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Paraíba

Com salários ameaçados, servidores divulgam nota e cobram transparência do governo João Azevedo

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Diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus, para pressionar a liberação de recursos oriundos do Governo Federal, o governador João Azevedo, através do secretário estadual da Fazenda, Marialvo Laureano, ameaçou, na última semana, não pagar o salário do mês de maio dos servidores públicos estaduais.

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Com os salários ameaçados, os servidores públicos estaduais representados pelo Sindicato dos Urbanitários da Paraíba – Stiupb – divulgaram nota à imprensa e sociedade paraibana, onde apresentam dados da arrecadação fiscal da Paraíba, relembram o discurso de equilíbrio propagado pelo Governo do Estado, e cobram mais transparência do governo João Azevedo (Cidadania).

Confira a nota na íntegra

Estamos vivendo mudanças complexas em nossas vidas e há poucos dias fomos pegos de surpresa e ficamos perplexos com a declaração dada pelo Secretário da Fazenda do Estado, o Sr. Marialvo Laureano, com uma vasta experiência, uma vez que fora Delegado na Receita Federal e foi nomeado para a Superintendência da Receita Federal, nos explicará detalhadamente ao que afirmou que o Governo Paraibano apenas assegurará recursos para sanar a folha de pagamento do mês de abril do ano em curso.

A dificuldade em administrar uma pandemia certamente é complexa, tem sido, contudo, suas consequências podem ser piores, se avançar sua crise econômica sacrificando as famílias dos servidores e servidoras estaduais. Cada servidor e servidora pública responsável por manter suas famílias e que dependem exclusivamente de seus vencimentos para isso.

Portanto a projeção de queda da arrecadação defendida pelo Secretário da Fazenda do governo na ordem de 40% pra o mês de abril e queda de 60% em maio, justificando que tais perdas de recursos que são oriundos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o conhecido “ICMS” não pode e não será aceito silenciosamente pelo conjunto da classe trabalhadora.

A população paraibana tem conhecimento que o estado da Paraíba permaneceu por três anos consecutivos, dentre os estados brasileiros classificados como Rating B, ou seja, possuindo a capacidade de garantir empréstimos e financiamentos. Tal constatação foi feita pela Secretaria do Tesouro Nacional em seu Boletim de Finanças de 2019.

Com estas afirmações e confirmações, podemos questionar o Governo da Paraíba o que aconteceu, como pode nos transparecer todo o ocorrido, para que a Declaração feita pelo Secretário da Fazenda, nos sejam aclaradas. Se o que nos fora visto que o estado foi superavitário nos últimos anos, como afirma em matéria publicada no portal do governo na internet, informando que em 2018 a Paraíba terminou dezembro pagando tudo o que devia e que restava no caixa do estado mais de 310 milhões para serem usados o ano de 2019. É bom ressaltar que aproximadamente R$50 milhões estavam destinados para pagar os salários dos servidores e servidoras da educação (recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB), ficando R$260 milhões para o governo estadual administrar.

Terminado o ano de 2019 e corridos apenas três meses de 2020, esse mesmo governo afirma que não existe dinheiro para honrar a folha de pagamento do estado?

Se faz necessário alertar que os salários dos servidores do estado retroalimentam a economia da Paraíba, e que sem tais salários circulando na economia local, o cenário econômico nebuloso projetado pelo secretário certamente pode ser estarrecedor.

Portanto, reivindicamos toda transparência com os recursos econômicos sob a responsabilidade do Governo do Estado.

No último mês de janeiro o governador anunciou o reajuste salarial dos servidores públicos, um acréscimo que representou mais de R$ 340 milhões na folha de pessoal em 2020. Apenas com a arrecadação de ICMS, entraram nos cofres do Estado aproximadamente R$ 468 milhões, cerca de R$ 14 milhões a mais em relação ao que se arrecadou em março de 2019, quando entraram nos cofres públicos R$ 454 milhões, ou seja, um incremento aproximado de 3,08%.

Somadas as receitas totais (ICMS, IPVA, ITCD e Taxas), entraram nos cofres do estado da Paraíba no mês de março aproximadamente R$ 506 milhões, cerca R$ 8 milhões a mais em relação ao que se arrecadou em março de 2019, quando entraram nos cofres públicos R$ 498 milhões, ou seja, um incremento de 1,61%.

Só para se ter uma ideia simulada da arrecadação de impostos na Paraíba, segundo os dados disponibilizados no IMPOSTÔMETRO da Associação Comercial de São Paulo em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a arrecadação na Paraíba vêm se comportando da seguinte forma: entre os dias 01 a 29 de fevereiro 2020 foi arrecadado o montante de R$ (1.204.831.844,15) por outro lado entre os dias 01 a 31 de março 2020 o valor da arrecadação foi de (R$ 1.207,042.469,84) o que representa uma redução de (0,28%) contudo simulando a arrecadação entre os dias 01 a 31 de março 2019 foi de (R$ 1.456.988.162,49) em relação ao mesmo período de 2020 houve uma  redução de (17,15%) na arrecadação do estado. Seguindo a mesma lógica didática temos que entre os dias 01 a 10 de abril de 2020 a seguinte arrecadação (R$ 411.000.894,90) comparando com o mesmo período de 2019 quando foi arrecado (R$ 486.251.089,53) temos uma redução de (15,47%) na arrecadação do estado da Paraíba o que não justifica a tese de bancarrotas defendida pelo secretário do estadual da fazenda de não ter dinheiro para honrar os salário dos servidores e das servidoras do estado.

Nos espanta saber que desde o mês de janeiro de 2020 até a presente data não existe qualquer informação no SAGRES do Tribunal de Contas do Estado referente às despesas do estado da Paraíba.

Assim é fácil saber notoriamente que durante os anos de 2011 a 2018 o estado da Paraíba tenha feito o dever de casa em relação ao seu controle fiscal e financeiro, onde fora garantida sempre a arrecadação mensal sugerindo assim a certeza de que a classe trabalhadora recebera seus salários no mês trabalhado e que no mês de junho (de cada ano) receberia 50% do 13º salário.

Além disso, como podem as contas do estado desonerarem em um ano e três meses?

A partir dos dados levantados e apresentados acima, entendemos que nesse momento a projeção da diminuição da arrecadação do ICMS para não pagar os salários dos servidores no mês de maio não se justifica, uma vez que os investimentos do estado também pararam de acontecer, a exemplo da continuação dos serviços nas obras de infraestrutura, embora o governo há quase um ano e meio não apresente nenhuma grande obra de infraestrutura.

Sendo assim, levanta-se a dúvida de que talvez a benevolência no repasse do duodécimo aos demais poderes tenham complicado a situação financeira do estado em 2020 e que a mencionada justificativa que vem sendo dada neste momento seja tão somente um oportunismo para esconder a real situação financeira do Paraíba.  Dessa forma, acreditamos que, competi ao Governo do Estado da Paraíba apresentar transparência nos dados Físico Financeiro, fazendo-se saber que a última informação foi publicada no SAGRES, em dezembro de 2019.

Por fim, além de conviver com a pandemia que assola o mundo e nos põe em isolamento social, nos parece evidente que não existe por parte do governo do estado uma política de incentivo financeiro aos micros e pequenos empresários, trabalhadores informais que nesse momento estão tendo que se virar diante da pandemia.

Ressalta-se que a grande maioria dos trabalhadores e trabalhadoras dos serviços essenciais ofertados pelo estado têm denunciado a falta de EPI para executarem suas tarefas diárias. Assim como fica evidente a falta de testes para detecção do COVID-19 em quantidades suficientes para o número crescente de casos na Paraíba.

Não podemos nos calar diante da possibilidade de punição às pessoas que trabalham e esperam por seus vencimentos o quanto precisam do mesmo. Estamos atentos e queremos o posicionamento do Tribunal de Contas.

Reivindicamos que haja transparência nas contas do estado e não permitiremos que a partir do mês maio de 2020, os servidores e as servidoras estaduais sejam penalizados sem seus salários, em particular os trabalhadores da CAGEPA. Entretanto deixamos a pergunta chave sucintamente: Onde foi parar todo o dinheiro da Paraíba?

Exposta a situação, ainda esperamos a clareza a transparência dos dados financeiros do governo do estado da Paraíba.

Campina Grande, 12 de abril de 2020.

Sindicato dos Urbanitários da Paraíba – Stiupb

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Paraíba

Mais de 670 mil famílias paraibanas recebem o Bolsa Família em novembro

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Paraíba tem, em novembro, 670 mil famílias beneficiárias do Bolsa Família. O investimento federal supera R$ 453,8 milhões, o que assegura um valor médio de benefício de R$ 677,48 aos contemplados nos 223 municípios do estado. O cronograma de pagamentos tem início nesta quinta-feira, 14 de novembro, e segue até o dia 29, de acordo com o final do Número de Identificação Social.

No pacote de benefícios incluídos na retomada do programa em 2023, 259,3 mil crianças de zero a seis anos recebem o Benefício Primeira Infância na Paraíba, um adicional de R$ 150 destinado a cada integrante dessa faixa etária na composição familiar. O investimento para assegurar o repasse a esse público é de R$ 37 milhões.

O Bolsa Família também prevê outros benefícios complementares, no valor adicional de R$ 50, que chegam a mais de 454,6 mil crianças e adolescentes de sete a 18 anos paraibanas, além de beneficiar 40,1 mil gestantes e 13,9 mil nutrizes. Para esses pagamentos, o investimento federal supera R$ 23,7 milhões.

Em novembro, o Bolsa Família alcança, em seu grupo prioritário, 1.297 famílias em situação de rua, 13.557 de catadores de material reciclável, 3.478 de quilombolas e 4.805 de indígenas na Paraíba. O programa do Governo Federal ampara neste mês 349 famílias com crianças em situação de trabalho infantil e 2.690 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo ao escravo. No total, são 26 mil famílias contempladas nos grupos prioritários no estado paraibano.

Com 83.779 famílias contempladas, a capital João Pessoa é a cidade com maior número de beneficiários do Bolsa Família neste mês. Na sequência dos cinco municípios com maior número de famílias atendidas na Paraíba estão Campina Grande (38.863), Santa Rita (19.242), Bayeux (17.320) e Patos (14.504).

Cidade com 7.223 habitantes e 2.065 famílias atendidas neste mês, Cacimbas é o município paraibano com maior valor médio em novembro: R$ 730,08. Em seguida aparecem Pedro Régis (R$ 721,24), Arara (R$ 714,99), Baía da Traição (R$ 710) e Marcação (R$ 709,73).

NACIONAL – Com a entrada de 42,7 mil famílias em novembro, o Bolsa Família contempla neste mês mais de 20,77 milhões de famílias em todos os 5.570 municípios do país. O investimento do Governo Federal para o pagamento dos benefícios é de R$ 14,1 bilhões, o que supera em mais de 110 milhões os R$ 14,03 bilhões transferidos em outubro. O valor médio do benefício neste mês é de R$ 681,22.

VULNERÁVEIS – Em novembro, o Bolsa Família beneficia em seu grupo prioritário 236.657 famílias de indígenas, 270.979 de quilombolas, 233.194 de famílias em situação de rua e 398.947 de catadores de material reciclável em todo o Brasil. Além disso, o programa do Governo Federal ampara 13.649 famílias com crianças em situação de trabalho infantil, 64.230 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo ao escravo, totalizando mais de 1,2 milhão de famílias contempladas nestes grupos.

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA – Um dos destaques do Bolsa Família é o foco na proteção da infância e da adolescência. Em novembro, o programa alcança 25,04 milhões de crianças e adolescentes entre zero e 17 anos com benefícios adicionais em todo o Brasil, resultado de um investimento federal de mais de R$ 2,02 bilhões.

R$ 150 — Dentro da cesta de benefícios estabelecida com a retomada do programa em 2023, 9,29 milhões de crianças de zero a seis anos que integram as famílias beneficiárias do Bolsa Família em todas as Unidades da Federação recebem neste mês o Benefício Primeira Infância (BPI), no valor de R$ 150. Para isso, serão investidos R$ 1,31 bilhão em recursos federais.

R$ 50 — Outras 12,35 milhões de crianças e adolescentes de sete a 16 anos incompletos recebem o Benefício Variável Familiar Criança. Somam-se a elas 3,39 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos incompletos amparados pelo Benefício Variável Familiar Adolescente. Ambos representam adicional de R$ 50. O investimento em novembro para saldar os dois benefícios é de R$ 717 milhões. Outros R$ 82,57 milhões garantem um adicional de R$ 50 a 1,33 milhão de gestantes e 412 mil nutrizes.

UNIFICADO — Neste mês, dentro das ações de enfrentamento a desastres, mais de 2,67 milhões de famílias de 710 municípios de Rio Grande do Sul, Amazonas Paraná, Pará e Sergipe recebem o pagamento de forma unificada nesta quinta-feira (14), por meio de um repasse superior a R$ 1,89 bilhão. Nesta medida estão incluídas as famílias de todos os 497 municípios gaúchos, que recebem um benefício médio de R$ 677,64, por meio de um repasse federal de R$ 462,4 milhões, e de todos os 62 do Amazonas, vítimas de uma das maiores estiagens já registradas.

PERFIL — Como costuma ocorrer no programa de transferência de renda do Governo Federal, 83,4% dos responsáveis familiares são mulheres: 17,32 milhões. Do total de pessoas que receberão os benefícios em novembro no Brasil, 31.665.566 são do sexo feminino (58,2%). A predominância entre os beneficiários é de pessoas de cor preta/parda, com 39,63 milhões (78,79%).

PROTEÇÃO — Outra criação da nova versão do Bolsa Família, a Regra de Proteção permite aos beneficiários permanecerem no programa por até dois anos, mesmo depois de conseguirem emprego com carteira assinada ou aumento de renda. Nesse caso, a família recebe 50% do valor. Esse parâmetro atinge, em novembro, 2,8 milhões de famílias brasileiras.

REGIÕES — No recorte por regiões, o Nordeste reúne o maior número de contemplados em novembro. São 9,44 milhões de beneficiários, a partir de um investimento de R$ 6,4 bilhões. Na sequência aparece a região Sudeste (6,02 milhões de famílias e R$ 4,01 bilhões em repasses), seguida pelo Norte (2,64 milhões de famílias e R$ 1,89 bilhão em repasses), Sul (1,53 milhão de beneficiários e R$ 1,02 bilhão em repasses) e Centro-Oeste (1,13 milhão de contemplados e R$ 775,6 milhões em repasses).

ESTADOS — Na divisão por unidades federativas, o maior número de contemplados em novembro está em São Paulo. São mais de 2,5 milhões de famílias beneficiárias no estado, a partir de um aporte federal de R$ 1,67 bilhão. A Bahia aparece na sequência, com 2,47 milhões de contemplados. Em outros seis estados há mais de um milhão de integrantes do programa: Rio de Janeiro (1,61 milhão), Pernambuco (1,58 milhão), Minas Gerais (1,58 milhão), Ceará (1,46 milhão), Pará (1,35 milhão) e Maranhão (1,23 milhão).

VALOR MÉDIO — Roraima é o estado com maior valor médio de repasse para os beneficiários: R$ 749,53. O Amazonas, com R$ 737,68, e o Acre (R$ 728,13) completam a lista das três maiores médias. Quando o recorte leva em conta os 5.570 municípios brasileiros, o maior valor médio está em Uiramutã, município de 13,7 mil habitantes em Roraima, com 2.334 famílias atendidas pelo programa e tíquete médio de R$ 1.017,63, único município do país a superar os mil reais de valor médio do benefício. Na sequência aparecem os municípios de Campinápolis (MT), com R$ 929,77, e Jordão (AC), com R$ 896,70.

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Harrison Targino lidera com 45,9%; Paulo Maia registra 33,1% e Patrícia 9,7% na disputa pela OAB-PB

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Faltando apenas quatro dias para eleição da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), o atual presidente, Harrison Targino, continua como o favorito na corrida pelo comando da Ordem, segundo pesquisa do Instituto Nexus, realizada entre os dias 10, 11 e 12 de novembro. A eleição acontece na próxima terça-feira (19) e deve mobilizar cerca de 13 mil advogados em todo o estado.

Na pesquisa estimulada, onde os entrevistados foram apresentados a uma lista de candidatos, Harrison Targino aparece na liderança com 45,9% das intenções de voto, seguido por Paulo Maia com 33,1%. Patrícia Azevedo ocupa o terceiro lugar, somando 9,7% das preferências. Além disso, 11,3% dos entrevistados disseram que não sabem ou preferiram não responder.

A pesquisa também detalhou o desempenho dos candidatos em diversas regiões do estado. Harrison Targino lidera em municípios como Patos, onde obteve 83,5% das intenções de voto, e Sousa, com 67,3%. Em João Pessoa, ele também aparece à frente, com 51,9%, contra 34,3% de Paulo Maia. Já em Campina Grande, a vantagem de Harrison é de 55,2%, enquanto Paulo Maia tem 32,9%.

Já na pesquisa espontânea, onde os eleitores mencionam os candidatos de sua preferência, Harrison Targino lidera com 40,4% das intenções de voto, seguido por Paulo Maia, que registra 29,7%. A candidata Patrícia Azevedo aparece com 7%, enquanto Alberto Jorge contabiliza 1%. O percentual de 21,9% dos entrevistados afirmou não saber ou preferiu não responder.

Sobre a Nexus

A Nexus é uma empresa atuante no mercado desde 2020, com sede em João Pessoa, localizada na Avenida Machado de Assis, 137, Sala 2, no centro da cidade. A empresa se especializa em pesquisas de mercado utilizando metodologias qualitativas e quantitativas, com atuação em diversos estados do Brasil. Com o apoio de modernos recursos tecnológicos, a Nexus entrega relatórios que permitem extrair informações detalhadas e realizar cruzamentos de variáveis, garantindo análises profundas e precisas.

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Força-tarefa do INSS regulariza mais de 3,3 mil benefícios do BPC na Paraíba

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A força-tarefa criada pelo Ministério da Previdência e pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já prestou 80.309 atendimentos às pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e tiveram seus pagamentos bloqueados. Segundo dados oficiais, a Paraíba tem 8.726 na fila de regularização e 3.330 foram regularizados nessa força-tarefa.

O reforço no atendimento presencial nas agências da Previdência se dará por 90 dias. Apesar de ser um benefício do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS), o BPC é pago pelo INSS.

Levantamento realizado nesta quinta-feira (14) aponta que dos 304.722 benefícios bloqueados em outubro por falta de inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, 194.870 foram desbloqueados até o último dia 13. Saiba se o seu nome está na lista pelo site do INSS sem precisar de login e senha.

Estão passando por revisão os beneficiários do BPC que estão sem inscrição no CadÚnico, mas recebem o pagamento, e os que não atualizam o cadastro há mais de 48 meses. A inscrição e a atualização do CadÚnico somente pode ocorrer no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) do município onde o beneficiário do BPC reside.

Quem procurar o INSS obterá informações sobre a revisão e fará o registro de comparecimento à Agência da Previdência. Com isso o bloqueio do pagamento é suspenso em até 72 horas. Os beneficiários do BPC têm ainda a opção de ligar na Central de Atendimento 135 e informar que a atualização/inscrição do CadÚnico está em andamento. O prazo de desbloqueio também é de até três dias.

Comparecimento ao Cras

Nos dois casos (comparecimento à agência ou ligação para o 135) o beneficiário tem que ir ao Cras para atualizar ou fazer a inscrição no CadÚnico em um prazo de 45 dias (nos municípios com até 50 mil habitantes) ou 90 dias (para os que têm mais de 50 mil habitantes). Caso não compareça no Cras da sua região para realizar os procedimentos o pagamento do BPC será suspenso.

Os beneficiários do BPC que vivem em municípios do Rio Grande do Sul com situação de calamidade pública reconhecida não passarão pelo processo de inscrição no CadÚnico ou atualização cadastral neste momento.

Quem tem direito

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) garante um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade.

A gestão do BPC é feita pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social e Combate à Fome (MDS), por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), que é responsável pela implementação, coordenação, regulação, financiamento, monitoramento e avaliação do benefício. A operacionalização é realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O BPC não é aposentadoria. Para ter direito a ele, não é preciso ter contribuído para o INSS. O BPC não paga 13º salário e não deixa pensão por morte.

Para ter direito ao BPC, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja igual ou menor que 1/4 do salário mínimo e que o beneficiário e sua família estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Isso deve ser feito no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) do município onde o beneficiário more antes mesmo de fazer o requerimento. Sem o CadÚnico, ele não pode ter acesso ao BPC.

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