O coordenador da Defesa Civil de Campina Grande, Ruiter Sansão, esclarece que, apesar de 27 mananciais do Estado estarem transbordando e o Açude de Boqueirão com 70% da capacidade de armazenamento, a Operação Carro-Pipa prossegue na Zona Rural da cidade e em outros municípios da Paraíba.
– A água de Boqueirão não chega ao Assentamento Monte Alegre, ao
Logradouro, as comunidades distantes de São José da Mata, do Distrito de Catolé, do Covão, isso por falta de tubulação da Cagepa – destacou.
O abastecimento alternativo do mês de maio,através da Operação Carro-Pipa foi iniciado no dia 4 e se estenderá até o último dia útil do mês, sempre de segunda a sexta-feira.
Em março, a Defesa Civil de Campina Grante aumentou a escala de plantão. Dois servidores ficaram responsáveis pela Operação Carro-Pipa. E mais três servidores, um no plantão e dois em campo na zona urbana. Estes são responsáveis pela fiscalização, vistoria em estruturas que representam algum grau de risco, isso por conta do coronavírus.
De acordo com Ruiter, em ocorrência de chuvas, numa intensidade na qual necessite de uma ação mais efetiva da Defesa, os servidores que estão de sobreaviso, além de outros que trabalhem em alguma Secretaria junto a Defesa Civil de Campina Grande, eles serão reagrupados e vão atender as possíveis ocorrências.
Ele acrescenta que, “até perdurar o Plano de Contingência do coronavírus no município de Campina Grande, nós estamos trabalhando pautado nas informações da AESA e em regime de plantão elástico, sendo dois servidores na zona rural e três na zona urbana ficam de prontidão para qualquer atendimento”.
DECRETO – Um dos presupostos para o reconhecimento por parte do Governo Federal de um decreto de situação de emergência, por conta de seca, no qual os municípios que não tiverem condições serão inseridos na Operação Carro-Pipa, que tem recursos da Defesa Civil Nacional e executado pelo Exército. O decreto deve está baseado no boletim que vai da meteorologia (Observatório das Secas) que atestam a escassez hídrica e a necessidade do abastecimento alternativo, e garantia de água potável para as comunidades.
No Nordeste, muitas comunidades rurais bem distantes que não têm a canalização da água, mas, tem o histórico de seca. No entanto, o relatório da Meteorologia que vai para o Ministério do Desenvolvimento Regional, que reconhece um Decreto de Emergência, serve como instrumento de fundamentação. Se apontar para chuvas, nas quais há açudes com garantia de água para as comunidades, o Decreto não será reconhecido e a Operação Carro-Pipa é suspensa.
Muitas comunidades tem cisternas que são abastecidas pelo Exército e tem cisternas que geralmente são ligadas da calha da casa, onde precisa de uma limpeza, por conta de doenças transmitidas por água contaminada. Essa água tem que ser tratada e acompanhada pelos agentes comunitários de saúde da Zona Rural, para evitar prováveis surtos de cólera, diarreia, que mata principalmente crianças e idosos. E tem muitas nas comunidades rurais, além da falta de uma educação ambiental e sanitária, que na maioria das vezes não é culpa deles e sim de um poder público estabelecido há muitos anos, que deveria levar orientações a população.
O Decreto da Paraíba se venceu em abril, o Governo do Estado deve ter encaminhado um outro para Brasília, se o Governo Federal não reconhecer o Decreto de Emergência, a Operação Carro-Pipa é suspensa, o que vai acarretar muitos problemas.
Ruiter informa que todas as cisternas que estão sendo abastecidas este mês, elas fazem parte de um Decreto anterior. – Essas situações devem ser observadas e atendidas no município. Na falta de água, essas pessoas vão se unir para solicitar água dos prefeitos. Todos os informes a Defesa Civil vai repassar ao prefeito Romero Rodrigues e ao secretário de Agricultura através de ofício – finaliza.