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MPPB recomenda providências para sanar irregularidades na Casa de Acolhimento de Bayeux

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomendou ao prefeito de Bayeux, ao procurador-geral do município e aos secretários municipais de Ação Social, Planejamento e Saúde a adoção de uma série de providências para sanar todas as irregularidades detectadas na Casa de Acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade existente na cidade.

A recomendação foi expedida nessa terça-feira (1º/09) pela 2ª promotora de Justiça de Bayeux, Ana Caroline Moreira, devido aos inúmeros problemas estruturais e à situação crítica em que se encontra a instituição, que atualmente, abriga 10 crianças e adolescentes.

Segundo a promotoria, na última inspeção remota realizada no dia 31 de agosto deste ano, foi possível constatar que ainda persistem irregularidades detectadas na inspeção técnica realizada em outubro 2019 e que foram objeto de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado com o Município. O não cumprimento integral do TAC resultou no ajuizamento de ação judicial (número 0802961- 35.2018.8.15.0751) em tramitação na 4ª Vara de Bayeux.

A promotora explicou que as medidas de contenção ao contágio da covid-19, as mudanças sucessivas de prefeito e a inércia sucessiva dos gestores têm prejudicado as crianças e adolescentes acolhidos.

Segundo ela, os danos sofridos atingem desde a integridade física dos meninos e meninas (a falta de manutenção da sede compromete a segurança de todos que frequentam e vivem no local), até a saúde deles, já que a instituição não oferece alimentação adequada, nem garante a devida assistência médica e psicológica. “O contexto de pandemia gerou ou agravou vulnerabilidades de crianças e adolescentes no contexto doméstico, os acolhidos ficaram sujeitos a danos ainda mais impactantes, passando desde o efeito comum em todos de repercussão na saúde mental, à falta de convivência familiar de forma presencial, à insuficiência da assistência à saúde pela suspensão de consultas e tratamentos prejudicados, chegando ao absurdo do prolongamento excessivo da institucionalização, em que pese o reconhecimento do esforço que a equipe técnica da casa tem feito no sentido de dar suporte aos acolhidos na perspectiva de se garantir o desenvolvimento pleno e avançar nos processos de reintegração familiar”, acrescentou.

Problemas estruturais

Segundo o MPPB, a instituição de acolhimento apresenta problemas estruturais, inclusive na instalação hidráulica; não possui mobiliário mínimo para garantir a dignidade dos assistidos; todos os aparelhos de ar condicionados estão quebrados (prejudicando a climatização do local); os colchões dos acolhidos estão velhos, podendo causar problemas dermatológicos recorrentes de sarnas e alergias; os quartos, por sua vez, não contam com armários ou guarda-roupas em condições de uso, o que poderia favorecer a organização ou a individualidade das crianças e adolescentes.

Outro problema grave por que passa a Casa de Acolhimento é a ausência de articulação e fluxogramas de atuação integrada entre as secretarias municipais de Ação Social e de Saúde em relação à pandemia da covid-19, com a falta de insumos de segurança, prevenção e a necessidade de protocolos sanitários mais rígidos. “A situação de violação de direitos tem se agravado. A falta de estrutura da sede da Casa de Acolhimento e de proteção ou atendimento prioritário e integral das crianças e adolescentes institucionalizados, coloca-os como vítimas da omissão estatal, da violência institucional”, argumentou a promotora.

Providências recomendadas

De acordo com a recomendação ministerial, o prefeito, o procurador-geral e os secretários municipais deverão apresentar, no prazo de 10 dias, solução para resolver todas as irregularidades estruturais detectadas na Casa de Acolhimento, mediante levantamento técnico e providência a curto prazo voltada à manutenção das suas instalações e reforma predial.

Dentre as medidas que deverão ser providenciadas pelos gestores estão a aquisição, com urgência, de guarda-roupas e de colchões para os acolhidos e o encaminhamento à rede de saúde das crianças e adolescentes que necessitem de tratamento dermatológico contra as “sarnas” e “alergias” que os acometeram em razão do uso de colchões velhos.

Os gestores deverão providenciar também, através de rubrica orçamentária própria ou de forma vinculada ao Restaurante Popular/Secretaria de Trabalho e Ação Social (Setras), o fornecimento de frutas e verduras para incremento da alimentação dos acolhidos, bem como acompanhamento nutricional permanente através de visitas periódicas e cardápios elaborados pelos nutricionistas lotados na secretaria, de modo a prover uma alimentação balanceada, de acordo com o cardápio formulado e as necessidades peculiares da fase de desenvolvimento em que os acolhidos se encontram.

Enfrentamento da pandemia

De acordo com a recomendação ministerial, as secretarias de Ação Social e de Saúde do município deverão atuar de forma articulada para executar estratégias mais efetivas de combate e prevenção à covid-19 na instituição de acolhimento para mitigar os riscos inerentes ao fluxo diário de entrada e saída de profissionais. Para isso, deverão formular protocolos, incluir testagens periódicas, monitorar os profissionais que apresentarem sintomas gripais e recomendar aos funcionários e educadores que adotem os cuidados de higiene (como trocar roupas e calçados; lavar mãos, braços e rosto e aferir temperatura), antes de iniciarem suas atividades com as crianças.

Também deverão disponibilizar imediatamente equipamentos de segurança eventualmente faltantes a todos os profissionais da Casa de Acolhimento e insumos de proteção, como termômetro digital para aferição de temperatura de quem ingresse na instituição.

Outra medida que deverá ser providenciada pelas duas secretarias municipais é a retomada e continuidade dos tratamentos médicos e psicológicos das crianças e dos adolescentes institucionalizados e de suas famílias.

A Promotoria já designou audiência para o próximo dia 15 de setembro sobre a situação da instituição de acolhimento.

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Complemento: Ministério envia R$ 29,6 mi para Piso da Enfermagem no Estado e Municípios da Paraíba

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Os recursos complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de novembro já estão disponíveis para consulta. Os valores constam na Portaria GM/MS nº 5.783, de 26 de novembro de 2024, publicada pelo Ministério da Saúde (MS). O total a ser transferido chega a R$ 737.213.910,33, entre valores destinados a execução municipal e estadual.

Os recursos são repassados mensalmente e destinados aos entes federados para que possam fazer o pagamento do piso de profissionais da categoria. Porém, como lembra o Brasil 61, é essencial que a aplicação dos recursos seja fiscalizada para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores, como destaca o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira.

“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia.

Municípios como Sena Madureira (AC) e Água Branca (AL), receberão mais de R$ 100 mil, cada. Para Lauro de Freitas (BA) e Anápolis (GO), a previsão é que sejam destinados mais de R$ 1 milhão.

No geral, o maior valor foi destinado aos municípios de Minas Gerais, que partilham mais de R$ 105 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 77 milhões, entre valores de execução estadual e municipal.

Confira na tabela abaixo quanto cada município recebeu:

Ranking Estado Valores Gestão Estadual Valores Gestão Municipal Total
1 MG R$ 105.252.208,32 R$ 105.252.208,32
2 BA R$ 29.127.727,26 R$ 47.940.963,02 R$ 77.068.690,28
3 PE R$ 35.465.605,34 R$ 30.317.553,01 R$ 65.783.158,35
4 MA R$ 15.945.743,90 R$ 41.194.650,87 R$ 57.140.394,77
5 RJ R$ 4.397.295,83 R$ 44.260.054,10 R$ 48.657.349,93
6 PA R$ 11.157.070,66 R$ 34.286.569,42 R$ 45.443.640,08
7 CE R$ 5.608.656,94 R$ 38.061.052,17 R$ 43.669.709,11
8 SP R$ 8.002.142,17 R$ 30.809.985,41 R$ 38.812.127,58
9 PB R$ 3.193.469,39 R$ 26.460.327,36 R$ 29.653.796,75
10 PR R$ 16.095.184,19 R$ 12.358.657,70 R$ 28.453.841,89
11 RS R$ 11.529.942,49 R$ 16.289.277,58 R$ 27.819.220,07
12 AM R$ 8.058.441,10 R$ 10.588.830,62 R$ 18.647.271,72
13 RN R$ 5.362.699,20 R$ 13.240.637,80 R$ 18.603.337,00
14 AL R$ 2.052.050,11 R$ 14.951.282,15 R$ 17.003.332,26
15 ES R$ 9.266.920,03 R$ 7.324.507,10 R$ 16.591.427,13
16 GO R$ 5.122.412,82 R$ 9.930.640,33 R$ 15.053.053,15
17 SC R$ 8.374.029,22 R$ 6.020.058,26 R$ 14.394.087,48
18 PI R$ 1.622.793,86 R$ 12.148.846,01 R$ 13.771.639,87
19 MS R$ 1.559.740,71 R$ 9.905.646,03 R$ 11.465.386,74
20 TO R$ 5.089.505,73 R$ 5.893.212,54 R$ 10.982.718,27
21 SE R$ 4.875.159,94 R$ 3.680.708,44 R$ 8.555.868,38
22 MT R$ 8.480.895,66 R$ 8.480.895,66
23 RO R$ 1.122.072,70 R$ 5.254.416,65 R$ 6.376.489,35
24 AP R$ 546.406,51 R$ 4.281.348,03 R$ 4.827.754,54
25 AC R$ 2.492.326,15 R$ 1.270.996,79 R$ 3.763.322,94
26 RR R$ 943.188,71 R$ 943.188,71

Acerto de Contas

O Ministério da Saúde também publicou a Portaria GM/MS 4.155, de 14 de junho, para acerto de contas de entes federados. Serão repassados R$ 172.163.255,20 a 1.626 municípios e 10 estados, referentes a parcelas de maio a agosto de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde, os municípios e estados que não estão na Portaria 4.155 podem solicitar por e-mail, com as justificativas necessárias para embasar o requerimento. Caso não seja aceito, será encaminhada uma resposta, também por e-mail, com instruções para a correta inserção de dados no sistema InvestSUS.

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MPPB constata que 15 Municípios da PB não têm sala de coleta para teste do pezinho e cobra solução

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Quinze municípios paraibanos ainda não possuem sala de coleta para realização da triagem neonatal, popularmente conhecida como “teste do pezinho”. O problema levou o Centro de Apoio Operacional em matéria da defesa da saúde do Ministério Público da Paraíba (CAO Saúde) a encaminhar, a título de apoio funcional, aos promotores de Justiça que atuam nessas localidades, minutas de portaria e de recomendação para cobrar dos gestores a instalação dessas salas. A ação integra o Procedimento 001.2022.027175, instaurado pelo MPPB para acompanhar a triagem neonatal na Paraíba.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PB), os municípios que não dispõem de salas para a coleta do exame são: Areia de Baraúnas, Baraúna, Boa Ventura, Bom Sucesso, Brejo dos Santos, Conceição, Diamante, Passagem, Pilõezinhos, Pirpirituba, Riachão, Riachão do Poço, Rio Tinto, Santa Inês e de São José de Espinharas.

Conforme explicou a coordenadora do CAO Saúde, a promotora de Justiça Fabiana Lobo, a falta da coleta local impacta negativamente na cobertura da triagem neonatal, pois a puérpera e o bebê (de três a cinco dias de nascido) precisam ser levados para outro município. “Muitos não vão, comprometendo eventual diagnóstico e tratamento precoce de doença congênita”, argumentou.

Segundo ela, a implantação de sala de coleta para o teste do pezinho pode ser feita em um espaço na própria UBS (Unidade Básica de Saúde). Para facilitar o trabalho, a SES elaborou um checklist com os requisitos mínimos que devem ser atendidos pelos municípios. O checklist também foi enviado aos promotores de Justiça.

Lobo destacou também que a atuação ministerial do promotor de Justiça de Itaporanga, Renato Martins Leite, sobre a matéria norteou a minuta da recomendação enviada aos demais membros.

Promotoria de Itaporanga

O promotor de Justiça Renato Leite informou que, a partir de ofício enviado pelo CAO Saúde, foi instaurado o Procedimento 001.2024.074116 para acompanhar a taxa de cobertura do teste do pezinho nos municípios da circunscrição da Promotoria de Justiça de Itaporanga.

Foi constatado que quatro municípios apresentavam cobertura abaixo de 50% (Boa Ventura, Diamante e Pedra Branca, que não registraram cobertura do exame, e Curral Velho, com 12% de cobertura) e que três tinham cobertura acima de 50% (Itaporanga, com 84%; São José de Caiana, com 78% e Serra Grande, com 77%).

No último dia 16 de outubro, foi realizada audiência, por videoconferência, com representantes de hospitais locais, da SES-PB, do Laboratório Central (Lacen-PB) e com os secretários municipais de Saúde sobre o assunto. “Na ocasião, foi identificado que alguns dos municípios da circunscrição não possuíam sala de coleta para o teste do pezinho e que, embora alguns possuíssem a sala, a coleta do material era feita em município diverso da residência do recém-nascido”, disse o promotor de Justiça.

No dia 7 de novembro, foi expedida a Recomendação n° 20/2024 aos municípios de Itaporanga, Serra Grande, São José de Caiana, Pedra Branca, Boa Ventura, Diamante e Curral Velho, para que fossem adotadas as medidas necessárias à implantação de Posto de Coleta da Atenção Básica para o Teste do Pezinho, situado no próprio município, bem como capacitação das equipes de saúde para orientar ao acesso da população recém-nascida do respectivo município ao diagnóstico precoce de doenças raras.

Também foi recomendada a adoção das medidas necessárias para capacitação contínua das equipes de saúde responsáveis pela coleta e transporte de material biológico para o Teste do Pezinho, uma vez que, em todo o Estado, há um número significativo de amostras que não estão sendo analisadas pelo Lacen-PB por serem consideradas inservíveis.

Outra medida recomendada foi a busca ativa pelas equipes de saúde da população recém-nascida para a realização do exame. “Os municípios de Pedra Branca e São José de Caiana já informaram que já constam com o Posto de Coleta devidamente instalado. Ademais, o procedimento aguarda a comprovação do acatamento e do cumprimento da recomendação pelos destinatários”, informou o representante do MPPB.

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Vereadores se reúnem e lançam aliança por mudança na Câmara de João Pessoa

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O grupo de vereadores composto por João Almeida, Edmilson Soares, João Corujinha, Bosquinho, Rômulo Dantas, Luiz da Padaria e Fábio Carneiro, formalizou aliança para discutir a Câmara Municipal e os avanços necessários para a cidade de João Pessoa.

Durante o encontro realizado nesta quinta-feira (28/11), os parlamentares firmaram o compromisso de ampliar a discussão sobre o que a população de João Pessoa deseja da nova Câmara e de seus vereadores, que serão empossados em janeiro.

Além da ampliação dos espaços para população, o grupo defende uma discussão do orçamento da Casa com todos os parlamentares, a criação de duas novas comissões permanentes para ampliar o debate no ambiente legislativo municipal, além da construção de espaço para receber crianças atípicas e suas mães, ampliação dos dias de sessão ordinárias e especiais e ampliação do projeto Câmara Itinerante por todos os bairros da cidade.

Na oportunidade, o grupo ratificou nome de João Almeida como candidato a presidente, deixando espaço aberto para outros vereadores se incorporarem visando a discussão de uma nova Câmara, com mudanças conectadas com a população.

De acordo com João Almeida, quem tem que decidir os rumos da Câmara são os quase 1 milhão de habitantes que hoje moram na Capital.

Já o experiente vereador Edmilson Soares disse que a Câmara tem que ter igualdade para todos os 29 parlamentares, além de ser descentralizada para que todos tenham condições de trabalho e voz ativa nas principais ações administrativas.

O vereador eleito Rômulo Dantas defende a construção de uma creche nos moldes da mantida pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para atender as funcionárias da Casa, além das mães de crianças autistas.

Fábio Carneiro, que chega pela primeira vez à Câmara, disse que o grupo tem o “DNA” da palavra e vai buscar o consenso para uma Mesa eclética e democrática. Ele ressaltou que o grupo é composto por vereadores aliados de primeira hora do prefeito Cícero Lucena (PP) e que foram recentemente secretários de sua gestão, a exemplo de João Corujinha, João Almeida e o próprio Fábio Carneiro.

“O grupo quer o levar o debate para as ruas, e perguntar se a população está satisfeita com a atual gestão, que tenta sua segunda reeleição ou prefere uma mudança urgente”, destacou.

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