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‘Por coerência, PSDB deve apoiar reforma’, diz economista

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A reforma da Previdência é essencial e, quanto mais rápido for feita, melhor, diz o economista Luiz Roberto Cunha, decano do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio. Cunha é um dos quatro economistas tucanos que divulgaram uma carta em agosto com críticas à condução do partido. Ele e Edmar Bacha não se desfiliaram. Gustavo Franco e Elena landau deixaram a sigla. Nesta entrevista ao repórter Vinicius Neder, do Estadão, Cunha defende o rompimento com Temer, apesar de ser a favor da reforma.

Por que o PSDB deveria apoiar a reforma da Previdência?

Fiz um artigo no Estadão (publicado em 20 de dezembro de 1993) em que tentei transmitir para o grande público, com linguagem didática, a exposição de motivos para o governo fazer o Plano Real. A primeira etapa era o ajuste fiscal emergencial, a segunda, a desindexação (quebrar a inércia inflacionária, com a URV) e haveria uma terceira etapa, que era fazer uma reforma tributária, uma reforma administrativa e uma reforma da Previdência. A situação está piorando porque a população está envelhecendo mais rapidamente e porque há um desequilíbrio das contas públicas. O PSDB tem que levar isso em consideração. A reforma previdenciária fazia parte do Plano Real, que, até por razões políticas, Fernando Henrique não teve condições de complementar. Por uma questão de coerência com a coisa mais importante que o partido fez do ponto de vista econômico, que foi o Plano Real, o PSDB deveria apoiar as reformas.

O PSDB deve obrigar os parlamentares a votarem a favor?

O fechamento de questão me parece que ficou um pouco de jogo político do governo Temer em cima dos partidos e muito no toma lá dá cá. Está na hora de o PSDB não receber mais nada desse governo, senão, não consegue se separar. O governo está querendo usar instrumentos que o PSDB não pode mais aceitar, porque isso desmoraliza o partido.

O PSDB deveria deixar o governo?

Sim, espero que de fato ele saia integralmente. Não vejo capacidade de o PSDB ter candidato a presidente e ser ouvido pela sociedade, se ele não tiver se separado do toma lá dá cá. Aliás, um toma lá dá cá em que ele acabou dando muito e tomando pouco.

É possível o PSDB deixar o governo Temer e apoiar a reforma?

Uma coisa não tem a ver com a outra. Quanto mais rápido aprovarmos a reforma da Previdência, menos risco temos de ter uma crise fiscal mais grave no próximo governo. Deixar para o próximo governo é falta de bom senso e falta de visão em relação ao País.

O sr. pretende deixar o partido?

Não tenho mais idade. Minha cabeça é branca o suficiente. Acredito nos partidos. Mesmo os partidos tendo cometido erros, não podemos olhar para o futuro da democracia sem partidos que tenham estrutura.

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Cássio Cunha Lima é destaque em série da TV Brasil sobre a Constituição brasileira; confira

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O ex-senador paraibano Cássio Cunha Lima foi convidado e participou da série “Senado, a História que Transformou o Brasil”, veiculada pela TV Brasil e que, com uma narrativa que conecta o passado ao presente, destaca momentos decisivos na história legislativa brasileira, mostrando, especificamente neste primeiro episódio, a importância do Senado brasileiro na conquista e fortalecimento da democracia do país que foi brutalmente atacada por vândalos no dia 08 de janeiro de 2023.

A série conta com áudios e vídeos históricos de historiadores, especialistas e personagens das maiores conquistas obtidas pelos cidadãos brasileiros junto ao Estado ao longo dos 200 anos da criação do parlamento no Brasil.

Cássio Cunha Lima, na fala que pode ser conferida a partir do minuto 43:06 do vídeo, relembra do momento crucial para o Brasil que foi a votação de uma Assembleia Constituinte para criação e votação da nossa Constituição, em 1988, após 20 anos de prevalência de uma ditadura militar.

Havia uma sociedade que estava com um ânimo aguerrido pra lutar pelos seus direitos pra conquistar essa Constituição Cidadã, como foi batizada por doutor Ulisses [Guimarães], que trouxe avanços inegáveis na organização do Estado Brasileiro“, frisou Cássio.

Confira o vídeo:

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“Bancada da PB tem que mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água”, diz Efraim

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Redação do Portal da Capital

“Água é vida! É inadmissível que tenhamos que lidar com a falta d’água em pleno século XXI, enquanto aguardamos a conclusão de obras como a Transposição do São Francisco, Vertentes litorâneas, Adutora do Pajeu entre outras! Junto com outras bancadas do Nordeste, Se tivermos de paralisar e obstruir votações de interesse do governo, faremos até que sejam garantidos os recursos para manutenção do abastecimento de água.” Foi com essas palavras que o senador Efraim Filho (União-PB) sintetizou sua indignação com a suspensão, mais uma vez, da Operação Carro-Pipa na Paraíba.

Responsável por levar abastecimento de água a pelo menos 70 municípios do estado, a operação será suspensa a partir da segunda-feira (25), conforme comunicado do Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército enviado aos coordenadores da Defesa Civil neste sábado (23).

A alegação é de que a Operação Carro-Pipa (OCP) está suspensa temporariamente devido a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Para o senador Efraim, entretanto, esse pode já ser um dos efeitos da suspensão do orçamento.

“Com certeza essa suspensão dos carros-pipa já é um dos efeitos nocivos da decisão equivocada do STF em suspender a execução do Orçamento sem observar os critérios de urgência e necessidade de casos como esse, o que limita a velocidade para se reverter a paralisação indevida”.

Por mais de uma vez, Efraim foi aos ministérios para impedir a suspensão da Operação na Paraíba e garante que fará gestões em Brasília para evitar uma nova suspensão, o que vem se tornando recorrente no estado.

“É a época mais quente do ano. É impensável que os municípios fiquem sem água”, disse o senador, visivelmente indignado.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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