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Azevêdo aguça “apetite” de aliados políticos e dá visibilidade a Deusdete

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* Por Nonato Guedes

Embora, teoricamente, a cerimônia comandada pelo governador João Azevêdo (PSB), ontem, no Espaço Cultural, tenha focado no volume de obras da administração, o viés político ficou patente com a visibilidade outorgada ao secretário de Infraestrutura, Deusdete Queiroga, pré-candidato “in pectoris” do chefe do Executivo à sua sucessão em 2026. João Azevêdo até desconversou sobre o tema eleitoral, repetindo a sua tática de desviar o interesse da oposição pela estratégia que pretende colocar em prática no momento certo. Por outro lado, havia um rol de pretendentes ao Executivo ornamentando a mesa em que se fez a “prestação de contas” à opinião pública, como o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, do Republicanos, o vice-governador Lucas Ribeiro, do Progressistas, e o prefeito reeleito de João Pessoa, Cícero Lucena, também do PP, que executa uma bem-sucedida parceria com a gestão estadual, parceria que é responsável por intervenções marcantes na mobilidade urbana da Capital e na atração de empreendimentos subsidiados pelo Poder Público.

Não faltaram referências, nas entrevistas à imprensa, sobre nomes cogitados para a chapa majoritária dentro do esquema governista no próximo ano, como ficaram registradas declarações de atores do cenário político paraibano sobre suas próprias pretensões para a disputa vindoura. O governador, que nas próxima semana dará continuidade a eventos de repercussão, desta feita anunciando projetos e investimentos para o período 2025/2026, quis demonstrar, na opinião dos analistas políticos, que há resultados positivos a apresentar sobre a atuação da sua gestão, que vive o segundo mandato, bem como indicar unidade política no bloco para os embates que serão travados com uma oposição que não vem perdendo tempo e também já procura botar o bloco nas ruas aparentemente tendo como candidato ao governo o senador Efraim Filho, do União Brasil. Mas João procurou agir com habilidade, dosando os anúncios oficiais com evasivas sobre estratégia política. Chegou a explicar que a escolha de Deusdete para falar deveu-se à condição de titular de uma Pasta que coordena as entregas à população paraibana, o que foi um juízo de valor sobre a operosidade do auxiliar, que é uma espécie de super-secretário no contexto empalmado pelo governador socialista.

Um dado novo divulgado para a opinião pública diz respeito, sem dúvida, à evolução de investimentos do Tesouro estadual desde o início do governo de João Azevêdo, que avançou de R$ 585,22 milhões em 2019 para R$ 2,3 bilhões em 2024. Obras de infraestrutura rodoviária estão em andamento na Paraíba como a Ponte do Futuro, complexo que interligará os municípios de Cabedelo, Santa Rita e Lucena, além do Arco Metropolitano de João Pessoa. Também não são menos impactantes os investimentos deflagrados em Campina Grande, que é o segundo colégio eleitoral do Estado e é administrada por um prefeito de oposição ligado aos Cunha Lima, o prefeito Bruno, do União Brasil. Mas o retrospecto das ações aponta marcos importantes em cidades de diferentes regiões da Paraíba, de programa de travessias urbanas a obras de esgotamento sanitário, sem falar em obras de ampliação da rede hospitalar e outros investimentos de vulto na Saúde que foram destacados na fala de João Azevêdo. Foi recorrente a alusão ao “bom momento” que está sendo experimentado pela população, a partir de João Pessoa.

Nos últimos meses de 2024, sobretudo depois de encerradas as eleições municipais, o governador João Azevêdo já vinha dando conta de indicadores altamente positivos ou de repercussão que favorecem a Paraíba no próprio contexto nacional, conjuntura que tem transcorrido em meio a medidas de equilíbrio fiscal e financeiro implementadas pela administração e cuja eficácia é atestada regularmente pela própria Secretaria do Tesouro Nacional. Deputados e outros políticos que seguem a liderança e o comando de João Azevêdo comentaram que “ao mostrar serviço” e apontar resultados concretos das intervenções que estão sendo feitas, o governo estadual aguçou o apetite de aliados políticos que têm interesse em ascender ao poder. De igual modo, essas fontes advertem que a ofensiva desencadeada pelo governador do PSB faz frente a cobranças da oposição – esta, por sua vez, desfalcada de conteúdo no discurso, pela falta do que apresentar, na comparação com os avanços que estão sendo configurados na realidade local. Não é à toa que na própria Assembleia Legislativa os deputados de oposição ficam imobilizados na crítica à atual gestão, pela impossibilidade de negar as conquistas alcançadas, preferindo alguns deles ater-se a críticas recorrentes que caem no vazio ou perdem dimensão uma vez confrontadas com o saldo operoso enfocado pela administração.

Com dois anos de mandato pela frente e canais de interlocução privilegiados com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de ter respaldo dentro do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Nordeste, o governador João Azevêdo sente-se recompensado com os frutos que está colhendo ao longo das duas gestões que ainda enfeixa no quadro de poder na Paraíba. A comunicação com a opinião pública passa a ser, desde agora, um ingrediente eficaz para agitar a expressividade de programas, obras e investimentos e demonstrar um cenário de mudança que é reforçado por ações alternativas conexas ao projeto maior de desenvolvimento do Estado. É com essa estratégia que João Azevêdo procurará se fortalecer à frente do governo e, concomitantemente, fortalecer o seu esquema político para vitórias em disputas futuras que colocarão em xeque a hegemonia da Era do PSB no Estado.

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Talibã tropical: MP quer impor religião à cantora Claudia Leitte

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Redação do Portal da Capital

A jornalista Madeleine Lacsko, de O Antagonista, publicou um artigo criticando duramente uma tentativa do Ministério Público da Bahia de processar a cantora Claudia Leitte por mudar a letra de uma música.

Segundo Lacsko, Claudia, por ter adaptado a palavra “Iemanjá” para “Yeshuá” em uma canção, estaria sendo alvo de uma tentativa de criminalização imposta pela Justiça que, conforme lembra a jornalista, com utilização de recursos públicos, inevitavelmente, protagonizaria uma agenda “sem sentido“, de “perseguição”, “perigosa” e que insinua “uma nova forma de intolerância religiosa“.

Clique aqui para conferir a íntegra da matéria com vídeo ou leia o texto abaixo:

O Brasil parece ter entrado em um novo nível de absurdo. A tentativa do Ministério Público da Bahia de processar Claudia Leitte por mudar uma letra de música é uma amostra de como a justiça está sendo usada para promover uma agenda sem sentido. A cantora, que adaptou a palavra “Iemanjá” para “Yeshuá” em uma canção, agora se vê no centro de uma polêmica que expõe o grau de distorção em que vivemos. E o que é mais surreal: nem os autores da música reclamaram, e até figuras importantes da música baiana, como Carlinhos Brown, saíram em sua defesa. Então, por que essa perseguição?

O problema não é apenas o desperdício de recursos públicos em uma ação que não faz sentido algum. É a mensagem que isso passa. Quando o Ministério Público se dedica a criminalizar uma escolha artística – e pessoal – da cantora, o que está sendo imposto é, na prática, uma nova forma de intolerância religiosa.

Obrigar Claudia Leitte a cantar uma palavra que não reflete sua crença é, na definição clássica, intolerância religiosa. E o que torna tudo ainda mais grave é que em nenhum momento vemos uma reação à altura para impedir que o dinheiro público seja gasto em algo tão esdrúxulo.

Esse tipo de atitude tem ganhado força em um ambiente cada vez mais contaminado pela seita ideológica woke. Essa agenda, que deveria ser limitada ao espaço individual de quem acredita nela, está sendo empurrada para o poder público, financiada com dinheiro público, e agora usada para reprimir quem não se alinha. A liberdade de expressão está sendo substituída por um modelo em que a justiça tenta ditar como as pessoas devem agir, falar e, neste caso, cantar.

É uma agenda também focada em atacar valores cristãos. Não faltam exemplos de humoristas, artistas e militantes que ridicularizam símbolos religiosos cristãos. Isso já virou quase um ritual de entrada no mundo artístico de esquerda: primeiro você zomba do cristianismo, depois faz alguma declaração ousada sobre sua vida sexual e pronto, você é aceito no clube.

Mas quando uma cantora cristã decide adaptar uma letra de música, a reação é imediata. Processos, campanhas de difamação e o uso da máquina pública para impor um modelo ideológico. Isso é exatamente o oposto da liberdade que muitos pregam. É censura e das mais perigosas porque vem disfarçada de justiça.

O que está em jogo aqui não é apenas o caso de Claudia Leitte. É a relação entre o poder público e a população. A confiança no judiciário e no Ministério Público já está desgastada. Altos salários, privilégios e o custo que essas instituições representam já geram resistência. Quando, além disso, temos ações tão absurdas quanto essa, a hostilidade tende a crescer. Em vez de defender os interesses da sociedade, a Justiça acaba se tornando motivo de piada. E isso é perigoso.

O Brasil não pode continuar nesse caminho. Este poderia ser o ano para fazer uma limpa, para separar o que é justiça do que é militância disfarçada de processo legal. Cada vez que o poder público se envolve em absurdos como esse, o país perde mais um pouco de sua credibilidade. E, sejamos sinceros, já passamos do limite. Não dá mais para aceitar que questões tão fundamentais quanto a liberdade de expressão e religiosa sejam tratadas com tamanha leviandade. É hora de virar essa página.

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2026 é logo ali… muda cenário para disputa ao Governo com saída de João para concorrer ao Senado

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Redação do Portal da Capital

* Por Helder Moura

Caso sejam confirmadas as especulações indicando saída do governador João Azevedo (PSB), em abril do próximo ano, para disputar o Senado, então o cenário de candidaturas de sua base ao Governo deve se alterar, meu caro Paiakan.

De prima, praticamente inviabiliza uma candidatura do secretário Deusdete Queiroga (PSB) que, em várias entrevistas, sinalizou que só pretende colocar seu nome na disputa, na eventualidade de João seguir como governador. Nesse cenário, João seria o padrinho de sua candidatura.

Outro efeito colateral seria franquear uma pretensa candidatura do deputado-presidente Adriano Galdino ao Governo. Galdino, como se sabe, tem defendido a saída de Azevedo para disputar o Senado. Ele seria, então, uma indicação do Republicanos para compor a chapa majoritária.

Mas, Galdino não está só nesse propósito. O Progressistas do deputado Aguinaldo Ribeiro e o PSD da senadora Daniella Ribeiro apostam num nome do partido para disputa ao Governo. Não sendo o atual vice Lucas Ribeiro, a escolha poderia recair sobre o prefeito reeleito Cícero Lucena.

Para a oposição, pelo menos até onde a vista alcança, a saída de João não alterna muito a estratégia. A oposição, como se sabe, tem se posicionado com pelo menos três nomes: o senador Efraim Filho (União Brasil), o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) e um representante do PL, que pode ser o deputado Cabo Gilberto ou, eventualmente, o ex-ministro Marcelo Queiroga.

Há ainda o deputado Romero Rodrigues (Podemos), mas, aparentemente, perdeu muito cacife para uma disputa dessa envergadura. Já o prefeito Bruno Cunha Lima (União), também lembrado, é uma incógnita. Vai depender de seu desempenho na Prefeitura nos próximos dois anos.

Resta agora esperar pelos búzios de 2025, meu caro Paiakan.

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Assembleia da Paraíba realiza apenas 40 sessões deliberativas em 2024

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira 

Como explicar?

A Câmara dos Deputados, em Brasília, realizou 87 sessões deliberativas durante o ano de 2024.

A Câmara Municipal de João Pessoa, mesmo sendo ano de eleição para vereador, realizou 86 sessões deliberativas.

A Assembleia Legislativa da Paraíba, por sua vez, contabilizou, durante todo o ano, apenas 40 sessões deliberativas.

Sem explicação.

Fugindo do plenário

Apesar de ter realizado apenas 40 dias de trabalho pra valer em plenário durante o ano, alguns deputados não compareceram nem para a metade das sessões.

São os casos:

– João Paulo Segundo: 11

– Bosco Carneiro: 12

– Chió: 19

– Fábio Ramalho: 19

– Felipe Leitão: 19

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