direito, a profissionais que atuam em áreas com foco na temática e demais interessados no assunto, que queiram aprofundar seus conhecimentos no sentido de enxergar as vítimas de crimes como sujeitos de direitos. As inscrições devem ser feitas AQUI e a transmissão ocorrerá pelo canal do MPPI no youtube (youtube.com/mppioficial).

A abertura do encontro acontecerá às 15h da segunda-feira, pela procuradora-geral de Justiça do MPPI, Carmelina Maria Mendes de Moura; pelo procurador-geral de Justiça do MPPB, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, e pelo presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Manoel Victor Sereni Murrieta e Tavares. Logo após, será iniciada uma série de painéis, que incluem apresentações dos projetos Nupar, do MPPI, e Reparação, Florescer e Refletir, do MPPB, além de palestras sobre os temas: desafios para implementação da Lei da Escuta Protegida, Vítimas de crimes cibernéticos, Obrigações processuais penais positivas e o direito das vítimas, Heurísticas, vieses e arquétipos: a influência da vítima no sistema de tomada de decisão dos jurados e Repercussões psicológicas nas vítimas de crime.

O procurador-geral Francisco Seráphico destaca a importância do tema para os que compõem o Ministério Público e para toda a sociedade. “O evento é fruto de uma parceria entre o MPPB e o MPPI. O Ministério Público do Piauí concebeu a ideia desse evento interinstitucional, com a participação de integrantes do MP dos dois Estados e de outros convidados. O interessante é que a gente vence as barreiras geográficas para tratar de um tema que diz respeito a todo o Ministério Público brasileiro, que é a questão dos direitos das vítimas. Então, o evento visa chamar a atenção de todos os operadores do direito, sobretudo dos membros do Ministério Público, para a necessidade de se dar a devida atenção às vítimas”, explicou.

 

A vítima: sujeito de direitos

O coordenador do CAO Criminal do MPPB, Lúcio Mendes Cavalcante, destacou que é essencial que os operadores do Direito e a sociedade não esqueçam que a vítima é um sujeito de direitos no processo penal. “Ela não é apenas um objeto de provas, um declarante ou alguém que vai prestar um testemunho. É uma pessoa que sofreu um dano, um ser humano dotado de dignidade e que precisa ser acolhido, amparado e protegido pelo sistema processual penal. E o Ministério Público é, naturalmente, a instituição vocacionada a dar essa proteção e esse amparo à vítima. Assim como o réu tem garantias processuais (do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório), a vítima mais do que o réu precisa ter garantias jurídico-processuais, direito de ser informado do andamento do processo, direito de ter reparação pelos danos provocados pelo crime, dentre outros que trataremos no evento”.

O evento é organizado pelos centros de Apoio Operacional das Promotorias Criminais do MPPI (CAOCrim) e  do MPPB (CAO Criminal), em parceria com os centros de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) das duas instituições.

Programação:


5/4 – 1º dia

15h – Abertura

PGJ MPPI Carmelita Moura

PGJ MPPB Francisco Seráphico

Presidente da Conamp – Manoel Murrieta

15h30 – Apresentação do Nupar, do MPPI

16h – Apresentação dos projetos Reparação, Florescer e Refletir, do MPPB

16h30 – Tema: Desafios para implementação da lei da Escuta Protegida

Palestrante: Denise Villela – MPRS

Mediadora: Sílvia Reis – MPPI

17h30 – Tema: Vítimas de crimes cibernéticos

Palestrante: Christianne Bensoussan – MPMG

Mediador: José Guilherme Soares Lemos – MPPB

18h30 – Encerramento do primeiro dia – Lúcio Mendes Cavalcante – coordenador do CAO Criminal-MPPB

 

6/4 – 2º dia 

 

14h45 – Abertura

Eliana Gaia, promotora de Justiça do MPPE

Lélio Calhau, promotor de Justiça do MPMG

15h – Tema: Obrigações processuais penais positivas e o direito das vítimas

Palestrante: Douglas Fischer – MPF

Mediador: Dmitri Nóbrega Amorim – MPPB

16h – Tema: Heurísticas, vieses e arquétipos: a influência da vítima no sistema de tomada de decisão dos jurados

Palestrante: Danni Sales – MPGO

Mediador: Márcio Giorgi Carcará – MPPI

17h – Tema: Repercussões psicológicas nas vítimas de crime

Palestrante: Cíntia Yoshihara, psicóloga

Mediadora: Lianda Nogueira Soares da Silva – MPPI

18h – Encerramento: Luana Azerêdo – coordenadora do CAOCrim-MPPI

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R$ 38 mi: Governo Federal descentraliza verba para retomada imediata da Operação Carro-Pipa na PB

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O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informa que descentralizou nesta terça-feira (26/11) o valor de R$ 38.096.775,00 para o Exército Brasileiro, para realização dos pagamentos da Operação Carro-Pipa, que leva água potável para municípios localizados na região semiárida do Nordeste.

Com isso, o programa poderá ser retomado imediatamente.

Criada em setembro de 2012, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a Operação Carro Pipa atende atualmente 344 municípios na região do semiárido nordestino em situação de emergência ou calamidade pública com reconhecimento da Defesa Civil Nacional.

Com um papel crucial na vida de milhões de brasileiros que vivem na região do semiárido, a OCP é uma ação emergencial coordenada pelo MIDR e pelo Exército com o objetivo de garantir o acesso à água potável em municípios que sofrem com a escassez hídrica, um problema recorrente nessa região do País.

De 2023 a 2024, mais de 500 municípios foram atendidos. Atualmente, a operação abastece cerca de 34 mil cisternas coletivas, proporcionando acesso à água potável mensalmente para mais de 1,5 milhão de pessoas.

De janeiro a agosto deste ano, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 500 milhões para garantir a execução da OCP. No mesmo período, foram transportados 12 milhões de litros de água para essas comunidades, reforçando o papel da operação na mitigação dos efeitos da seca.

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Por aclamação: Adriano Galdino é reeleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba

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O deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) foi reeleito, por aclamação, para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta terça-feira (26/11), e irá comandar a Casa Legislativa durante o biênio 2025-2026.

A nova eleição ocorreu após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa.

A mudança do Regimento aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada de Galdino como presidente da Casa Legislativa fosse oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, à época, a antecipação da dita eleição feriu “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

Na nova votação realizada nesta terça-feira, o único parlamentar ausente por motivos pessoais foi o deputado Wallber Virgolino (PL). Os outros 35 se fizeram presentes e votaram na reeleição de Galdino.

Além de Galdino (presidente), são componentes da nova Mesa Diretora da ALPB os deputados: Felipe Leitão (1º vice-presidente), Cida Ramos (2ª vice-presidente) e Taciano Diniz (3º vice-presidente), Caio Roberto (4º vice-presidente), Tovar Correia Lima (1º secretário), Eduardo Carneiro (2º secretário), Anderson Monteiro (3º secretário), Jane Panta (4ª secretária), Sargento Neto (1º suplente), Galego de Sousa (2º suplente), Eduardo Brito (3º suplente) e Júnior Araújo (4º suplente), Wallber Virgolino (corregedor parlamentar), Branco Mendes (1º corregedor), Jutay Meneses (2º corregedor) e George Morais (4º corregedor).

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Justiça da PB dá prazo e Prefeituras terão que demitir servidores irregulares até o próximo sábado

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O Juízo da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga deferiu em parte as tutelas de urgência pedidas pelo Ministério Público da Paraíba e determinou que os Municípios de Boa Ventura e Serra Grande adotem medidas para corrigir irregularidades constatadas na contratação de servidores. Uma das providências que deverá ser adotada, até o próximo sábado (30/11), é a rescisão dos contratos temporários.

A decisão judicial também determina que os gestores deixem de prorrogar e/ou firmar novos contratos em relação a todos os contratados admitidos há mais de 24 meses, no caso de Boa Ventura, e há mais de um ano, no caso de Serra Grande. Além disso, os Municípios deverão se abster de firmar novos contratos temporários por excepcional interesse público com prazos que ultrapassem um ano, incluída a prorrogação.

Também deverão reduzir a quantidade de servidores contratados temporariamente de forma gradual, preservando a continuidade do serviço público. Até o próximo dia 30, o número de contratados por excepcional interesse público deverá ser reduzido em 50% e, até 31 de dezembro, em 75%. Em caso de descumprimento de cada uma dessas medidas, será aplicada multa diária de R$ 1 mil até o montante de R$ 100 mil.

Os pedidos liminares foram feitos pelo promotor de Justiça de Itaporanga, Charles Duanne Casimiro de Oliveira, nas ações civis públicas 0803957-91.2024.8.15.0211 e 0804010-72.2024.8.15.0211, propostas em face dos Municípios de Boa Ventura e Serra Grande, respectivamente.

Além dessas providências, o MPPB também requereu que os Municípios sejam obrigados a realizarem concurso público para provimento de cargos efetivos de necessidade permanente. Esse pedido não foi deferido pelo juiz João Lucas Souto Gil Messias, que entendeu ser necessária dilação probatória para saber sobre questões orçamentária e de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal para que não haja quebra da independência entre os poderes.

Investigação

As ações são desdobramentos dos inquéritos civis públicos 047.2023.000573  e 001.2022.061814, instaurados na Promotoria de Justiça de Itaporanga para investigar irregularidades nas contratações por excepcional interesse público em Boa Ventura e Serra Grande.

Conforme explicou o promotor de Justiça, foram identificados diversos vínculos contratuais temporários nos dois municípios, por período significativo de tempo  (alguns há mais de cinco anos), em desacordo com o ordenamento jurídico. “O acervo documental revela a prática contumaz e intencional de efetuar contratações precárias de pessoal, em desacordo com as Constituições Federal e Estadual”, disse.

Segundo ele, os dois Municípios violam a regra da obrigatoriedade de aprovação em concurso público para ingresso no serviço público, pois admitiram pessoal para o exercício de serviços não temporários, mas permanentes, afetos às finalidades próprias e à rotina da administração pública municipal.

Contratados x efetivos 

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de contratados supera e muito o número de servidores efetivos, o que levou o TCE a emitir alertas para que os Municípios corrigissem a ilegalidade.

Até abril deste ano, Boa Ventura possuía 152 servidores municipais contratados por excepcional interesse público e o Município de Serra Grande aumentou em 62,5% o número de contratados por excepcional interesse público, possuindo, até o final de 2023, 39 contratados. Conforme destacou o promotor de Justiça, essa situação afronta a ordem constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Foi constatado ainda que leis municipais que versam sobre as contratações temporárias de excepcional interesse público também estão eivadas de inconstitucionalidade, pois não atendem ao prazo de um ano estabelecido pelo STF (ADI 3.649-DF).

O promotor de Justiça destacou ainda que os Municípios não atenderam à recomendação ministerial expedida sobre a matéria, nem demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver o problema, não restando outra alternativa ao MPPB a não ser a propositura das ações civis públicas, cujo mérito ainda será julgado.

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