O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou abertura de inquérito para investigar existência do recebimento de suborno por parte do paraibano ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho.
O caso é o número cinco dentre dezoito que entram na linha de inquérito segundo informação divulgada na manhã desta quarta-feira (15) pelo site Crusoé.
O nome do paraibano e de outros dois ministros do TCU foram apontados pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, durante delação.
De acordo com a matéria, assinada por Fábio Serapião, o ex-governador teria revelado que pelo menos três ministros do TCU, incluindo o paraibano Vital do Rêgo Filho, teriam aceitado suborno para simular um contrato entre a Fecomércio e um escritório de advocacia.
Fábio Cabral teria dito que, pelo acordo, Vital do Rêgo e outros dois ministros do TCU, Raimundo Carreiro e Bruno Dantas, passaram a receber mensalmente a bagatela de R$ 100.000,00 (cem mil reais) durante mais de um ano.
Ainda segundo Cabral, outra parte do dinheiro utilizado para suborno, o equivalente a R$ 100.000,00 (cem mil reais), era destinado ao advogado Marcelo Nobre.
Feitos ilícitos
No mês de fevereiro a reportagem da Crusoé revelou existência de uma ligação do nome de Vital do Rêgo ao de Sérgio Cabral em feitos ilícitos. A mesma reportagem também publicou que o paraibano havia sido citado em vários outros acordos de colaboração da Lava Jato e que por isso teria virado alvo de investigação na Procuradoria Geral da República.
Em resposta à Crusoé, o ministro Vital do Rêgo Filho, apontou Sérgio Cabral como pessoa de “reiteradas condenações criminais” e disse que não iria comentar as acusações do ex-governador do Rio.
Sérgio Cabral
Sérgio Cabral é ex-governador do Rio de Janeiro, está preso desde o mês de novembro de 2016 e já foi condenado a mais de 282 anos de prisão por diversos crimes de corrupção, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
No último mês de fevereiro o ministro do STF, Edson Fachin, decidiu que Sérgio Cabral não gozaria de benefícios em ações nas quais ele já havia sido condenado, mas sim, e apenas, nas novas.