“A Justiça para ser justa deve começar em casa”. Essa frase era sempre dita pelo desembargador Walter Sarmento de Sá (in memoriam), segundo declarou o advogado Walter Sarmento de Sá Filho, no discurso proferido nesta quinta-feira (7), no Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba, durante sessão solene comemorativa ao centenário de nascimento do desembargador. O evento de hoje marcou o fechamento do ciclo de homenagens aos desembargadores que, se vivo estivessem, completariam 100 anos de idade em 2017.
Ao abrir a sessão solene, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, parabenizou os familiares do homenageado e ressaltou que o
Tribunal, por meio da Comissão de Cultura e Memória, “prestou, durante este ano, justas homenagens aos homens que abrilhantaram o Poder Judiciário paraibano”.
Em ato contínuo, o presidente Joás de Brito fez a entrega de uma Placa Comemorativa à senhora Iery Pires de Sá Macedo – filha do homenageado.
Coube ao desembargador Marcos Cavalcanti, presidente da Comissão de Cultura e Memória, fazer o discurso alusivo à história do desembargador Walter Sarmento. “Foi um grande juiz. Dedicou-se a magistratura paraibana com muita dignidade e altruísmo; um magistrado corajoso e exemplar, que honrou a toga por toda a sua vida”, declarou.
Em nome da família, o advogado Walter Sarmento Sá Filho ocupou a Tribuna do Pleno para agradecer pelo tributo à memória do seu genitor, feito pelo Poder Judiciário estadual. “É uma homenagem justa a um homem que tanto amou e tanto trabalhou pela Justiça do nosso Estado. É um reconhecimento a um juiz que, por onde passou, deixou um rastro de Justiça. Então, pra nós, da família, este evento é um momento dignificante”, arrematou.
Histórico – Nascido em Sousa a 18 de dezembro de 1917, filho de Azarias Sarmento de Sá e Joaquina Custódia de Sá. Bacharel em Direito pela Faculdade do Recife, colou grau no dia 13 de dezembro de 1945. Iniciou suas atividades públicas como secretário da Prefeitura Municipal de Sousa, onde exerceu, posteriormente, os cargos de delegado Regional de Polícia e promotor Público.
Ingressou na Magistratura como juiz de direito de Antenor Navarro, nomeado a 30 de abril de 1954. Foi promovido para a Comarca de Pombal em 27 de maio de 1960. Daquela Comarca foi removido, a pedido, para Cajazeiras no dia 24 de novembro de 1960. De onde saiu para Campina Grande, promovido para a 4ª Vara, conforme ato de 23 de agosto de 1967. Posteriormente, por ato de 14 de fevereiro de 1968, foi removido, a pedido, para a 7ª Vara daquela Comarca.
Era titular da 1ª Vara de Campina Grande quando, a 16 de março de 1971, foi removido, a pedido, para a 11ª Vara da Capital, onde exerceu, como titular, o cargo de juiz de direito da 1ª Vara, para a qual foi removido em 6 de setembro de 1972. Foi nomeado desembargador a 18 de setembro de 1987. Permaneceu como membro do Tribunal de Justiça até 17 de dezembro de 1987, quando foi aposentado por ter atingido a idade limite para permanência no serviço público. Faleceu em João Pessoa, no dia 9 de abril de 1994. Foi casado com a professora Laurita Pires de Sá.