O médico paraibano Marcelo Queiroga, que será o novo ministro da Saúde a partir da nomeação na quinta-feira (18), apesar de ter sido indicado por Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e de ser bolsonarista, também mantém diálogo aberto com políticos do chamado ‘Centrão’, em Brasília.
A informação, que foi publicada em uma matéria do Estadão, ainda diz que Queiroga ainda possui um bom trânsito entre secretários de Estados e Municípios brasileiros.
O novo ministro já teve uma conversa com deputados nesta semana e, segundo uma parlamentar, o médico afirmou que terá liberdade para montar a sua equipe, informação esta que foi recebida com ceticismo por alguns presentes.
O paraibano, em uma entrevista concedida à reportagem da Folha, afirmou que pretende chamar secretários estaduais e municipais e articular um movimento de “união nacional” e superar a situação dramática que o país atravessa por causa da epidemia e que, para tanto, já teria entrado em contato com alguns deles e, estrategicamente também com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que representa o fórum dos governadores.
Mesmo sendo alinhado ao pensamento bolsonarista, Queiroga afirmou que não condenará medidas regionais de isolamento social que forem decretadas, mas, que a vacinação em massa será a maior das suas prioridades à frente do cargo.
“O presidente quer que eu dialogue em nome da saúde no Brasil”, disse Queiroga que, logo em seguida, fez referência à Igreja Católica.
“A Igreja, quando passava por uma crise, foi buscar um padre de longe [na Argentina, fora do circuito europeu] para resolver. Não quero me comparar ao papa Francisco, longe de mim. Mas o presidente Bolsonaro foi buscar alguém lá de longe, na Paraíba, para tentar superar os problemas. Sou um homem do diálogo”, afirma.