A Paraíba sedia de terça (5) a quinta-feira (7), no Centro de Convenções de João Pessoa, o VII Encontro Nacional do Programa Água Doce (PAD), uma realização do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O objetivo do evento é fortalecer a integração das diversas instituições envolvidas na execução do Programa, capacitar técnicos dos Núcleos Gestores Estaduais e representantes dos municípios e comunidades para a gestão de sistemas de dessalinização, além da formação de multiplicadores na metodologia de Programa garantindo assim a sustentabilidade dos sistemas.
Para isso, o VII Encontro Estadual do Água Doce vai reunir os gestores de Órgãos Federais, Estaduais, Municipais, Coordenadores e técnicos do PAD nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, representantes das empresas contratadas e de comunidades beneficiadas.
Durante o encontro serão abordados temas como: estabelecimento de políticas públicas de permanente acesso à água de qualidade para consumo humano, por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, salobras ou salinas, incorporando cuidados técnicos, sociais e ambientais na implantação, recuperação e gestão de sistemas de dessalinização.
De acordo com o secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azêvedo, será importante para a Paraíba sediar o encontro. “Um evento como esse é de extrema importância para o nosso Estado, porque a Paraíba é referência nacional na execução do PAD. O sistema produtivo do Sítio Fazenda Mata, na cidade de Amparo, foi destaque, no mês de outubro, durante o Congresso Mundial de Dessalinização e Reuso de Água (IDA World Congress 2017 – Water Reuse & Desalination), que ocorreu em São Paulo. Então um evento como esse só demonstra a atenção que o Governo do Estado tem dado a esse programa, que tem mudado a vida de muita gente que mora na zona rural das regiões do Cariri e Curimataú, onde a água possui um grande teor de sal”, destacou João.
O coordenador nacional do PAD, Renato Saraiva, explica o motivo que levou o MMA escolher a Paraíba para sediar o evento. “A escolha da Paraíba para a realização do evento foi em função da boa estrutura que nos foi oferecida pelo Governo do Estado, nosso parceiro no programa. Além disso, João Pessoa fica bem no centro do Nordeste e facilita o acesso das comunidades beneficiadas pelo Água Doce”, explicou.
A entrada gratuita e os interessados podem se inscrever por meio do link: https://goo.gl/dPQjNx. A programação completa do evento, encontra-se anexa.
O Programa – O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, que visa estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e gestão de sistemas de dessalinização de águas salobras e salinas. Lançado em 2004, o PAD foi concebido e elaborado de forma participativa durante o ano de 2003, unindo a participação social, proteção ambiental, envolvimento institucional e gestão comunitária local.
A partir de 2011, o Programa Água Doce assumiu a meta de aplicar sua metodologia na recuperação, implantação e gestão de 1.200 sistemas de dessalinização até 2018, com investimentos de cerca de R$ 258 milhões, beneficiando, aproximadamente, 500 mil pessoas.
Água Doce na Paraíba – O Programa Água Doce (PAD), executado pelo Governo da Paraíba em diversos municípios, em parceria com o Governo federal, vem melhorando a qualidade de vida de famílias da região do Semiárido, tanto no que diz respeito à saúde delas, como na criação de possibilidade de geração de renda. Na Paraíba 27 sistemas estão operando, beneficiando 2.864 famílias e 10.843 pessoas. Contando com os 38 sistemas em obras, o investimento é de R$ 5,3 milhões.
A meta é construir 93 sistemas de dessalinização beneficiando aproximadamente 50 mil pessoas do semiárido. O PAD é executado na Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia (Seirhmact), por intermédio de convênio com o Ministério do Meio Ambiente, com recursos na ordem de R$ 22 milhões.