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Paraíba

Novo Normal: Ministério Público avalia situação do ensino remoto nos municípios paraibanos

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O Ministério público da Paraíba coletou 8.080 respostas na consulta pública sobre as atividades escolares no contexto da pandemia de covid-19, realizada entre 9 de julho e 10 de agosto, através de formulário eletrônico. Foram 1.506 alunos respondentes (18,6% do total), 4.081 (50,5%) pais e responsáveis, 1.919 (23.8%) professores, 170 (2,1%) técnicos e 273 (3.4%) gestores e oito respondentes em outras situações (0,09%). Essas pessoas representam 145 dos 223 municípios paraibanos. A avaliação – promovida pelo Centro de Apoio Operacional (CAO) às Promotorias da Criança, do Adolescente e da Educação – deve subsidiar a atuação do MPPB quanto à eficácia do ensino remoto para fins de sua integralização na computação da carga horária mínima de 800 horas/anuais. De acordo com a consulta, no geral, 78,1% querem que as atividades remotas sejam validadas para o ano letivo. Cada situação deve ser avaliada.

Os resultados da pesquisa foram disponibilizados aos promotores de Justiça que atuam na área, através de sistema específico do MPPB (o Thoth), que possibilita filtrar os dados por município. É possível aferir se as redes de ensino têm ofertado atividades pedagógicas a distância e quais os mecanismos de acesso (impressos ou digitais) dos estudantes. Também avalia-se o acesso dos envolvidos aos recursos tecnológicos e os dispositivos utilizados pelos estudantes para acompanhar as atividades pedagógicas não presenciais, além do grau de interesse dos pesquisados na contabilização das atividades pedagógicas não presenciais para efeito de integralização no calendário letivo, para além do tempo diário de duração das atividades não presenciais e a opinião dos respondentes em torno da retomada das atividades presenciais, por mecanismos híbridos.

“Sugere-se, na análise de dados, lançar olhar em torno do número de participantes no município alvo da pesquisa. Detectada participação significativa de consulentes, sugere-se avaliação quanto à eficácia do ensino remoto. Com esteio nos dados consolidados e se sugestivos da eficácia do ensino não presencial, recomenda-se a ciência à Secretaria de Educação do Município para fins de sua validação. Se detectada a precária ou inexistência de oferta de atividades não presenciais, sugere-se ingerências voltadas à complementação da carga horária cumprida nos dias letivos que anteviu o isolamento social, quando da retomada das atividades presenciais, com integralização no calendário do ano letivo, com vistas à efetivação do direito fundamental à educação e à universalização do atendimento escolar (art. 214 da CF)”, orienta a promotora de Justiça Juliana Couto, coordenadora do CAO.

Computador, celular ou nenhum dos dois?

De acordo com os dados preliminares coletados na pesquisa, 78 municípios não figuram na pesquisa. O maior número de respondentes está relacionado às escolas municipais (5.700), mas também há representação das redes privada de ensino (1.775), da estadual (564) e da federal (12). Segundo os resultados gerais, 98,5% das escolas particulares estão oferecendo atividades pedagógicas remotas. Esse percentual é de 96,2% na rede municipal, 97,5% na estadual e apenas 33,3% no ensino federal.

A consulta pública mostra que as as escolas disponibilizaram para a realização das atividades não presenciais em 38,7% dos casos , materiais impressos e digitais; em 31,9%, material digital exclusivamente: em 27%, apenas materiais impressos; e em 2,1 % dos casos, nenhum recurso foi disponibilizado. 59% dos alunos, utilizaram celular para acompanhar as aulas, enquanto que 27,4 % dos estudantes se serviram de celular e de computador; 4,4% dos alunos utilizaram exclusivamente computadores e, apenas 2,8% dos entrevistados responderam não ter acesso a nenhum aparelho eletrônico. De acordo com o CAO, percebeu-se que o ensino remoto chegou aos alunos em poucas horas diárias (em sua maioria entre uma ou duas horas). Apenas em 18,4% o tempo diário de atividades superou as três horas.

“Percebe-se que o ensino não presencial foi veiculado, a grande parte dos estudantes, pelo celular e por pouco tempo. Sabemos que a qualidade do ensino remoto não corresponde a do ensino presencial (que se dá em, pelo menos, quatro horas). O ensino não presencial produz mitigação de danos em relação aos retrocessos de aprendizagem, a evasão e ao abandono escolar. Foi autorizado pelos conselhos de educação nas diversas esferas federativas. Cabe a cada promotor, dentro de sua independência funcional, entendendo ter havido afronta aos comandos constitucionais, rechaçar esse ensino não presencial, sobretudo se auferida a sua precariedade, no território em que atua”, explicou.

Satisfação ou receio de perder ano letivo?

Um dado que chamou a atenção da promotora de Justiça Juliana Couto foi o alto índice de satisfação dos respondentes com a adoção das atividades pedagógicas não presenciais: 62,3% (5.031) se declararam satisfeitos e 25,3% (2.041) muito satisfeitos. Apenas 11,5% (932) se disseram insatisfeitos e 0,9% (76) disseram que a escola não realizou atividades remotas. “Discutimos muito sobre esses dados. A compreensão que temos é que, talvez, quem acudiu à resposta estava com receio de o Ministério Público, de alguma forma, provocar a invalidação desse ensino não presencial. É como se a população quisesse que esse ensino não presencial fosse integralizado ao ano letivo. Percebemos que esse ensino chegou, pelo menos entre os que responderam à consulta, em sua maioria, através dos canais tecnológicos”, avaliou.

O grau de interesse dos respondentes na contabilização das atividades pedagógicas não presenciais para efeito de integralização no calendário letivo ao qual a promotora se refere é, inclusive, medido em um dos resultados: 6.307 (78,1%) disseram que querem a integralização; 1.114 (13,8%) responderam que não têm interesse e 659 (8,2%) não souberam avaliar. Também a maioria (77%) disse que a realização de atividades não presenciais foram precedidas de discussão com segmentos da comunidade escolar; 9,7% disseram que não houve essa discussão e 13,3% não souberam responder. Por último, o Ministério Público quis ouvir a opinião da comunidade escolar sobre a retomada das atividades presenciais, por mecanismos híbridos (atividades presenciais e remotas) e 52,5% concordaram, 36,7% não quiseram e 10,8 não souberam avaliar.

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Eduardo Carneiro revela diálogo entre Solidariedade, PSDB e mais três legendas para formar federação

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Redação do Portal da Capital

O deputado estadual, Eduardo Carneiro (Solidariedade), revelou durante entrevista concedida ao Blog do Chico Soares nesta terça-feira (26/11) que há diálogos intensos para formação de uma federação entre partidos, incluindo o PSDB, Cidadania e mais outras duas legendas.

“O Solidariedade e outros partidos já estão em discussão, e os desdobramentos se darão até o final do ano. Foi isso que ficou decidido em reuniões que estamos participando. Já inclusive de maneira muito avançada com o partido do PSDB, que deverá, juntamente com o Cidadania, e mais duas legendas que estão aí em discussão, para poder formatar uma federação ampla. Porque esses partidos têm uma maior bancada”, afirmou.

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Obras de construção de nova escola em São Bento seguem em ritmo acelerado; confira

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Redação do Portal da Capital

A Prefeitura Municipal de São Bento em parceria com o Governo do Estado avançam na construção de uma nova unidade educacional no Loteamento João Lima.

As obras estão orçadas em R$ 2 milhões de reais e a escola beneficiará a população da região com um prédio moderno, infraestrutura completa e profissionais qualificados.

Com essa, a cidade chega a marca de 28 unidades educacionais, sendo 32 até o ano de 2026. “É assim que, com fé em Deus e muito trabalho, estamos construindo uma nova São Bento, onde a educação é prioridade!”, afirmou o prefeito Doutor Jarques em publicação nas redes sociais.

Veja:

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Paraíba

PF investiga crimes de fraude a procedimentos licitatórios e contratos públicos na Paraíba

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Redação do Portal da Capital

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (28/11) a Operação Family First, que tem como objetivo combater crimes de fraudes em procedimentos licitatórios e contratos públicos praticados por empresa de assessoria em licitação sediada no município Monteiro/PB.

Segundo as investigações, a empresa prestava serviços de assessoria para organização de certames públicos realizados por prefeituras municipais, tendo sido constatado que várias destas licitações foram vencidas por uma distribuidora de alimentos controlada pela própria empresa assessora, registradas em nome de familiares dos investigados, suspeitos de serem “laranjas”.

Durante as investigações, foi possível identificar a participação de um investigado que atuava como pregoeiro ou presidente da comissão de licitação de alguns dos municípios que realizaram certames com a empresa de assessoria, com suspeitas de favorecimento para que a distribuidora de alimentos em nome de terceiros vencesse as licitações e assinasse contratos públicos de fornecimento de cestas básicas.

Foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão pela 16ª Vara Federal da Paraíba, que foram cumpridos nas sedes das empresas investigadas e nas residências de seus sócios, todos localizados no município de Monteiro.

Caso sejam comprovadas a autoria e a materialidade, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude em licitação, contratação direta ilegal e associação criminosa, com penas que podem chegar a 19 anos de reclusão, sem prejuízo de outras imputações, a depender do resultado da análise do material apreendido.

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