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Sem reforma da Previdência, Eunício deve encerrar ano legislativo antes do previsto

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pretende encerrar a jornada de votações de 2017 no Senado já na próxima semana, no máximo quinta-feira (14), já resolvidas as exigências constitucionais a respeito do orçamento. Caso os planos do senador deem certo, o ano legislativo não chegará ao fim em 22 de dezembro, como reza o artigo 57 da Constituição (Seção IV, “Das Reuniões”): “O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro”. Assim, os esforços de votação da reforma da Previdência ainda em 2017 terão ficado restritos à Câmara, com a pretensão do governo Michel Temer de iniciar a deliberação em 18 de dezembro, uma segunda-feira, revela reportagem de Fábio Góis, do Congresso em Foco.

Como presidente também do Congresso, cabe ao peemedebista a observância da lei referente à atividade de deputados e senadores durante cada sessão legislativa. Em tese, Eunício poderia lançar mão das prerrogativas do cargo para viabilizar a aprovação da matéria ainda em 2017, a despeito da reação da opinião pública e de setores da sociedade civil contra a reforma, em um contexto de alta rejeição popular à gestão Temer.

Embora do mesmo partido do presidente, Eunício integra aliança PT-PMDB no Ceará e, de olho nas eleições do próximo ano, pega carona na popularidade de Lula, já em campanha presidencial e líder nas pesquisas de intenção de voto, no Nordeste. O peemedebista também não esconde que é eleitor do petista, como tem admitido em entrevistas, mesmo o ex-presidente na condição de condenado a nove anos de prisão e também alvo de rejeição significativa em outras regiões. Com a abreviação dos trabalhos, o senador evitaria o desgaste de pautar a reforma nas aposentadorias, agenda das mais impopulares, caso ela viesse a ser rapidamente aprovada na Câmara e encaminhada ao Senado. Uma vez aprovado o orçamento já na próxima quinta-feira (14), a fatura do ano estaria paga e, cumpridos os ditames constitucionais, parlamentares poderiam seguir para o recesso parlamentar com uma semana de antecedência.

“Seria o ideal”, disse o senador nesta quinta-feira (7), em rápida conversa com a imprensa.

Como se sabe, a reforma da Previdência, por se tratar de proposta de emenda à Constituição, exige votação em dois turnos tanto na Câmara quanto no Senado, algo de difícil execução a duas semanas do fim do ano legislativo – além do rito especial de tramitação, que consome tempo, há ainda a dificuldade de quórum: voto de ao menos 308 deputados e 49 senadores. Mesmo diante do ritmo da ampulheta, hoje (quinta, 8) o governo pediu mais tempo para tentar conseguir mais votos entre os deputados da base.

Reta final

O próprio Eunício já disse que não há tempo para votar a matéria até o fim do ano. “Não prometi ao presidente Michel Temer [votar a reforma ainda em 2017]. Eu não estava nas reuniões de almoço e jantar”, sinalizou Eunício no início desta semana, referindo-se à rodada de negociações posta em campo pelos governistas no sábado e no domingos passados.

“Fui para o Ceará na quinta-feira [30/nov] e voltei na segunda-feira. O sistema [parlamentar] é bicameral, não tenho como pensar em pautar antes de ser aprovada na Câmara. Não tem mais tempo para votar aqui”, acrescentou Eunício. O senador revelou ainda que Temer, na última terça-feira (5), disse-lhe que estava “entusiasmado” para levar a reforma a voto no Senado já em fevereiro de 2018, na hipótese de que ela seja aprovada na Câmara antes do fim do ano.

Pauta cheia

Segundo o roteiro almejado por Eunício, grande parte das 64 constantes da pauta de votação em plenário será apreciada entre terça e quinta-feira (14), quando parlamentares poderiam cumprir o compromisso orçamentário, com as diretrizes para o próximo ano, nos termos de outro dispositivo da mesma Seção IV (“A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias”). Além da lei orçamentária, há medidas provisórias de interesse do governo prontas para deliberação.

Uma delas – que passou a tramitar como Projeto de Lei de Conversão 36/2017, por ter sido modificada – é a chamada “MP do Trilhão”, que concede benefícios fiscais a empresas petrolíferas que atuarão em blocos das camadas pré-sal e pós-sal, inclusive por meio de isenções para importação de máquinas e equipamentos. Aprovada em 29 de novembro, a matéria recebeu aquele apelido pois impõe, segundo estudo de consultorias da Câmara, perdas da ordem de R$ 1 trilhão à União nos próximos 25 anos, em decorrência da isenção fiscal – a medida isenta de taxas de importação, entre outras providências, produtos, projetos e serviços sob responsabilidade de empresas estrangeiras com interesses nos campos de petróleo brasileiros. O texto perde validade na próxima sexta-feira (15).

O segundo item da pauta é outro projeto de lei de conversão (33/2017), que perde vigência em 21 de dezembro, véspera do recesso de fim de ano. A matéria prorroga o prazo para a utilização do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). Trata-se de uma tentativa do governo de reagir à derrubada, em sessão da Câmara no dia 22 de novembro, do veto presidencial à medida provisória (MP 770/2017) que prorrogou até 31 de dezembro de 2019 as diretrizes do Recine e da Lei do Audiovisual, benefícios que chegaram ao fim em 26 de março de 2017.

Além das duas medidas provisórias convertidas, há também na pauta a Proposta de Emenda à Constituição 45/2017, que institui novo regime especial de pagamento de precatórios. Aprovada pelos deputados em segundo turno na última quarta-feira (6), a PEC estende o prazo de 2020 para 2024 para que estados, municípios e Distrito Federal quitem as dívidas contraídas após condenações na Justiça transitadas em julgado. De volta ao Senado, uma vez que sofreu modificações, a proposta permite ainda que precatórios pendentes até 25 de março de 2015 ou a vencer até dezembro de 2024 sejam pagos em regime especial.

Eunício conduziu a sessão plenária desta quinta-feira (7) de maneira a adiantar ao máxima a pauta de votações. Da Mesa, anunciou para mais cedo, às 11h, a ordem do dia da próxima terça-feira (12), tradicionalmente iniciada às 14h ou às 16h. “Vou à matéria dos precatórios, para que, na próxima terça-feira, a gente possa votar essa importante matéria às 11h da manhã”, avisou, voltando a sinalizar disposição em abreviar o ano legislativo em uma semana.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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