A Paraíba registrou seca na totalidade de seu território entre setembro e novembro. Desde o período de outubro a dezembro de 2021, essa é a primeira vez que o Estado tem seca em 100% de seu território por três meses consecutivos. Os dados são última atualização do Monitor de Secas.
O levantamento ainda registra que, no mesmo período, a seca se intensificou em outros sete Estados além da Paraiba: Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte e Sergipe. Já no Rio Grande do Sul o fenômeno voltou a ser verificado após uma sequência de 13 meses sem seca e, em outras duas Unidades Federativas o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Amapá e Santa Catarina.
Ainda segundo o Monitor, entre outubro e novembro, a seca se intensificou na Paraíba com o forte aumento da área com seca moderada de 8% para 92% de seu território. É a condição mais severa no Estado desde janeiro deste ano, quando houve seca grave em 1% do território paraibano.
Já na comparação entre outubro e novembro, em 19 unidades da Federação a área com seca se manteve estável: Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Dezoito unidades da Federação registraram seca em 100% do território em novembro deste ano: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Nas demais unidades da Federação, os percentuais variaram de 4% a 99%.
Monitor de Secas
O Monitor de Secas teve início em julho de 2014, inicialmente como Monitor de Secas do Nordeste, durante uma das maiores secas já registradas na Região. A crise provocada por esse fenômeno catalisou discussões sobre a necessidade de uma mudança de paradigma na gestão de secas, enfatizando ações proativas e políticas de preparação, resposta e mitigação de seus impactos.
Desde o seu lançamento, o Monitor de Secas fundamentou-se numa articulação contínua entre entidades estaduais e federais, que garante um processo 100% participativo, colaborativo e voluntário na elaboração dos mapas mensais de severidade de seca, característica que tem sido fundamental ao longo dos anos para a manutenção e o sucesso do Programa. Mais de 60 instituições colaboram em todo o País, compartilhando e analisando dados, traçando e validando mapas, observando os impactos no campo e promovendo a articulação entre diferentes setores e regiões.