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Apresentar a memória de entes queridos: psicóloga explica como fortalecer conexões familiares

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Manter viva a memória de um ente querido é um gesto de amor que conecta gerações e reforça a identidade familiar. Mas como apresentar um ente que já partiu às novas gerações, especialmente para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecê-lo? A psicóloga especialista em luto do cemitério e crematório Morada da Paz, Simône Lira, explica que narrativas familiares e objetos simbólicos podem criar laços profundos, ajudando crianças e jovens a compreenderem sua história e ancestralidade.

“Ao narrar as histórias de um ente querido que se foi, usamos as memórias, objetos e características marcantes dele para trazer identificação e pertencimento aos que estão conhecendo essa figura familiar. Somos seres relacionais, e a nossa identidade está entrelaçada com as histórias de nossos vínculos,” afirma Simône.

O Papel das Histórias na Conexão Familiar

A narrativa sobre os entes queridos pode ser construída a partir de suas características marcantes e das experiências vividas com eles, seja individualmente ou em encontros familiares. Segundo a psicóloga, isso não apenas fortalece o senso de pertencimento, mas também ajuda a validar costumes e comportamentos que atravessam gerações. “Muitas vezes, formas de agir e dons familiares são reconhecidos por meio dessas histórias. Quem nunca ouviu algo como: ‘Você tem o sorriso do seu avô’ ou ‘Você cozinha igual à sua tia’? Esses detalhes criam conexões emocionais profundas,” explica Simône.

Histórias de Memória e Afeto

Em uma entrevista ao videocast PodPeople, a mãe de Isabela Nardoni, Ana Carolina Oliveira, compartilhou como mantém viva a memória da filha para seus outros filhos, Miguel e Maria Fernanda. Mesmo sem terem conhecido a irmã mais velha, as crianças cresceram sabendo sobre ela. “Meus filhos cresceram vendo as fotos. Miguel olhou uma vez e disse: ‘Esse aqui sou eu’. Expliquei que era a irmã dele. Hoje, os dois incorporaram a Isabela na vida deles. A presença dela não é física, mas existe dentro de cada um de nós,” disse Ana Carolina.

De forma semelhante, no documentário “Rio-Paris: A Tragédia do Voo 447” (Globoplay, 2024), Renata Mondelo, viúva de Marco Antônio Camargo, compartilhou como criou laços entre o filho Thiago, de 11 meses à época, e o pai que ele nunca conheceu. “No aniversário de 1 ano, coloquei uma foto do Marco ao lado do bolo. Também juntei em uma caixa tudo que saiu na mídia sobre o acidente e outra com cartões que trocávamos. É uma forma de permitir que Thiago se conecte com a memória do pai no momento certo,” relatou.

A Importância da Memória

Manter viva a memória de um ente querido não apenas honra sua existência, mas também fortalece os laços familiares e ajuda a lidar com o luto de forma mais saudável. “Reconhecer quem somos e de onde viemos nos dá força para seguir adiante. As memórias nos conectam com a nossa ancestralidade, ajudando-nos a construir a nossa própria história,” conclui Simône.

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Centro Pediátrico disponibiliza médicos de diferentes especialidades para atendimento a crianças

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Redação do Portal da Capital

Para que se desenvolva bem e com saúde, as crianças precisam de acompanhamento pediátrico desde os primeiros meses de vida. E nada melhor do que poder contar, em um mesmo local, com profissionais de diferentes especialidades preparados para atender os pequenos. Essa é a proposta do Centro Médico Pediátrico Bessa, unidade própria da Unimed JP que, além de pediatras, disponibiliza também cirurgião, ginecologista, hematologista e infectologista. Todos especializados em pediatria.

O Centro Médico Pediátrico é um dos temas do videocast Sem Contraindicação desta semana, que também aborda outro serviço de referência na rede de atendimento da Unimed João Pessoa: a maternidade Josvaldo Rodrigues Ataíde.

Para saber sobre os diferenciais destas unidades e como ter acesso, a apresentadora Linda Carvalho recebeu para um bate-papo o pediatra Constantino Cartaxo, superintendente de pediatria da Unimed JP; e a ginecologista e obstetra Yara Villar, coordenadora médica da maternidade.

RELAÇÃO DE CONFIANÇA

O pediatra Constantino Cartaxo informou que, além de clientes da Unimed João Pessoa, o Centro Médico Pediátrico Bessa também atende beneficiário de outras Unimeds que se encontram em João Pessoa (Intercâmbio) e clientes particulares. A faixa etária vai desde o bebê até os 18 anos de idade. Além de consultórios médicos, a unidade conta com toda a estrutura para atendimento de uma equipe multidisciplinar, o que garante um atendimento completo às crianças.

Os pais que precisarem de atendimento para os seus filhos podem se dirigir à unidade, sem necessidade de agendamento, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, ou aos sábados, das 8h às 12h. Para quem preferir, também é disponibilizada a opção de consulta com hora marcada. O agendamento pode ser feito pelo aplicativo ou pelo Portal Unimed JP (área de acesso restrito aos beneficiários). O Centro Médico Pediátrico fica na Avenida Fernando Luiz Henrique dos Santos, 1216, no Bessa.

Constantino Cartaxo reforçou a importância de os pais buscarem um pediatra de referência para acompanhar os filhos, principalmente para a saúde preventiva, estabelecendo uma relação de confiança entre o profissional e a família. “Essa relação de confiança é uma relação que deve ser estabelecida desde o nascimento da criança e se estender ao longo da vida. É uma relação que vai gerar os melhores frutos do acompanhamento, vai reduzir as chances de diagnósticos e uso de medicações inadequadas e inadvertidas”, explicou.

MATERNIDADE

Sobre a Maternidade Josvaldo Rodrigues Ataíde, que funciona no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, a ginecologista e obstetra Yara Villar abordou os diferenciais da unidade, que conta com uma estrutura de alta complexidade para garantir maior segurança para a mãe e para o recém-nascido.

A unidade tem 16 leitos (apartamentos individuais e coletivos) e salas de pré-parto e parto para que a mulher tenha a melhor assistência e escolha o parto adequado de acordo com a necessidade dela e do bebê. “Tem toda uma linha de ação de cuidado, tanto para mãe quanto para o bebê”, disse Yara Villar. Ela lembrou ainda que a maternidade conta com UTI Neonatal e a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal (Ucin), para o recém-nascido, em caso de necessidade. Para a mãe, caso seja necessário, há a Unidade de Terapia Intensiva Adulto.

EPISÓDIOS SEMANAIS

O videocast Sem Contraindicação aborda temas nas áreas da saúde, qualidade de vida e bem-estar, além de trazer as principais novidades sobre a medicina e os serviços da Unimed JP.

Toda quinta-feira novos episódios são publicados no YouTube (youtu.be/VSOMS2EWJqk) e no Spotify. O Sem Contraindicação também fica disponível no Portal Unimed João Pessoa (unimedjp.com.br/semcontraindicacao).

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Medicinando: papel social das empresas

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Redação do Portal da Capital

O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta quarta-feira (18/12), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre a importância do papel social das empresas para considerar além do lucro financeiro, como também tratar como fundamental o impacto social na comunidade e modelos sustentáveis de preservação ambiental.

Confira:

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Desapropriação do Hotel Tambaú: uma necessidade urgente para o turismo e o interesse público

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Redação do Portal da Capital

*Por Alan Kardek – Polítika

Enquanto o turismo de João Pessoa ganha destaque mundial, o Hotel Tambaú, um dos ícones históricos e arquitetônicos da cidade, encontra-se abandonado há anos, vítima de uma disputa judicial sem fim.

O fechamento do hotel não prejudicou apenas o turismo, mas também o bairro de Tambaú, que perdeu vida desde então.  Uma estrutura que já foi sinônimo de elegância e atrativo turístico hoje carrega sinais evidentes de deterioração.

Diante desse cenário de inércia, surge a necessidade de a Prefeitura de João Pessoa tomar medidas efetivas, inclusive com a desapropriação do imóvel. Essa solução se sustenta em princípios constitucionais, como a função social da propriedade privada, prevista no artigo 5º, XXIII, e no artigo 170, III, da Constituição Federal, bem como no interesse público e na preservação do patrimônio histórico e econômico da cidade.

O Hotel Tambaú não é um imóvel comum. Projetado na década de 1960 pelo arquiteto modernista Sérgio Bernardes, o edifício possui valor histórico e cultural inestimável. Sua localização privilegiada à beira-mar de uma das praias mais famosas da capital faz do local um ponto estratégico para o turismo e o desenvolvimento econômico.

No entanto, a negligência dos proprietários e a falta de manutenção transformaram o hotel em um problema: paredes descascadas, vidraças quebradas e estrutura comprometida não apenas afastam turistas, mas também desvalorizam toda a região.

A situação é ainda mais grave quando se considera que o turismo é um dos principais motores econômicos de João Pessoa. A presença de um edifício abandonado na orla afeta a experiência dos visitantes e causa prejuízos a comerciantes, hoteleiros e demais setores envolvidos. Além disso, o abandono também gera riscos à segurança pública e compromete a paisagem urbana.

O direito à propriedade privada é garantido pela Constituição Federal, mas ele não é absoluto. O mesmo texto constitucional determina que toda propriedade deve cumprir sua função social. Em outras palavras, o uso da propriedade não pode se limitar ao interesse particular,  especialmente quando sua situação prejudica o bem-estar coletivo.

O Hotel Tambaú, ao permanecer abandonado por anos, fere claramente esse princípio. Uma desapropriação fundamentada no descumprimento da função social da propriedade seria uma medida legal e adequada. Conforme o Decreto-Lei nº 3.365/1941, a desapropriação pode ocorrer por utilidade pública e interesse social, desde que devidamente justificada e com a devida indenização aos proprietários.

A desapropriação do Hotel Tambaú abriria caminho para um projeto de revitalização que beneficiasse toda a comunidade. Seja por meio da criação de um novo empreendimento hoteleiro, seja por transformação do local em um espaço público, como um centro cultural ou complexo turístico, a medida traria impactos positivos imediatos.

É papel do poder público garantir que patrimônios como o Hotel Tambaú sejam preservados e utilizados para atender às demandas da sociedade. Revitalizar o espaço significaria promover o turismo, atrair investimentos, gerar empregos e valorizar a orla da cidade.

A Prefeitura de João Pessoa tem a oportunidade e a responsabilidade de agir em prol do interesse coletivo. A desapropriação do Hotel Tambaú não seria apenas uma resposta à negligência dos proprietários, mas também um ato de compromisso com o desenvolvimento econômico e turístico da cidade.

Vale ressaltar que outros municípios brasileiros já adotaram soluções semelhantes com êxito. A revitalização de imóveis abandonados em locais estratégicos tem se mostrado uma política eficiente para alavancar o turismo e recuperar a imagem urbana.

O abandono do Hotel Tambaú representa um desperdício inadmissível de potencial econômico, histórico e cultural. A desapropriação do imóvel é uma medida justa, legal e necessária para que a propriedade cumpra sua função social e atenda ao interesse público. A revitalização do espaço trará inúmeros benefícios, impulsionando o turismo, valorizando a orla e devolvendo aos pessoenses o orgulho de um dos maiores patrimônios da cidade.

É hora de agir. João Pessoa e a orla de Tambaú merecem muito mais que o abandono. Merecem renascimento e prosperidade.

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