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Entidades chegam a acordo pelo direito de ressarcimento de planos econômicos

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A espera de milhões de brasileiros que sofreram perdas financeiras em decorrência de planos econômicos criados por diferentes governos federais, entre os anos de 1987 e 1991, pode estar chegando ao fim. Nesta segunda-feira (11), foi assinado um acordo entre o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e a Febrapo (Frente Brasileira dos Poupadores), representando os poupadores, e a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), respondendo pelos bancos. O acordo foi mediado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Banco Central.

Essa batalha foi iniciada há mais de 27 anos pelo Idec, que neste período esteve à frente de diversas ações pleiteando o direito dos poupadores. A primeira foi proposta em maio de 1990, para reivindicar as diferenças do Plano Verão para quatro associados. Desde então, foram ajuizados aproximadamente 300 processos para associados e 90 Ações Civis Públicas (ACPs) com o objetivo de beneficiar todos os consumidores lesados, independentemente de serem ou não ligados ao Instituto.

Durante toda a década de 1990 e até o fim dos anos 2000, os tribunais reconheceram e consolidaram o direito à reparação dos prejuízos, o que gerou ressarcimento a milhares de poupadores. Mas, em 2009, os bancos ingressaram com a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 165 no Supremo Tribunal Federal (STF) para extinguir todos os processos relacionados aos planos econômicos. E, a partir de 2010, muitos aspectos já pacificados a favor dos poupadores começaram a ser alterados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido a recursos protelatórios dos bancos em ações que já tinham decisão definitiva e, por isso, muitos processos ficaram sem desfecho até hoje.

Em defesa dos poupadores, o Idec produziu estudos jurídicos e econômicos, atuou como amicus curie (amigo da corte) no STF, reuniu-se com os ministros das duas Cortes e mobilizou consumidores em diversas campanhas públicas. No entanto, esse esforço não foi suficiente para evitar retrocessos. Enquanto o STF não concluía o julgamento da ADPF, o STJ adotou posicionamento favorável aos bancos: em 2010, reduziu de 20 para 5 anos o prazo para ingressar com ações civis públicas e, em 2015, afastou a aplicação de juros remuneratórios, o que reduziu em cerca de 70% o valor das indenizações a serem pagas aos poupadores.

“Essa disputa judicial tão longa foi marcada por vitórias e derrotas dos consumidores que buscavam seus direitos. Porém, as últimas decisões do STJ deixaram os consumidores em um terreno de pouca segurança no sentido de conquistas mais consistentes”, explicou Walter Moura, advogado do Idec à frente das tratativas durante as negociações.

Em busca de opções para que seus associados e consumidores pudessem ser ressarcidos, em fevereiro de 2016, o Idec enviou um pedido para que a AGU mediasse negociação com a Febraban, com a finalidade de encerrar o trâmite dessas ações.

O acordo assinado estabeleceu o pagamento aos poupadores que já ajuizaram processos judiciais, individualmente ou por meio de associações, como o Idec, e pode colocar um ponto final na odisséia desses brasileiros, em sua maioria, idosos, que lutaram por muitos anos em busca dos seus direitos. “A atuação da AGU (Advocacia Geral da União), em especial a liderança da Ministra Grace Mendonça, foi determinante para o resultado obtido, que encerra o longo martírio dos poupadores que viam seus direitos sendo drasticamente reduzidos pelo STJ. A negociação de um acordo é uma opção para receber a reparação que lhes é devida, mesmo que parcialmente.”, ressaltou Marilena Lazzarini, presidente do Conselho Diretor do Idec.

Saiba mais informações sobre o planos econômicos no especial produzido pelo Idec.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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