João Pessoa pode ter, em breve, um plano de desenvolvimento voltado para o setor de audiovisual. A possibilidade foi discutida em reunião virtual nesta terça-feira (2) envolvendo a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e o Polo de Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, que fica no município de Cataguases. A perspectiva é de que grandes projetos poderão surgir a partir da troca de experiências.
Durante a reunião, César Piva deu o panorama da experiência de 20 anos da instalação do Polo na região da Zona da Mata, e disse que o Polo está totalmente à disposição da Funjope, da Prefeitura de João Pessoa para, em parceria, criar um plano de desenvolvimento para o audiovisual na Capital paraibana.
“Nós queremos tratar o audiovisual, o cinema em João Pessoa, como uma grande rede produtiva capaz de mobilizar a economia e gerar um campo de desenvolvimento para a cidade. É pensar o audiovisual como parte de uma grande indústria e de um mercado que precisa ser planejado. Nosso cinema, o audiovisual, precisa conquistar novos mercados e mostrar a força que ele tem, projetando o nosso cinema para outros estados a países”, avaliou o diretor-presidente da Funjope, Marcus Alves.
“O César Piva acredita que temos mecanismos para fomentar a produção, a formação de forma semelhante ao Polo da Zona da Mata, mas com muitas particularidades nossas. Eu vejo como um novo capítulo a ser escrito para os avanços da cadeia produtiva do audiovisual aqui de João Pessoa”, observou Paulo Roberto, diretor da Divisão de Audiovisual da Funjope.
Ele emendou que o cuidado com os artistas de João Pessoa é uma característica do diretor-presidente da Funjope, Marcus Alves. “E ele está em busca de parcerias para angariar avanços para a classe. Essa reunião foi específica para o audiovisual, e essa vasta experiência no que diz respeito à estruturação de ações para o desenvolvimento do audiovisual para aquela região poderá servir de inspiração para nós”, declarou.
“Existem políticas públicas para fomentar a produção local, para formação de profissionais do audiovisual. Então, Marcus Alves, com o cuidado que tem com os artistas de João Pessoa, ficou muito interessado nesse exemplo. Não vamos replicar o modelo, mas vamos nos utilizar dele para conseguirmos avanços”, explicou.
Esse contato entre o Polo de Minas e a Prefeitura de João Pessoa vinha se desenhando, mas só agora aconteceu. “Eu avalio que, uma vez concretizada essa parceria, será uma grande guinada para a potencialização dos nossos talentos”, considerou o diretor de Audiovisual da Funjope, Paulo Roberto.
Outras parcerias – Há ainda a possibilidade da Energisa entrar como grande financiadora, porque o grupo já atua no Polo como parceiro. “Aqui nós temos tudo, os talentos e o interesse realmente concretizado, agora, do poder público, na pessoa do professor Marcus Alves”, comemorou Paulo Roberto.
Serão convocados parceiros para que, a muitas mãos, seja construído esse plano de desenvolvimento, entre eles a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), organização civil, os profissionais, os talentos. “Será um projeto construído a várias mãos tendo à frente a Funjope. Será um novo capítulo e um marco que nunca antes aconteceu”, ressaltou.
Além do diretor-presidente da Funjope, Marcus Alves, e do diretor executivo do Polo de Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, César Piva, participou da reunião, Rivaldo Dias, chefe de gabinete da Funjope.