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Parlamentares pedem ao relator do orçamento recursos para impressão de votos em 2018

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Deputados e senadores solicitaram nesta terça-feira (5) ao relator-geral da proposta orçamentária (PLN 20/17), deputado Cacá Leão (PP-BA), que inclua recursos para a compra das impressoras que vão imprimir os votos nas eleições gerais de 2018. A sugestão é de que Leão incorpore R$ 250 milhões no orçamento da Justiça Eleitoral.

O pedido partiu do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) e de outros parlamentares durante a reunião em que foram votados os 16 relatórios setoriais da proposta orçamentária. O voto impresso foi determinado pela Lei 13.165/15 para valer a partir das eleições de 2018. Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dar cumprimento à exigência legal.

Sávio lembrou que a então presidente Dilma Rousseff chegou a vetar o dispositivo da lei que previa a impressão dos votos, mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional. “É algo extremamente significativo da vontade democrática da ampla maioria”, disse Sávio sobre a queda do veto. Ele afirmou que os R$ 250 milhões são suficientes para viabilizar a comprovação do voto.

O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Dário Berger (PMDB-SC), também apoiou o pleito dos parlamentares. Ele afirmou que o voto impresso vai acabar com qualquer dúvida sobre a confiabilidade da urna eletrônica. “Vamos recomendar ao relator-geral que, na medida do possível, possa viabilizar os recursos necessários”, disse Berger.

A deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ) ressaltou que o eleitor não terá contato com o voto impresso. Segundo a Lei 13.165/15, a urna imprimirá o registro de cada voto, que será depositado automaticamente, e sem contato manual do eleitor, em local lacrado.

Orçamento do TSE
O deputado Cacá Leão disse concordar com a medida, mas afirmou que o assunto deve ser trazido ao Congresso pelo TSE, que controla o orçamento de onde sairão os recursos para a compra das impressoras que serão acopladas às urnas.

Com o Novo Regime Fiscal (Emenda Constitucional 95), que impôs um teto para os gastos dos órgãos e poderes federais, qualquer despesa nova deve ser acompanhada de um corte de igual valor, de modo a preservar os limites orçamentários.

“Isso é um pleito que tem que vir do TSE, para que a gente faça o cancelamento de algum recurso e o realoque dentro do voto impresso. Eu tenho toda boa vontade para atender, mas preciso ser provocado”, disse Leão.

Ele afirmou ainda que o assunto somente deverá vir à tona a partir de agora, com o fim da fase setorial da tramitação da proposta orçamentária.

Ainda não foi feito um estudo sobre o impacto orçamentário da compra e manutenção das impressoras de voto. Na semana passada, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, informou que o tribunal só conseguirá instalar os equipamentos em, no máximo, 5% das cerca de 600 mil urnas do País nas próximas eleições. Segundo Mendes, o TSE não possui recursos orçamentários para implementar a medida de uma só vez.

Segurança pública
A votação dos relatórios setoriais durou pouco mais de sete horas e consumiu duas reuniões da Comissão de Orçamento. Ao todo, os parlamentares analisaram 16 pareceres e 176 destaques, dos quais apenas dois foram parcialmente atendidos. A deliberação ocorreu por acordo entre os líderes partidários, que incluiu a oposição ao governo Michel Temer.

Uma das áreas mais discutidas foi a de Defesa e Justiça, que engloba os orçamentos dos ministérios da Defesa, da Justiça e dos Direitos Humanos. O relator, deputado Edio Lopes (PR-RR), decidiu privilegiar no parecer projetos das Forças Armadas, como o do avião cargueiro KC-390, construído pela Embraer em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), e o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), concebido pelo Comando do Exército.

A decisão foi criticada por alguns parlamentares, como o deputado Hugo Leal (PSB-RJ), que queriam mais recursos para a segurança pública. “É impossível fortalecer as instituições de segurança pública com esses recursos”, disse Leal.

Edio Lopes disse que baseou seu parecer no número de emendas apresentadas e no histórico de execução orçamentária dos programas da área de Justiça e Defesa. Ele citou como exemplo a ação Fortalecimento da Política Nacional de Segurança Pública, que este ano não teve “nenhum centavo empenhado” pelo governo. Para ele, não faria sentido reforçar ações de baixa execução.

Relatório final
Com a votação dos setoriais, a Comissão de Orçamento entra agora na fase final de análise da proposta orçamentária. O deputado Cacá Leão disse que deverá entregar o parecer neste fim de semana, abrindo espaço para votação na próxima semana.

Antes, o colegiado deverá apreciar o relatório do senador Hélio José (Pros-DF), ainda não apresentado, às obras com indício de irregularidades graves. O parlamentar coordena o comitê que analisa os avisos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre obras flagradas com irregularidades como superfaturamento, sobrepreço e projetos deficientes.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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