O nome do paraibano Vital do Rêgo e de mais sete dos nove ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) foram citados em uma delação premiada que foi rejeitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com matéria publicada no site O Antagonista, trechos da delação de Orlando Diniz rejeitados pela PGR citam oito dos nove ministros do TCU, além de um ex-presidente da República, parlamentares e advogados não mencionados na denúncia da operação E$quema S.
Além de Vital do Rêgo, dentre os ministros do TCU citados estão Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro, Bruno Dantas, Walton Alencar, Augusto Nardes, Ana Arraes e Benjamin Zymler. O ex-presidente José Sarney, o deputado Paulinho da Força e o ex-deputado Lelo Coimbra também aparecem na delação.
Apenas o ministro Augusto Sherman, que é de carreira do próprio TCU, não foi citado na delação premiada.
Os nomes estão nos anexos 6 e 9 da delação. Eles foram entregues pelo delator ao MPF no Rio, mas, como citam autoridades como prerrogativa de foro, acabaram enviados à PGR. A Procuradoria-Geral, porém, decidiu não abrir inquérito sobre o caso.
O foco principal desses anexos é a atuação do advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz.
Conforme matéria publicada, Orlando Diniz enfrentava uma série de processos no TCU e precisava de alguém que o ajudasse a resolvê-los. Ouviu de Sérgio Cabral que precisaria “comprar a solução” e que Tiago Cedraz seria “o vendedor dessa solução”.
Vital do Rêgo, que foi alvo recente da Lava Jato, foi citado como necessário como aval prévio de político de relevância, de preferência do MDB.