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Paraíba

BBC destaca como João Pessoa passou de Capital ‘esquecida’ a nova ‘queridinha’ do Nordeste

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A popularidade e a repercussão que João Pessoa adquiriu nos últimos tempos devido às atrações turísticas, qualidade de vida e as belezas naturais segue ganhando destaque na mídia especializada e na imprensa. Desta vez, um artigo publicado pela BBC News Brasil mostra como a cidade passou de Capital pouco lembrada para um dos destinos mais procurados do Nordeste.

O artigo aponta o crescimento da cidade em diversos setores, como o aumento de turistas durante a época de alta temporada, a expectativa de construção de aproximadamente 10 mil novos hotéis nos próximos três anos, o aumento da movimentação no Aeroporto Castro Pinto, o ganho de população de acordo com os dados do Censo IBGE 2022 e diversas outras áreas foram citadas.

Clique aqui para conferir a matéria na íntegra com fotos ou leia o texto abaixo:

“Os turistas vão para Recife e pulam direto para Natal.”

Era isso que a professora Adriana Brambilla dizia até pouco tempo atrás a seus alunos do curso de Turismo na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa.

No meio do caminho de um dos trechos mais movimentados do litoral do Nordeste, a capital paraibana era conhecida pela tranquilidade, praias vazias e uma orla de prédios baixos com pequenos hotéis.

“João Pessoa não chamava atenção nacionalmente. Por muitos anos, ficamos de lado”, diz Brambilla, coordenadora do Grupo de Cultura e Estudos em Turismo (GCET) da UFPB.

Novos prédios de luxo surgem por todos os lados, beach clubs ocupam o litoral e a rede hoteleira só cresce.

Ao mesmo tempo, o trânsito tem começado a dar um nó, atrações como bancos de corais e de areia no meio do mar cristalino estão lotadas e restaurantes se enchem de filas.

Nas redes sociais, pessoenses têm feito centenas de vídeos e comentários (em geral, em tom de brincadeira) pedindo para os turistas se afastarem da cidade.

“Não cabe mais ninguém”, escreve uma moradora num vídeo que mostra um engarrafamento no TikTok.

Ao que tudo indica, porém, a procura vai aumentar.

Em sua recém-divulgada lista anual dos dez destinos em alta no mundo, a Booking.com, uma das maiores plataformas de reservas do turismo global, João Pessoa é colocada em terceiro lugar.

“Estará no topo da lista de todos em 2025”, diz a projeção.

A capital paraibana ficou atrás apenas de Sanya, considerada o “Havaí chinês”, e Trieste, na costa italiana do mar Adriático.

Na alta temporada que vai de dezembro a fevereiro, a prefeitura projeta uma ocupação hoteleira de quase 100%. E a Paraíba foi o Estado que mais cresceu na preferência dos brasileiros nesta atual temporada de verão, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo.

Nos próximos três anos, a expectativa é de que a cidade ganhe mais de 10 mil novos leitos com os hotéis em construção. E, até novembro deste ano, o Aeroporto Castro Pinto, em João Pessoal, registrou um aumento de 13,3% no movimento de passageiros

No entanto, o “inchaço” em João Pessoa não vem apenas do turismo.

A cidade também foi uma das que mais ganhou população no Brasil nos últimos anos, segundo o censo de 2022.

Foram 110 mil novos moradores em 12 anos (censo de 2010), um aumento de 15,3% — o maior salto entre as 20 cidades mais populosas do país.

Muitos desses novos residentes — entre aposentados e profissionais que podem trabalhar à distância — conheceram a cidade justamente em viagens, como mostraram diversas reportagens na imprensa paraibana.

O boom tardio

Se as atrações naturais de João Pessoa sempre estiveram ali, por que só nos últimos anos aconteceu o boom turístico?

Na visão do ex-secretário de Turismo da capital paraibana Roberto Brunet (2012-2014), a demora se deve principalmente a uma falta de prioridade de políticas públicas estadual e municipal no setor, em comparação a outros destinos nordestinos próximos.

É como se João Pessoa tivesse se deixado ofuscar diante de cidades de porte historicamente maior, como Recife, ou que viu primeiro no turismo uma oportunidade de crescimento, como Natal, que encheu as paredes e folhetos de agências de turismo com fotos do famoso Morro do Careca desde os anos 1990.

“A cidade não tinha visibilidade” e o “turismo era regional”, avalia Brunet, que também é ex-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) e empresário do setor.

Vale lembrar também que João Pessoa brigou durante muito tempo para ter o protagonismo dentro da própria Paraíba.

Até meados do século 20, Campina Grande chegou a ser a cidade mais populosa do Estado e manteve forte sua influência política e comercial na região.

Nos anos 1990, quando Brunet tinha uma agência em João Pessoa, eram muito populares os passeios de um dia de turistas que estavam hospedados em Natal ou Pipa, no Rio Grande do Norte, e no Recife e em Porto de Galinhas, em Pernambuco.

O que se vê hoje, na avaliação da professora Adriana Brambilla, é uma João Pessoa alcançando “um novo patamar”, consequência de vários fatores, como uma campanha de marketing bem feita do setor público, que passou a vender melhor o destino, e o avanço da iniciativa privada, especialmente na área de construção civil.

Para o ex-secretário de Turismo Brunet, a capital paraibana também conseguiu aproveitar, especialmente após a pandemia de covid-19, um movimento comum no mercado do turismo em qualquer lugar do mundo: o fator novidade.

“As pessoas cansam de ficar repetindo destino turístico. E, nessa região do Nordeste, ficava concentrado apenas em Pipa, Porto de Galinhas, Maceió, Fortaleza e Natal”, diz Brunet.

“Então, aparece uma cidade como João Pessoa, com potencial turístico e gastronômico, como uma novidade no mercado nacional. Hoje, só se fala daqui”, completa.

O papel das redes sociais também é visto como fundamental. Entre turismólogos, costumava-se dizer que, em média, a cada visitante satisfeito com uma cidade visitada, seis pessoas eram atingidas pelo relato na volta para casa.

“Agora, com as redes, isso se multiplica para milhares”, diz a professora Brambilla, da UFPB.

De Parahyba a João Pessoa

O nome da capital paraibana, que antes de 1930 era Parahyba, é motivo de discussão.

Para alguns, o nome anterior deveria ser retomado, como forma de resgatar a identidade local.

A mudança aconteceu após o assassinato do governador paraibano João Pessoa, em 1930, em Pernambuco – episódio considerado estopim para a tomada de poder por Getúlio Vargas, que havia tido João Pessoa como concorrente a vice em sua chapa.

Em dezembro de 2024, no entanto, a Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que oficializou o nome da capital como “João Pessoa”, em substituição a uma previsão de realizar um plebiscito sobre o tema.

A nova redação, lida como forma de encerrar a discussão sobre a mudança do nome da capital, entrou em vigor na sexta-feira (3/1).

Aprender com erros?

É num cenário de rios, mata atlântica e falésias à beira-mar que construções em escala monumental começam a despontar no horizonte de João Pessoa.

São parques aquáticos, resorts, shopping e uma roda-gigante que vão encher o até então pouco explorado extremo sul da capital paraibana, onde fica ponto mais oriental da América continental.

É o chamado Polo Turístico de Cabo Branco, projeto atual do governo da Paraíba inspirado num plano do fim dos anos 1980 e chamado de “maior complexo turístico planejado do Nordeste”.

O governo e empreendedores têm vendido o projeto como sustentável, preservando áreas de mata.

Pesquisadores, no entanto, têm feito alerta sobre impactos socioambientais, como diminuição da vegetação nativa, assoreamento de rio e impactos a comunidades de pescadores.

“João Pessoa está adotando um tipo de turismo predatório e arcaico”, diz um artigo na Revista Brasileira de Ecoturismo.

Mas se os impactos do novo polo serão mais sentidos com o seu funcionamento, fato é que a cidade já vê impactos no trânsito e nos preços, seja pelos novos moradores ou pelo movimento turístico.

“A gente está experimentando congestionamentos que a gente nunca tinha experienciado antes. Tem dia que gasto quase 1 hora de trânsito em percurso que fazia em 15 minutos”, relata a professora Adriana Brambilla.

Em nota, a prefeitura de João Pessoa disse que tem investido em novas vias e num sistema rápido de ônibus (BRS).

Em 2024, João Pessoa também foi a segunda capital do país com maior valorização imobiliária, de 16,13%, atrás apenas de Curitiba, segundo índice FipeZap. Mas imóveis à beira-mar em João Pessoa seguem sendo mais baratos do que em cidades como Fortaleza, o que segue atraindo investidores e turistas.

“O boom é ótimo para cidade, melhorou a autoestima da população, mas também é preocupante. É notório que teve uma inflação no custo de vida aqui, nos imóveis, na alimentação. Também temos visto aumento da prostituição e do tráfico de drogas. O poder público tem que atuar junto para combater tudo isso que vem com o turismo”, diz o ex-secretário Roberto Brunet.

“Esse é um momento de trabalhar com profissionalismo para que esse turismo não seja passageiro e predatório”, completa o empresário, ressaltando que João Pessoa teve a chance de aprender com erros de destinos vizinhos.

Apesar das reclamações com as mudanças repentinas na rotina da cidade vindas com o turismo de massa, a professora Adriana Brambilla diz que não vê sinais de “turismofobia”, que em 2024 ganhou manchetes pelo mundo com os protestos feitos por moradores de cidades da Espanha tomadas pelos visitantes.

“Mas é o que costumo dizer: a cidade só é boa para o turismo se ela continuar boa para a população”, conclui a professora.

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Paraíba

Dívida média de R$ 1.450: cerca de 40% dos paraibanos estão inadimplentes, aponta Serasa

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Redação do Portal da Capital

Cerca de 39,9% da população adulta da Paraíba está inadimplente, aponta levantamento do Serasa. Com dados relativos ao mês de outubro de 2024, o valor médio das dívidas é de R$ 1.457,48, sendo a maior parte vinculada a bancos, cartões de crédito e contas de água, energia e gás.

Diante desse cenário, a chegada de 2025 representa uma oportunidade para reavaliar hábitos financeiros e adotar um planejamento eficiente. Segundo Erli Bandeira, Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, o primeiro passo é compreender a real situação financeira: “Entender como o dinheiro está sendo gasto é essencial para priorizar o que realmente importa e tomar decisões conscientes sobre as finanças.”

A seguir, confira cinco passos fundamentais do especialista para organizar suas finanças em 2025:

1. Faça um diagnóstico financeiro completo

A prioridade é entender bem tudo que afeta o seu orçamento. Liste todas as suas fontes de renda e categorize os gastos em fixos (como aluguel e contas de consumo), variáveis (supermercado e transporte) e ocasionais (viagens e presentes). Isso permitirá identificar para onde está indo seu dinheiro e onde é possível reduzir excessos.

“Sem esse panorama, é impossível planejar ou estabelecer prioridades. O diagnóstico financeiro é a base para qualquer mudança positiva. Hoje existem muitas ferramentas práticas que auxiliam nisso”, orienta Bandeira.

2. Estabeleça metas claras e alcançáveis

Defina objetivos de curto, médio e longo prazo, como quitar dívidas, começar uma reserva de emergência ou investir em uma nova habilidade. Para começar, metas simples, como guardar uma porcentagem da renda todo mês, podem ser mais fáceis de seguir e ajudam a criar o hábito de economizar.

“Metas realistas não só facilitam o planejamento como também aumentam a motivação ao longo do processo. São essas metas que podem dar a cada um foco e um direcionamento em vários outros aspectos de nossa vida”, destaca o consultor do Sicredi.

3. Crie um orçamento mensal equilibrado

Baseado no diagnóstico financeiro, elabore um orçamento que priorize o essencial e elimine gastos desnecessários. Uma boa estratégia é aplicar a regra 50-30-20:

50% para despesas essenciais (moradia, alimentação, transporte);
30% para desejos (lazer, hobbies);
20% para investimentos e quitação de dívidas.

“Um orçamento bem estruturado ajuda a evitar surpresas e permite que você destine recursos para o que realmente importa. Claro que essa pode não ser a realidade de todos, mas é um bom caminho que precisa ser planejado”, explica Bandeira.

4. Construa ou fortaleça sua reserva de emergência

Especialistas recomendam que essa reserva cubra de 3 a 6 meses de despesas essenciais. Comece destinando um valor fixo mensal para uma aplicação de boa liquidez, que possa ser acessada em caso de necessidade.

“A reserva de emergência é uma proteção contra imprevistos, como uma despesa médica, uma perda de emprego ou reparo inesperado, e pode evitar o grande percentual de endividamento das famílias como observamos no estado”, orienta o consultor.

5. Use o crédito de forma consciente e invista no futuro

Se precisar recorrer ao crédito, planeje antes e compare as condições oferecidas. Evite empréstimos que comprometam mais de 30% da renda e dê preferência a opções com taxas mais justas. Além disso, pense em diversificar seus recursos por meio de investimentos, alinhados ao seu perfil financeiro e objetivos de longo prazo.

“Usar o crédito de forma consciente é essencial para que ele se torne uma solução, e não um problema. As cooperativas de crédito desempenham um papel importante nesse sentido, oferecendo aconselhamento presencial para que cada caso seja analisado de forma personalizada por especialistas. Com disciplina e planejamento, é possível organizar as finanças e transformar 2025 em um ano mais tranquilo e seguro”, finaliza Bandeira.

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Paraíba

João reúne em almoço 150 prefeitos, 5 deputados federais e 23 deputados estaduais

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Redação do Portal da Capital

O governador João Azevêdo (PSB) reuniu, nesta segunda-feira (13), em um almoço na Capital paraibana, 146 prefeitos, além de 23 deputados estaduais e cinco deputados federais. Vários ex-prefeitos, vereadores e lideranças de oposição de diversos municípios também estiveram presentes. O encontro ocorreu após o lançamento do programa “Paraíba 2025-2026” em que o gestor estadual anunciou investimentos que somam mais de R$ 11,5 bilhões em obras e políticas públicas para todo o estado.

Na oportunidade, o chefe do Executivo estadual reforçou a parceria com os municípios com a garantia de manutenção e ampliação de convênios para garantir a melhoria da qualidade da vida das pessoas. “Nós sabemos que a população mora nos municípios e construímos esse programa de investimentos ouvindo os prefeitos, os deputados, representando a união de esforços e a construção a várias mãos de ações que geram emprego, renda e desenvolvimento para todas as regiões do estado”, frisou.

João Azevêdo ainda agradeceu a presença de todas as lideranças políticas presentes ao encontro. “Essa é uma demonstração da força do nosso grupo, de reforçar a nossa disponibilidade para o diálogo contínuo, visando a construção de uma Paraíba cada vez melhor para o nosso povo, dentro da nossa visão de fazer um governo municipalista”, acrescentou.

Estiveram presentes ao encontro, alem das lideranças municipais, os deputados federais Gervásio Maia (PSB), Hugo Motta (Republicanos), Aguinaldo Ribeiro (Progressistas), Mersinho Lucena (Progressistas) e Wilson Santiago (Republicanos).

Também marcaram presença o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos)e os deputados estaduais Bosco Carneiro (Republicanos), Branco Mendes (Republicanos), Chico Mendes (PSB), Chió (Rede), Cida Ramos (PT), Danielle do Vale (Republicanos), Eduardo Brito (Solidariedade), Eduardo Carneiro (Solidariedade), Felipe Leitão (PSB), Francisca Motta (Republicanos), Galego Souza (Progressistas), Gilbertinho (União Brasil), Hervázio Bezerra (PSB), João Gonçalves (PSB), João Paulo Segundo (Progressistas), Jutay Menezes (Republicanos), Luciano Cartaxo (PT), Márcio Roberto (Republicanos), Michel Henrique (Republicanos), Tanilson Soares (PSB), Tião Gomes (PSB) e Wilson Filho (Republicanos).

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Paraíba

Aguinaldo Ribeiro prega cautela sobre espaços no palanque caso ocorra Federação PP/UB/Republicanos

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal e um dos principais líderes do PP na Paraíba, Aguinaldo Ribeiro, comentou sobre a possibilidade do PSB, partido do governador João Azevêdo, estar no mesmo palanque da Federação Republicanos, PP e União, caso grupo chegue a ser criado.

Em entrevista concedida à imprensa nesta segunda-feira (13/01), o parlamentar afirmou que para que esse diálogo entre em pauta, primeiro terá de ser confirmada a criação do novo grupo político.

“São duas coisas distantes. Uma questão é a da Federação e aí é a hipótese em havendo a Federação você tem um partido. Isso é um dos pontos de discussões para uma possível Federação”, explicou.

Ainda na entrevista, Aguinaldo falou sobre a possível movimentação da deputada Jane Panta (PP) para base de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) após encontro da parlamentar com líderes opositores da gestão estadual.

“Eu tenho uma relação de confiança com Emerson e Jane, estive na campanha e participei da campanha ativamente. Trouxe inclusive o presidente nacional Ciro Nogueira. A gente tem essas questões locais e teremos o tempo necessário de exercício e a preço de hoje está tranquilo”, concluiu.

 

 

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