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Paraíba

MPF e MP/PB avaliam serviços de rastreamento e diagnóstico de câncer de mama em João Pessoa

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Representantes do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público da Paraíba (MP/PB) promoveram reunião para avaliar o desempenho da rede pública de João Pessoa nos serviços de rastreamento e diagnóstico de câncer de mama, no encerramento do Outubro Rosa. O encontro virtual foi realizado com integrantes da ONG Amigos do Peito, a qual vem realizado trabalho de mobilização e acompanhamento de pacientes há vários anos, e da Coordenação de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa.

Segundo a presidente da ONG, Joana Marisa de Barros, há relatos de casos em que profissionais da atenção básica ainda se omitem ou se recusam a requisitar o exame de mamografia para pacientes, especialmente na faixa etária entre 40 e 50 anos. Joana disse, na reunião, que vem observando também no dia a dia diversos casos de “falsos negativos” para câncer de mama em razão da má qualidade das imagens produzidas nos exames de mamografia (principalmente oriundas de serviços que utilizam equipamentos móveis). Relatou ainda a necessidade de agilizar o encaminhamento de biópsias para pacientes com resultados de mamografia com forte suspeita para câncer e também para início do tratamento.

Segundo o procurador regional dos Direitos do Cidadão, José Guilherme Ferraz, há divergências entre profissionais médicos sobre a conveniência de rastreamento mamográfico para pacientes de 40 a 50 anos, mas que existe lei garantido o direito da mulher a realizar o exame nessa faixa etária. Ainda segundo o membro do MPF, “de qualquer forma, na faixa etária superior a 50 anos e em casos de grupos de maior risco, não há dúvidas sobre as recomendações do Ministério da Saúde no tocante ao referido rastreamento”.

O procurador e a promotora de Justiça Jovana Tabosa consideraram viável buscar-se integração com o Conselho Regional de Medicina (CRM) para que fosse emitida uma nota técnica ou outro documento de orientação, buscando orientar os médicos da atenção básica sobre o dever ético de informar às pacientes – entre 40 e 50 anos – da possibilidade legal de realizar o exame de mamografia, bem como de se prescrever efetivamente o mesmo exame, pelo menos a partir dos 50 ou nos casos de grupos de maior risco de incidência da doença, conforme parâmetros adotados no Sistema Único de Saúde (SUS). A nota poderia alertar também para a responsabilidade do médico responsável pelo laudo da mamografia em apontar a falta de qualidade de imagens de exames que possam trazer risco de falso positivo ou falso negativo.

Acrescentou-se, ainda, que os responsáveis pelas empresas que realizam mamografia móveis (e respectivos profissionais contratados) podem ser identificados e ouvidos pelos Ministérios Públicos para esclarecerem sobre problemas apontados no tocante à qualidade dos exames e que, inclusive, “já consta dos autos relação de empresas que realizam mamografias por meio de equipamentos móveis, os quais podem ser objeto de verificação inicial, no particular (diante das referências a repetidas falhas de qualidade desses serviços)”.

A representante do MP/PB, Jovana Tabosa, disse que no tocante ao fluxo anteriormente estabelecido, a partir de ajuste firmado com o MPF, MP/PB e Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, para comunicação de casos BI RADs 4 e 5 pelos serviços sediados na capital paraibana para o devido acompanhamento via atenção básica, “documentos já fornecidos pela referida secretaria ao Ministério Público do Estado indicam que, entre 200 mulheres que deveriam estar sendo acompanhadas, no registro de 94 delas não consta endereço atualizado”. O objetivo do ajuste foi agilizar o contato com a paciente para que realize a biópsia com a máxima brevidade possível.

Após ouvir a técnica Fabiana Veloso Lima, indicada pela Secretaria Municipal de Saúde para prestar esclarecimentos aos Ministérios Públicos, foram identificados os seguintes problemas no fluxo estabelecido para acompanhamento de casos mais graves e de alto risco para diagnóstico de câncer de mama: endereços incorretos que poderiam ser atualizados pelos serviços que realizam as mamografias; falta de comunicação ao Ministério da Saúde sobre a falha do banco de dados de endereços de pacientes; falta de meio ágil de comunicação com a atenção básica; e demora na busca e obtenção de resposta da atenção básica sobre atendimento das pacientes indicadas. Para os membros dos Ministérios Públicos, “todas essas falhas podem fazer diferença de vida ou morte para as pacientes, uma vez que a demora no início do tratamento cabível pode prejudicar muito o prognóstico de cura ou redução de danos”.

Como encaminhamento da reunião, realizada no dia 30 de outubro, Guilherme Ferraz determinou que o setor de diligências do MPF promova pesquisa de responsáveis pelas empresas listadas nos autos (encarregadas de mamografias móveis) para que sejam notificados a comparecerem oportunamente para averiguação da questão da qualidade dos serviços prestados e também para se confirmar a regularização dos respectivos registros no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) informado ao Ministério da Saúde e perante a Vigilância Sanitária, apresentando a relação com devida identificação dos profissionais por eles contratados para produzirem laudos de exames.

O procurador e a promotora de Justiça deliberaram ainda por expedirem requisição conjunta à Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa para que verifique e informe alternativas de correção das falhas apontadas, de modo a garantir a eficiência do fluxo ajustado para acompanhamento de pacientes com exames de mamografia com maior risco para câncer de mama, inclusive apresentando relatório dos casos acompanhados com indicação dos agentes comunitários de saúde responsáveis, providências adotadas e atual status de cada paciente nominada na relação já encaminhada anteriormente ao MP/PB (especificando data de realização do exame de mamografia e da biópsia posterior).

Já a presidente da ONG Amigos do Peito comprometeu-se a apresentar subsídios para que se possa propor a elaboração de documento conjunto pelo CRM e pelos Ministérios Públicos sobre deveres éticos dos médicos, especialmente da atenção básica, em fomentarem o adequado rastreamento de câncer de mama por meio de requisições de exames de mamografia.

Inquérito Civil nº 24.000.000162/2015-45

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Paraíba

Comissão de Educação da ALPB debate regulamentação do uso de celulares em salas de aula

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A Comissão de Educação, Cultura e Desportos da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, na segunda-feira (25/11), reunião para discutir a utilização de celulares e dispositivos eletrônicos em salas de aula nas escolas da rede pública e privada do estado.

O evento reuniu representantes dos seguimentos da área da Educação, Sindicato dos professores da rede particular e da rede pública, conselho da educação, secretaria de educação e diversas entidades da área, que se uniram para debater uma proposta de projeto de lei, de autoria da presidente da Comissão de Educação, a deputada Cida Ramos, que deve ser apresentada no ALPB. A proposta visa regulamentar o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades escolares.

Cida Ramos, que também propôs a realização da reunião, destacou a importância da discussão, ressaltando que a presença constante dos celulares nas aulas pode prejudicar o aprendizado dos estudantes. “Precisamos criar um ambiente propício à educação, onde os alunos possam se concentrar plenamente no conteúdo abordado. A tecnologia é uma aliada, mas seu uso indiscriminado pode ser um fator de distração”, afirmou.

Segundo a deputada, estudos indicam que mesmo a mera presença do telefone pode reduzir a capacidade cognitiva, resultando em uma menor retenção de informações e notas mais baixas.

Durante a reunião, os participantes apresentaram diferentes pontos de vista sobre o tema. Alguns defendem que a proibição total pode ser excessiva, sugerindo que a tecnologia poderia ser utilizada como ferramenta pedagógica quando bem orientada. Outros argumentaram que a disciplina no uso dos dispositivos é fundamental para garantir um melhor aproveitamento das aulas.

O professor Felipe Baunilha ressaltou que na Paraíba já existe lei que proíbe a utilização de celulares sem fim pedagógico na escola. “Porém, o fato de existir uma lei proibindo não faz com que os estudantes parem de utilizar o celular. Então, é muito mais um elemento que a gente precisa debater e regulamentar as formas de utilização da tecnologia para potencializar a aprendizagem. E não uma mera proibição, pois a proibição não resolve as questões sociais cadentes”, destacou.

Também foram discutidos possíveis mecanismos para implementar a proposta nas escolas, como campanhas de conscientização sobre o uso responsável da tecnologia e alternativas para integrar os dispositivos às práticas educativas sem comprometer o aprendizado.

Os membros da Comissão definiram como pauta continuar o diálogo com a sociedade e órgãos educacionais para encontrar soluções equilibradas que atendam às necessidades dos alunos e das instituições de ensino.

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Campina está entre as três cidades mais bem colocadas no índice de desafios das gestões municipais

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Em um estudo realizado pela Macroplan Analytics, Campina Grande apareceu como terceira melhor colocada, no Nordeste, considerando os desafios das gestões municipais. O levantamento considera as 100 maiores cidades do Brasil, que representam 38,6% da população do país.

Em 53° lugar, a cidade é superada, na região, apenas, por Fortaleza-CE, em 51°; e Petrolina-PE, em 49°. As estatísticas comparam dados dos últimos 10 anos. Nesse período, a Rainha da Borborema avançou 36 posições nos critérios relacionados à Segurança, 14 em Saúde, duas posições em Educação e regrediu oito em Saneamento e Sustentabilidade, embora seja o índice onde a cidade ocupa a melhor posição, sendo a trigésima colocada.

São 15 itens avaliados, divididos entre os quatro temas principais. De maneira geral, Campina Grande saltou seis posições na última década, tendo como principal destaque, a cobertura da Atenção Básica em Saúde. Neste quesito, a cidade está em 1° lugar, com 100% da população assistida.

O Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM), é uma ferramenta desenvolvida pela Macroplan Analytics, que usa dados e inteligência estratégica para auxiliar nas ações e decisões das gestões municipais.

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Republicanos da Paraíba anunciam apoio à reeleição do vereador Dinho na Câmara de João Pessoa

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O Partido Republicanos da Paraíba, sob a coordenação estadual e municipal dos deputados federais Hugo Motta e Wilson Santiago, declarou apoio à reeleição do vereador Dinho para a presidência da Câmara de Vereadores de João Pessoa, para o biênio 2025/2026. A reunião contou com a presença de vereadores do partido e outras lideranças locais.

Durante o encontro, os vereadores Marcílio do HBE, Marmuthe, Mikika Leitão, Toinho Pé de Aço e Valdir Trindade se reuniram com Dinho para discutir estratégias e fortalecer o compromisso do partido em torno da sua candidatura. O secretário executivo de Turismo de João Pessoa e tesoureiro estadual do Republicanos, Luiz Júnior, que representou o presidente Hugo Motta, também participou da reunião, reforçando a união do partido em prol da reeleição do vereador.

Luiz Júnior destacou a importância da continuidade da liderança de Dinho na Câmara. “Ele tem demonstrado um trabalho exemplar na gestão e é fundamental que tenhamos uma voz forte e comprometida à frente da Câmara Municipal”, afirmou o secretário.

Dinho expressou sua gratidão pelo apoio dos colegas e reafirmou seu compromisso em continuar promovendo ações que beneficiem a população. “Juntos, podemos avançar ainda mais em projetos que melhorem a vida dos cidadãos de João Pessoa”, declarou o vereador.

O apoio do Republicanos é visto como um passo estratégico nas articulações políticas para as eleições da presidência da Câmara, que ocorrerão no início do próximo ano. Com uma base sólida e unida, Dinho se posiciona como um forte candidato à reeleição.

A expectativa é que essa aliança fortaleça não apenas a candidatura de Dinho, mas também a atuação do Republicanos na Câmara Municipal, contribuindo para um ambiente político mais colaborativo e voltado para as necessidades da população.

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